Samuel L. Jackson: prêmios, legado e frustrações em Hollywood

Aos 75 anos, Samuel L. Jackson, um dos atores mais prolíficos e queridos do cinema, revelou sua visão cética sobre premiações em uma entrevista recente à Associated Press. Ao lado de Michael Potts, seu colega de elenco no filme The Piano Lesson, Jackson afirmou que ser indicado ao Oscar não é motivo de celebração.

“As pessoas dizem: ‘É uma honra ser indicado’, mas não é. É uma honra vencer”, declarou o ator, arrancando risos de Potts. Segundo ele, o impacto das indicações é limitado, e o público geralmente só lembra quem levou o prêmio.

Um histórico de sucesso, mas pouco reconhecimento

Apesar de sua longa e icônica carreira, Jackson teve apenas uma indicação ao Oscar: em 1995, como Melhor Ator Coadjuvante por seu papel em Pulp Fiction. Na ocasião, perdeu para Martin Landau, que venceu por sua atuação em Ed Wood.

Jackson comentou sobre o caráter involuntário da competição:

“Eu não entrei para me exibir. Eles indicam você e as pessoas perguntam: ‘Qual era o filme mesmo?’ Depois que acaba, mal se lembram de quem ganhou.”

Embora não tenha sido indicado desde então, ele recebeu um Oscar honorário pelo conjunto da obra em 2022. O prêmio, entregue por Denzel Washington, reconheceu sua contribuição ao cinema e seu impacto duradouro no público.

A verdadeira motivação: entreter o público

Jackson destacou que sua prioridade nunca foi acumular prêmios, mas sim entreter o público:

“Eu saí para entreter as pessoas, fazê-las esquecer suas vidas por algumas horas. Foi realmente uma honra e um prazer fazer isso.”

Atualmente, Jackson estrela The Piano Lesson, disponível na Netflix, onde atua ao lado de Denzel Washington e seus filhos John David e Malcolm Washington.

A declaração reflete um sentimento compartilhado por muitos artistas em Hollywood: o valor de uma carreira vai além do reconhecimento formal, sendo medido pelo impacto emocional e cultural que seus trabalhos deixam no público.

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