A decisão da Disney de substituir She-Hulk: Attorney at Law por Deadpool no hub principal da Marvel no Disney+ tem gerado muitas reações, principalmente nas redes sociais. A substituição reflete uma mudança estratégica na forma como a Disney está lidando com a recepção de seus conteúdos e o sucesso dos personagens que compõem o Universo Cinematográfico Marvel (MCU). Enquanto She-Hulk foi promovida com grande entusiasmo no início, a série nunca conseguiu alcançar o sucesso esperado, tanto em termos de crítica quanto de audiência, o que resultou na sua retirada do centro das atenções no Disney+.

O Fracasso de She-Hulk: Attorney at Law

Quando She-Hulk: Attorney at Law foi anunciada, a Disney tinha grandes expectativas para a série. A ideia de trazer um personagem tão icônico do universo dos quadrinhos para as telinhas, especialmente com uma abordagem leve e comédia, parecia promissora. No entanto, logo após o lançamento, a série enfrentou uma avalanche de críticas negativas. A principal razão para esse fracasso foi a falta de conexão com o público, causada pela abordagem do personagem principal, interpretado por Tatiana Maslany.

A protagonista, Jennifer Walters, era retratada como uma personagem arrogante e insensível, com uma postura que desconsiderava a dor e os traumas de Hulk, um dos heróis mais populares e complexos da Marvel. Ela minimizava a experiência de Bruce Banner, incluindo seu sofrimento emocional, com falas como “Eu entendo sua dor, mas sou assobiada na rua”. Esse tipo de abordagem não só alienou os fãs de Hulk, como também dividiu a audiência. A série, que tentava ser irreverente, com piadas e quebras da quarta parede, foi amplamente criticada por não saber equilibrar humor e sensibilidade.

Além disso, a série culminou em uma série de cenas de ação e acontecimentos que pareciam desnecessários e até embaraçosos, como a famosa dança com Megan Thee Stallion, que muitos consideraram forçada e desconectada da narrativa da série. A falta de uma história coesa, combinada com um humor que não agradava a todos, fez com que She-Hulk fosse amplamente vista como um fracasso dentro do MCU.

O Sucesso de Deadpool e a Substituição

Em contraste, Deadpool, que chegou ao Disney+ com a adição de Deadpool 3, estrelado por Ryan Reynolds, tem se mostrado um sucesso estrondoso. O personagem, conhecido por quebrar a quarta parede e sua abordagem irreverente, conseguiu conquistar os fãs com seu estilo único, que mistura comédia e ação de uma maneira que She-Hulk não conseguiu.

O Mercenário Tagarela, além de ter arrecadado bilhões nas bilheteiras com filmes anteriores, continua a ser um dos personagens mais populares dentro do universo da Marvel, e seu recente retorno ao Disney+ através de Deadpool 3 foi amplamente celebrado. A inclusão de Deadpool no hub da Marvel no Disney+ foi uma mudança significativa, não só porque ele substitui She-Hulk, mas porque representa um tipo de personagem mais alinhado com o público-alvo da plataforma: irreverente, engraçado e com cenas de ação impactantes.

A cena de dança de Deadpool ao som de Bye Bye Bye, do NSYNC, foi um dos momentos mais memoráveis de Deadpool 3, sendo comparada à famosa sequência de dança de She-Hulk com Megan Thee Stallion. No entanto, a diferença entre as duas cenas é clara: enquanto a sequência de Deadpool é parte integrante da ação e uma forma de quebrar o ritmo de forma criativa, a cena de She-Hulk foi vista por muitos como forçada e desnecessária. Isso levou muitos fãs a perceberem uma diferença fundamental na execução do humor e na construção do personagem. Deadpool não só tem uma abordagem mais madura e bem-sucedida ao quebrar a quarta parede, mas também consegue equilibrar comédia e ação de maneira que cativa o público, enquanto She-Hulk falhou em entregar isso de forma eficaz.

O Contexto das Quebras da Quarta Parede

Outro ponto importante na comparação entre os dois personagens é a forma como ambos quebram a quarta parede. Embora tanto She-Hulk quanto Deadpool se comuniquem diretamente com o público, a execução de Deadpool é amplamente mais eficaz. Deadpool faz isso de forma engraçada, relevante para a história e impactante. Por exemplo, a cena de abertura de Deadpool 3, com a dança e o humor autocrítico, integra-se perfeitamente ao personagem e à narrativa do filme. Já em She-Hulk, as quebras da quarta parede pareciam mais artificiais, como se o objetivo fosse apenas agradar a um público específico, sem realmente agregar ao enredo da série.

Essa diferença na execução gerou um grande contraste entre a recepção de ambas as produções. Enquanto Deadpool conquistou fãs e se tornou um fenômeno de bilheteira, She-Hulk foi deixada para trás, sendo descontinuada antes mesmo de ter uma segunda temporada confirmada.

A Popularidade de Deadpool e a Rejeição a She-Hulk

A reação negativa a She-Hulk é um reflexo do que muitos veem como um erro da Disney ao tentar modernizar e feminizar um personagem de maneira que não ressoava com os fãs da Marvel. Ao contrário, Deadpool, com sua irreverência e características bem definidas, segue sendo um sucesso tanto nas bilheteiras quanto entre os fãs, o que justifica sua substituição no Disney+.

Em resumo, a substituição de She-Hulk por Deadpool no Disney+ é uma clara demonstração de como a Disney percebeu onde os fãs realmente estão e o tipo de conteúdo que eles esperam da Marvel. Enquanto She-Hulk tentou forçar um tipo de humor e personagem que não agradou, Deadpool segue como um ícone, mantendo seu estilo único que mistura ação, comédia e uma boa dose de irreverência, agradando amplamente ao público.

Mostrar menosContinuar lendo