O lendário diretor Ridley Scott, de 87 anos, fez uma revelação surpreendente. Ele contou que recusou uma oferta milionária para dirigir O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas (2003). Em uma nova entrevista, o cineasta afirmou que chegou a pedir o mesmo cachê do astro, Arnold Schwarzenegger. No entanto, mesmo quando o estúdio aceitou pagar os US$ 20 milhões, ele disse “não”.
A declaração foi dada em uma sessão de perguntas e respostas com leitores do jornal The Guardian.
“Eu não posso ser comprado, cara”
Primeiramente, Ridley Scott contou como a negociação aconteceu. “Recusei um cachê de US$ 20 milhões. Veja, eu não posso ser comprado, cara”, disse o diretor. Ele explicou que, na brincadeira, pediu o mesmo salário de “Arnie” (Schwarzenegger). “Quando disseram que sim, pensei: ‘Que se dane’.”
O motivo da recusa, no entanto, foi puramente artístico. “Mas eu não conseguiria. Não é a minha praia”, confessou.
O problema com “pura história em quadrinhos”
Em seguida, o diretor de Alien e Blade Runner explicou sua visão. Para ele, franquias como O Exterminador do Futuro e James Bond são “pura história em quadrinhos”. O foco delas, segundo ele, é a “diversão e o exagero”. Ridley Scott, contudo, tem um estilo diferente.
“Eu tentaria torná-lo real”, afirmou, sobre o que faria com o filme. “É por isso que nunca me pediram para fazer um filme do James Bond, porque eu poderia estragar tudo.”
O futuro de Ridley Scott: ‘Gladiador’ e ‘Alien’
Apesar de recusar uma franquia, o cineasta continua a expandir as suas. Na mesma entrevista, Ridley Scott confirmou que um terceiro filme de Gladiador já está em produção. A notícia chega após o sucesso do (fictício) Gladiador 2, lançado no ano passado.
Ele também se mostrou aberto a fazer uma nova prequela de Alien. “Sim, se eu tiver uma ideia, com certeza”, disse. A revelação de Ridley Scott, por fim, é um raro vislumbre. Ela mostra a integridade artística de um diretor que, mesmo diante de uma oferta milionária, preferiu se manter fiel ao seu estilo.