‘Silent Hill f’ será um retorno ao ‘terror 100% japonês’, revelam produtores

“Silent Hill f” será “100% terror japonês”, diz produtor da Konami, prometendo um retorno às raízes psicológicas da franquia.
Atriz de 'Silent Hill f' diz ter sentido a 'sanidade vacilar' durante a produção do novo jogo Atriz de 'Silent Hill f' diz ter sentido a 'sanidade vacilar' durante a produção do novo jogo
Konami

Após a divulgação do primeiro e perturbador trailer de gameplay de “Silent Hill f” no PlayStation State of Play da semana passada, a Konami aproveitou seu próprio evento digital, o “Konami Press Start”, nesta quinta-feira, 12 de junho, para aprofundar a visão por trás do aguardado novo capítulo da franquia de terror. A principal promessa: um retorno à essência do horror japonês que, segundo o produtor da série, havia se perdido nos jogos mais recentes.

O resgate da identidade original da série

Em uma entrevista durante a apresentação, o produtor da série “Silent Hill”, Motoi Okamoto, explicou a filosofia que guia o desenvolvimento de “Silent Hill f”. “Silent Hill foi uma série que fundiu a essência do terror ocidental e do terror japonês. Conforme a série progredia, senti que a essência do terror japonês se perdia”, declarou Okamoto.

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Ele se refere a títulos como “Silent Hill: Homecoming” (2008) e “Silent Hill: Downpour” (2012), que foram desenvolvidos por estúdios ocidentais (americanos e tchecos, respectivamente) e adotaram uma abordagem mais voltada para a ação e o combate, distanciando-se do terror psicológico e atmosférico dos quatro primeiros jogos, criados pela equipe japonesa da Konami. Por isso, Okamoto sentiu “o desejo de criar um Silent Hill com 100% da essência do terror no estilo japonês”.

A escolha da NeoBards e o entendimento do legado

Para realizar essa visão, a Konami selecionou o estúdio taiwanês NeoBards Entertainment, conhecido por seu trabalho de alta qualidade em portes e relançamentos para editoras japonesas, como a Capcom. A escolha, segundo Okamoto, foi baseada na capacidade do estúdio de entender e respeitar o material original.

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A equipe da NeoBards demonstrou estar na mesma página. “Tivemos discussões com a Konami sobre como criar uma experiência de jogo que mantivesse o espírito de Silent Hill dentro de uma atmosfera japonesa”, disse o produtor Albert Lee. O diretor do jogo, Al Yang, complementou, enfatizando que a mudança de cenário para o Japão rural dos anos 1960 exigiu um estudo profundo. “Com a grande mudança temática, era absolutamente crucial para nós não apenas copiar, mas realmente entender quais eram os principais elementos atmosféricos que definem os títulos clássicos de Silent Hill, a fim de evoluí-los para ‘Silent Hill f'”, afirmou.

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Essa declaração, que mostra um foco na atmosfera em vez de apenas nos monstros icônicos como o Pyramid Head, foi recebida com grande otimismo pelos fãs, que veem no novo jogo a chance de um verdadeiro renascimento da série.

Uma nova era para a Konami e suas franquias

O segmento sobre “Silent Hill f” foi parte de uma apresentação maior que mostrou a força com que a Konami está investindo em suas franquias clássicas. Durante o mesmo evento, a empresa revelou o modo multiplayer online “Fox Hunt” para o remake “Metal Gear Solid Delta: Snake Eater” e anunciou que está se unindo novamente à Bloober Team (responsável pelo remake de “Silent Hill 2”) para criar um remake do primeiro “Silent Hill” de 1999.

Sobre o autor

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa. Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer. Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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