Por anos se sabia que a Ubisoft e a Massive Entertainment estavam trabalhando na franquia Star Wars. Sabiamente, o projeto que ganhou o nome de Star Wars Outlaws só foi revelado no ano passado, cravando uma data certeira de lançamento agora em agosto de 2024. Comprovando mais uma vez a competência do estúdio, o jogo realmente chegou na data prevista, mas ainda assim cercado por polêmicas.
Com o objetivo principal de trazer maior diversidade aos games da franquia, sempre muito focados nos duelos céleres de sabres de luz entre jedi e sith, Star Wars Outlaws apresenta Kay Vess, uma pretensiosa caçadora de recompensas que acaba obrigada a fugir pela galáxia após adquirir uma Marca de Morte ordenada por um dos figurões mais ricos da Orla Exterior. Ao seu lado, há apenas o parceiro Nix, o alien pet fofinho que a ajuda a executar diversas tramoias ao melhor estilo Aladdin e Abu.
No mundo do crime – mas para crianças e adolescentes
É bem justo afirmar que Star Wars, com exceção de O Império Contra-Ataca e Rogue One, nunca foi uma grande franquia por trazer narrativas complexas ou surpreendentes, mas um fato concreto era que George Lucas nunca temeu explorar mais a fundo a mitologia que criou, além de sempre ter sido um entusiasta corajoso nos games – The Force Unleashed e a caçada intensa aos jedi é prova disso.
Entretanto, desde o início da era Disney, nota-se uma sanitização profunda na saga, principalmente em relação aos games. A Respawn sabe o quanto batalhou para conseguir adicionar mutilação e temáticas mais adultas em Jedi: Survivor e a Massive, pelo jeito, também sofreu com as possíveis inúmeras diretrizes do estúdio – basta ver o quão comportada e maçante é a narrativa de Avatar: Frontiers of Pandora – game anterior do estúdio lançado em dezembro de 2023.
Portanto, já sabendo que se trata, acima de tudo, um produto da Disney, admito que não estava muito esperançoso com a narrativa de Outlaws e, de fato, ela guarda apenas uma boa reviravolta e nada mais, apesar de tatear temas um pouco mais adultos que nunca são desenvolvidos por completo.
A história principal, como dita pelos próprios desenvolvedores, é a estrutura mais importante do jogo. Morando em Canto Bight, Kay Vess aprendeu a se virar nas ruas, vivendo de pequenos golpes e furtos acompanhada de seu bichinho simpático Nix. Entretanto, seu maior sonho é se tornar uma temida caçadora de recompensas. Ao surgir uma oportunidade de um assalto ao ricaço Sliro, Kay se une a outros golpistas.
Conseguindo infiltrar na mansão do figurão com sucesso, Kay descobre que ela própria caiu em um golpe e foi abandonada à própria sorte. Conseguindo escapar por pouco, ela rouba a lendária Trailblazer, nave de Sliro, e inicia sua jornada pela galáxia, tentando se livrar da Marca de Morte que recebeu, sendo caçada por diversos mercenários. Para isso, ela precisará criar sua reputação entre os sindicatos criminosos e também fazer alguns aliados no meio do caminho, como o estoico droide ND-5 que tem seus próprios propósitos e interesses em Kay.
Dada a dimensão do jogo, é surpreendente o quão curta é a história de Star Wars Outlaws. Jogando casualmente, sem pressa alguma, finalizei a aventura em questão de menos de 14 horas. Para um jogo alardeado como “o primeiro Star Wars de mundo aberto já criado” (o que não é verdade), custando o preço que custa, a surpresa de sua curta duração causa um desconforto em notar que o marketing do jogo mais uma vez induz ao erro – há umas semanas, o diretor criativo tinha afirmado que a aventura duraria até 30 horas. Uma pena notar a Ubisoft se valer mais uma vez de uma polêmica tão desnecessária que manchou a marca desde Watch Dogs.
Apesar da história ser boa e, no mínimo, interessante, ela leva um bom tempo para pegar ritmo, por volta de quatro horas, por obrigar o jogador a realizar algumas atividades de mecânicas importantes em Toshara, primeiro mundo que Kay visita. Com um excesso de fetch quests e missões stealth de fracasso instantâneo se flagrada em cenários de level design precário, é muito fácil ficar irritado com o game.
Neste ponto, as interações de Kay se valem com NPCs relativamente genéricos de cada sindicato e sofre com a ausência de personagens interessantes, além da própria protagonista não ter outro objetivo além de se tornar mais confiante nos seus serviços de mercenária. Nos traços de personalidade, felizmente não se trata de uma protagonista insuportável ou convencida como a franquia tem se acostumado a apresentar.
É fácil sentir empatia por Kay e, aos poucos, uma construção melhor delineada do seu passado e relações familiares, exibe os traumas dela em relação ao abandono e o fato de ser usada e traída. Uma pena, porém, que o tema por ser denso, acaba muito limitado e pouco explorado por conta da questão que apontei acima: a Disney tem dedo nisso aqui. Ao menos, um acerto da Disney é o carisma de Nix. O pequeno alien é bem fofo com seu design nitidamente inspirado no Stitch e em Banguela, ambos desenhados por Chris Sanders.
Após o longo período de teste de paciência, o jogador começa a ser recompensado ao poder visitar outros planetas como Tatooine, Kijimi e Akiva, além da introdução de ND-5, droide de comando BX super estiloso sobrevivente das Guerras Crônicas – além de usar um sobretudo estiloso. O personagem é o ponto alto da história, possuindo um conflito genuinamente mais interessante do jogo inteiro, além de ter o arco melhor trabalhado chegando até mesmo a possuir algumas missões paralelas que envolvem seu passado – o trabalho é tão bom que chega a remeter K-2SO de Rogue One.
Então logo a narrativa se transforma e passa a focar em Kay buscar novos integrantes para a sua equipe. Infelizmente, a maioria deles, tirando a engraçada Ank, são pouco interessantes, mas conseguem expandir um pouco a mitologia da saga. Aliás, um dos pontos mais legais do jogo é a diversidade de raças alienígenas dos personagens que surgem na aventura. Uma pena, porém, que os comparsas não recebem missões extras com mais detalhes de suas histórias – como ocorre em Mass Effect, por exemplo.
Como de costume nos games da Ubisoft, o antagonista Sliro é fraco e pouco presente, delegando a caçada para outra mercenária chamada Veil. Uma escolha fraca que apaga a presença do vilão. Todo o arco envolvendo Veil e Sliro é bastante previsível, excetuando uma surpresa guardada para o final do jogo.
A Massive também faz algo, aí sim, pioneiro em Outlaws, ao delegar a árvore de habilidades de Kay a certos especialistas que o jogador pode encontrar nos quatro mundos disponíveis. Sendo 8 no total, ao menos sete trazem missões próprias com historinhas que conseguem entreter, embora nenhuma seja particularmente notável. Após desbloquear o especialista, o jogador precisa realizar alguns desafios para destravar a habilidade – o que contribui para inflar o tempo de jogo. Entretanto, destaco que terminei a aventura só com cinco especialistas destravados e não encontrei dificuldades para tal, o que revela que as habilidades não são tão essenciais quanto se imaginava.
Dilemas de interesse
Apesar da história principal ser boa e até trazer uma relação interessante de Kay com a Aliança Rebelde, é difícil dizer o mesmo para as missões paralelas. Seja as de especialista ou as criadas pelos sindicatos do crime, é um pouco mais difícil se sentir motivado a explorar mais das narrativas do jogo. Como afirmei, nada é verdadeiramente ruim, mas há um sentimento incômodo de histórias pouco inspiradas e previsíveis ao máximo, além de ser o terreno onde as políticas “modernas” acabam surgindo com personagens não-binários, etc.
Há sim muito conteúdo secundário para o jogador investir muitas horas, mas qualquer outro que seja mais versado no assunto ou tenha maior repertório narrativo, dificilmente terá a atenção retida por muito tempo. O que é uma pena, honestamente, já que muitas chances parecem ter sido desperdiçadas.
Um dos elementos que eu acreditava que estava presente, não existe no jogo: a possibilidade de estreitar relações com o Império Galático. Na verdade, existem somente quatro facções no jogo, sem a opção de Kay trabalhar para os Rebeldes ou para o Império. Sendo uma história situada entre o longo hiato temporal de O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi, muitos personagens de legado poderiam interagir com a personagem em histórias diferentes e aventuras inéditas. Nem mesmo os mercenários enviados para capturar Han Solo chegam a aparecer aqui. Uma verdadeira pena.
Os fãs podem ter maior interesse em trabalhar para os Hutt, uma das facções, pelo fato de Jabba e seu palácio estarem no jogo. Os outros sindicatos como os Pyke, Aurora Escarlate e o Clã Ashiga completam o rol e possuem suas próprias narrativas. Aliás, uma das mecânicas mais interessantes do jogo é justamente o sistema de reputação de Kay. Ao ajudar um sindicato, invariavelmente você vai acabar prejudicando outro, então é importante saber fazer escolhas corretas e equilibrar a frequência de missões para não se tornar uma inimiga declarada.
A Massive criou um bom sistema no qual quanto melhor a relação, mais benefícios Kay possui com os criminosos, enquanto no pior possível, passa a ser ativamente caçada por eles, além de bloquear oportunidades de novas missões específicas a um sindicato. O sistema funciona bem e é uma lástima que o Nemesis – criado para Shadow of Mordor, seja patenteado, pois aqui seria algo muito bem aplicado, adicionando mais imersão ao jogo.
Com esses dilemas que Kay enfrenta, há desdobramentos de escolhas, mas nenhuma delas chega a alterar a narrativa principal ou o final do jogo – o que também é uma pena. Na galáxia, é possível encontrar negociadores de serviços nas cantinas de cada planeta, trazendo coisas novas sempre, além de algumas oportunidades de serviço serem descobertas através da exploração ou ocorrendo como um evento orgânico dentro do mapa.
Star Wars Outlaws é grande, mas não enorme
A Massive dedicou ao menos quatro anos inteiros na produção de Star Wars Outlaws e pretendia realizar um dos maiores projetos da própria existência. Criar mundos abertos não é uma tarefa fácil e aqui, há a tentativa de criar quatro deles. De fato, três mapas são relativamente grandes, com áreas exploráveis de montão em Akiva, Toshara e Tatooine, mas, ao mesmo tempo, todos transparecem ser diminutos já que os pontos de interesse, ainda que espalhados, não conseguem emplacar a dimensão de algo realmente enorme.
Sempre caprichosa, é inegável que todos os locais possuem forte design artístico, arrancando cenários muito bonitos conforme Kay explora desertos, selvas exuberantes ou prados tranquilos com montanhas no horizonte. Com cada planeta possuindo até mesmo um sistema próprio de clima e ciclo de dia e noite, é possível ver a protagonista empoeirada, repleta de neve ou toda molhada pela chuva, além da arquitetura, flora e fauna sempre ser muito distinta em cada um deles – tudo isso reagindo às intempéries do clima como ventanias e tempestades.
O acerto em capturar o design icônico de Tatooine e de naves imperiais não pode ser ignorado. A Massive realmente se empenhou ao máximo para propiciar um alto nível de imersão visual na franquia e, no que ela cria, casa perfeitamente com os mundos monotemáticos já idealizados por George Lucas. É mesmo muito bem feito e, com exceção de Toshara que sofre com level design péssimo para missões stealth, todos os outros níveis são caprichados – só há um excesso nítido de passagens envolvendo dutos para Kay se transportar nos níveis.
Há sim uma repetição de quebra-cabeças em trechos de exploração em plataforma, mas não é nada que chegue a prejudicar o jogo. Principalmente porque os minigames envolvendo mecânicas de hacking e lockpick são bem divertidos e possuem também opções de acessibilidade bem-vindas.
Outro acerto do estúdio é a densidade populacional dos mundos que são vivos e repletos de atividades secundárias como corridas, cavernas, bases secretas, jogos de sabbac, comidas de rua, lojas diversas para compra de cosméticos e peças, entre outros. Então, de fato, não existem microtransações no jogo no momento, com as roupas para Kay e Nix disponíveis em missões ou lojas – algumas tem atributos passivos e alguns extras se forem usadas em conjunto completo (há também transmogrifação).
Tão importante quanto a imersão no mundo, estão as mecânicas de jogo que, felizmente, são funcionais. Todas as que envolvem Nix são bem implementadas e devem ser usadas pelo jogador com frequência – ele pode furtar, destravar portas, pegar armas e itens, além de distrair ou atacar inimigos em patrulha.
O tiroteio é funcional e chega a copiar a mecânica de congelar o tempo para eliminar inimigos marcados de uma só vez (de Red Dead Redemption), mas não há muita profundidade nele. É prazeroso e funcional, apenas. Kay infelizmente não pode possuir nenhuma arma além do blaster em seu coldre, então, apesar da variedade de rifles, snipers, lança-granadas e outras armas, todas possuem uma quantia limitada de munição e só podem ser usadas após alguns inimigos as derrubarem. Também não é possível transportá-las para onde quiser, já que Kay precisa subir escadas e se enfiar em dutos diversas vezes.
Logo, a variedade dos três tipos de munição para a blaster é o que traz de mais complexo para o jogo. Mais um ponto polêmico e um tanto sem sentido é o fato de Kay não poder pilotar nenhuma outra speeder além da própria – por sinal, os controles dos veículos são bons. Ela possui também progressão de aprimoramentos para ter turbo, saltos e mais velocidades, mas não poder usar a icônica speeder imperial é frustrante e quebra a imersão.
Aliás, o mundo aberto pode ter sim muitos quilômetros quadrados, mas não é um verdadeiro sandbox. Não é possível machucar civis e tocar o terror, sendo um mundo aberto muito mais semelhante aos de Assassin’s Creed do que um GTA propriamente dito. Outro ponto importante é a nave Trailblazer.
O jogador só a controla nos territórios espaciais já que a decolagem e aterrissagem são feitas de forma automática em cinemáticas de carregamento que são “imperceptíveis” por não ter uma tela de loading. Logo, é possível ver sim a Trailblazer sair do espaço e adentrar a atmosfera dos planetas, mas o jogador não terá controle da nave nessas partes – ainda assim, já é uma exploração espacial mais interessante que a vista em Starfield, com certeza.
Os mapas espaciais permitem exploração e combate trazendo também algumas missões mais elaboradas, mas a maior parte desse conteúdo é opcional e bastante arcade. Ou seja, não espere nenhum sistema complexo para a nave além de uma cadeia de progressões óbvias como novos armamentos, mais munição, saúde, etc. Como de costume, as batalhas espaciais são um gosto adquirido e vejo com facilidade muita gente detestando pelos controles que só são aprimorados através das habilidades por especialistas.
É importante mencionar também o sistema de “procurado”. Em geral, ele não funciona muito bem ainda, com as perseguições sendo um tanto desconexas, mas é uma adição interessante até para limpar o nome de Kay – basta fugir do sistema solar que está ou matar uma trupe de Death Troopers.
Bonito de longe, nem tanto de perto
Ao jogar Star Wars Outlaws, é inegável que tive momentos de apreciar a beleza dos biomas e bases imperiais que a Massive construiu, mas ao mesmo tempo, é nítido que o jogo tem muitos momentos visuais rudimentares. Sim, o downgrade visual é claro, escancarado, ao comparar os gráficos do jogo com os apresentados no longo trailer de revelação de 2023.
A iluminação não é tão boa como a apresentada, a atmosfera dos locais que Kay visita idem, além de efeitos de fumaça e partículas terem sido simplificados. Felizmente, as animações físicas de Kay e Nix não foram comprometidas, mas é muito triste notar como as animações faciais são uma verdadeira porcaria – ainda piores que as vistas em Mirage no ano passado.
Sendo um jogo tão focado na narrativa, muito me espanta em notar a falta de capricho ou total limitação técnica da Snowdrop em conseguir entregar qualquer semblante que seja meramente humano para os personagens, principalmente para Kay que parece uma boneca borrachuda inchada destruída pelo botox feito no Brás em São Paulo – o que fizeram com o rosto da personagem é mesmo imperdoável. Aliás, há uma falta de cuidado nas texturas faciais de todos os personagens humanos, em geral – o mesmo com texturas de baixa qualidade nos centros populosos de Toshara.
O trabalho dos animadores faciais felizmente não chega a destruir a ótima dublagem dos atores originais, mas prejudica bastante o senso de imersão do jogador nas cenas de diálogo renderizadas no motor gráfico de Star Wars Outlaws. É um problema tão notório que até o time de desenvolvimento nota ao trazer sequências pré-renderizadas em um CGI um tantinho melhor animado.
O que me leva a pensar que talvez a adição de tantos alienígenas tenha sido proposital para evitar animar mais faces humanas de personagens de destaque do jogo, já que todos eles nunca exibiram um semblante diferente na saga. Para piorar, o jogo está com uma falha perceptível de sincronia labial e animação dos lábios, criando um efeito bizarro de dublagem de novela mexicana, uma estranheza tensa e, pelas notas dos desenvolvedores, isso não será corrigido no patch do primeiro dia, já que nem chega a ser mencionado.
Jogando no PC, munido de uma 4090, eu não esperava ver muitos problemas de performance, mas infelizmente eles existem e é bom ter cautela caso tenha uma máquina menos potente. Em algumas cidades, principalmente no centro de Toshara, há flutuações pesadas na taxa de quadros por segundo. Ao longo do período que joguei, não pude testar o DLSS 3.5 ou FSR 3 sob orientação da própria Ubisoft, mas é esperado que o recurso esteja disponível no lançamento. Talvez, com isso, as flutuações sejam menos perceptíveis em áreas mais densas de NPCs.
Ainda assim, sendo um jogo que sim, é bonito, mas ao mesmo tempo não se trata da obra mais linda já feita na geração, é um tanto preocupante que exija tanto do hardware – ainda mais levando em conta a otimização exemplar de Black Myth: Wukong. Imagino que haja espaço para otimização. Mas em geral, o game roda bem, não possui bugs notórios que prejudiquem o progresso das missões e também não crasha. Logo, para o PC, está perfeitamente jogável – desde que faça concessões nos sliders de configurações gráficas.
O jogo possui efeitos em ray tracing que realmente se fazem perceptíveis ao trazer sombras muito suaves, oclusão ambiental de ponta de linha e iluminação colorida em tempo real. Os reflexos já são mais complicados. Todos os que envolvem água são muito bonitos, mas os reflexos dos pisos lustrosos de complexos imperiais deixam bastante a desejar, virando uma confusão difusa de artefatos visuais cinzas.
Como todo Star Wars, Outlaws também visa caprichar no departamento sonoro e musical. Em questão de efeitos sonoros, é tudo perfeito e fiel à saga, enquanto a trilha original mais acerta do que erra. O tema principal é majestoso e planetas como Tatooine e Akiva possuem faixas muito atmosféricas, mas as composições de Toshara, principalmente do centro, não combinam muito bem com o estilo musical que John Williams definiu para a franquia como um todo.
Star Wars Outlaws é uma experiência bem-vinda
Em geral, Star Wars Outlaws é uma experiência agradável e certamente bem-vinda por tirar o bendito foco dos games em histórias sobre jedis e siths. Ainda que seja uma aventura simples e irrelevante em termos canônicos, é uma boa história que expande mais a mitologia da saga de modo satisfatório. É um jogo que tem sua parcela de problemas, principalmente a curta duração da história principal e as animações faciais, mas os acertos compensam as falhas.
A paixão da Massive pelo jogo é perceptível sem dificuldades. Espero que, com os ajustes necessários, o game consiga ser suficiente para trazer mais história de Kay, Nix e ND-15, afinal o mais difícil foi feito: criar protagonistas carismáticos em uma franquia que, atualmente, só tem despertado antipatia dos próprios fãs.
Agradecemos a Ubisoft pela cópia gentilmente cedida para a realização desta análise