Roman Polanski, renomado diretor de cinema, está envolvido em um novo julgamento nos Estados Unidos, acusado de estupro há décadas. O caso, marcado para agosto de 2025, traz à tona questões cruciais sobre o sistema de justiça, os direitos das vítimas e o abuso de poder.
A acusação, datada de 1973, levanta debates sobre a prescrição de crimes sexuais e a necessidade de garantir que todas as vítimas tenham a oportunidade de buscar justiça, independentemente do tempo decorrido desde o ocorrido. A representante da vítima, Gloria Allred, destaca a importância de trazer à luz casos antigos e responsabilizar os agressores.
Por outro lado, Polanski foi acusado de abuso e assédio várias outras vezes desde então: a atriz alemã Renate Langer disse à polícia suíça que o diretor a estuprou em 1972, quando ela tinha 15 anos; a artista estadunidense Marianne Barnard alegou que Polanski a assediou em 1975, quando ela tinha 10 anos; a fotógrafa francesa Valentine Monnier acusou Polanski de estuprá-la, também em 1975; e a atriz Charlotte Lewis disse que o diretor a assediou em 1983, quando ela tinha 16 anos. Polanski nega todas as acusações.
A recusa de Polanski em comparecer ao julgamento ressalta as complexidades dos processos legais internacionais e levanta questões sobre a extradição de fugitivos da justiça. Isso evidencia lacunas no sistema legal que permitem que indivíduos evitem responsabilidades por crimes cometidos.
Além disso, as múltiplas acusações de abuso e assédio contra Polanski destacam a necessidade de dar voz às vítimas e de reconhecer padrões de comportamento abusivo. O caso não se limita apenas ao diretor, mas serve como um lembrete dos desafios enfrentados por muitas pessoas que buscam denunciar crimes sexuais.