Documentário “Anatomy of Lies” revela a história de Elisabeth Finch, a roteirista que fingiu ter câncer
A série documental Anatomy of Lies (ou Anatomia de Mentiras, em tradução livre), lançada pela plataforma Peacock, traz à tona a polêmica história de Elisabeth Finch, uma roteirista conhecida por seu trabalho em Grey’s Anatomy. Finch ganhou notoriedade ao fingir ter câncer, chegando a raspar o cabelo para criar a aparência de alguém em tratamento.
Mentiras e manipulação na série
A produção, que estreou nos EUA na última semana e ainda não possui data de lançamento no Brasil, explora os extremos que Finch levou suas mentiras. Após uma investigação da revista Vanity Fair em maio de 2022, ela admitiu ter mentido sobre seu diagnóstico de condrossarcoma, uma forma rara de câncer ósseo. O documentário revela que, durante as gravações da série, Finch costumava sair para o banheiro, alegando que estava vomitando devido à quimioterapia. Além disso, sua aparência, que incluía uma cabeça raspada e uma coloração esverdeada, foi cuidadosamente elaborada para enganar colegas de trabalho.
“Ela chegava ao trabalho com a cabeça raspada e a pele com uma coloração esverdeada, como se tivesse saído de um micro-ondas. Comia bolachas e bebia refrigerante, fazendo pausas no banheiro para vomitar por causa da quimioterapia”, comenta Andy Reaser, um dos produtores e roteiristas da série.
Depoimentos e pedidos de desculpas por Grey’s Anatomy
Anatomy of Lies também inclui depoimentos de colegas de Finch, como Jennifer Beyer, sua ex-esposa, que oferecem uma perspectiva sobre o impacto das ações da roteirista em sua vida pessoal e profissional.
Após o anúncio do documentário, Finch se manifestou nas redes sociais, pedindo desculpas pelo que fez. “‘Sinto muito’ parece ser uma expressão muito pequena diante do que fiz, mas é a mais sincera. Eu me deixei levar pelo vício das mentiras, traindo e traumatizando minha família, amigos e colegas mais próximos,” declarou em uma postagem.
Ela expressou seu desejo de reparação, afirmando que está buscando maneiras de mostrar seu arrependimento. “E aceito que algumas talvez nunca estejam,” completou, lembrando que sua conta é privada, o que limita a interação com o público.
O documentário provoca reflexões sobre a natureza da verdade e os limites das mentiras, especialmente em ambientes criativos como Hollywood, onde a pressão por aceitação e sucesso pode levar a decisões extremas.