Silent Hill f é história separada da franquia e pode ser aproveitada por todos, diz Konami

Novo Silent Hill se passa no Japão dos anos 60 e tem história independente, ideal para atrair novos fãs à icônica série de terror.
Silent Hill f ganha novo trailer e impressiona com ambientação e criaturas aterrorizantes Silent Hill f ganha novo trailer e impressiona com ambientação e criaturas aterrorizantes
Konami

Konami aposta em ambientação inédita e narrativa independente para apresentar novo capítulo da franquia a iniciantes

Nova identidade para uma franquia clássica

A Konami está apostando em um recomeço ousado para sua clássica franquia de terror com um novo título de Silent Hill ambientado no Japão dos anos 1960. Distanciando-se da icônica cidade americana que dá nome à série, o jogo propõe um cenário radicalmente diferente — e, segundo os desenvolvedores, a mudança não é apenas geográfica, mas conceitual.

O diretor criativo do projeto afirmou que o objetivo é entregar uma experiência que seja, ao mesmo tempo, nova e nostálgica. Essa abordagem busca respeitar a essência da série, enquanto constrói algo que dialogue com públicos modernos e antigos. “Queríamos algo que parecesse familiar, mas que trouxesse uma identidade única”, declarou o diretor em entrevistas anteriores.

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História independente para novos jogadores

A decisão de afastar a trama da tradicional Silent Hill é central na estratégia da Konami. Em sua conta oficial japonesa no X (antigo Twitter), a publisher anunciou: “Este é um trabalho completamente novo, independente da série. Mesmo aqueles que nunca jogaram Silent Hill podem aproveitar este jogo.”

Ainda que a maioria dos títulos da franquia já funcionasse de forma independente — com exceção notável entre o primeiro e o terceiro jogos —, o novo projeto parece disposto a reforçar essa autonomia como um convite direto a novos jogadores. A ideia é clara: atrair quem sempre ouviu falar de Silent Hill, mas nunca se aventurou por seus corredores opressivos e horrores psicológicos.

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Terror reformulado, mas não suavizado

Mesmo com o discurso acessível, a nova ambientação e o foco em uma história independente não significam suavização do conteúdo. As imagens e descrições divulgadas até agora mostram um universo tão grotesco quanto os melhores momentos da série: há menções a “rostos dilacerados”, “corpos queimados vivos dentro de gaiolas” e “tendões expostos como enfeites macabros”.

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O contraste entre a estética do Japão dos anos 60 e os horrores viscerais promete ser um dos grandes trunfos do jogo. A ambientação retrô pode fornecer um pano de fundo intrigante, ao mesmo tempo em que amplia o impacto psicológico do terror corporal característico da série.

Uma nova porta de entrada para o horror psicológico

Com essa proposta renovada, a Konami tenta revitalizar uma de suas franquias mais queridas, apostando na combinação entre inovação estética e fidelidade temática. Resta saber se a ousadia será suficiente para conquistar tanto os veteranos quanto os novatos nesse pesadelo.

Sobre o autor

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa. Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer. Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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