A série “Skeleton Crew”, a mais recente adição ao universo “Star Wars” no Disney+, atingiu um marco preocupante ao não aparecer nas paradas de nenhuma grande plataforma de medição de audiência de streaming. Isso coloca o programa como um dos piores desempenhos da franquia, refletindo a apatia do público e apontando para a difícil situação que “Star Wars” enfrenta sob a liderança de Kathleen Kennedy e a administração da Disney.

O fracasso de “Skeleton Crew” e suas comparações com outras produções do Disney+

A série, estrelada por Jude Law e direcionada a um público mais jovem, foi lançada com uma proposta de atrair espectadores com um mix de vibrações de “Stranger Things” e o estilo clássico de “Star Wars”. No entanto, ao contrário das expectativas, “Skeleton Crew” foi recebida com um desinteresse generalizado. A Nielsen, que avalia a audiência dos principais serviços de streaming, não registrou “Skeleton Crew” em suas paradas. Para efeito de comparação, outras séries de sucesso do Disney+, como “The Acolyte” e “Andor”, obtiveram uma audiência consideravelmente maior, com “The Acolyte” alcançando 488 milhões de minutos assistidos nos primeiros episódios, e “Andor”, mesmo sendo uma série mais voltada para um nicho, superando a marca de 600 milhões de minutos.

A falta de magia e o impacto nas finanças da franquia

O desempenho abaixo das expectativas de “Skeleton Crew” é simbólico de um problema maior que “Star Wars” enfrenta nos últimos anos. Desde a compra da franquia pela Disney, a marca perdeu muito de seu apelo cultural, que a tornava um fenômeno global. As últimas produções cinematográficas da franquia não tiveram a mesma repercussão, e as vendas de produtos da linha “Star Wars” da Hasbro também enfrentam dificuldades financeiras. Além disso, a falta de lançamentos cinematográficos desde 2019 tem deixado a franquia estagnada, sem renovar seu impacto nas gerações de fãs.

Crítica à gestão da Disney e a política de identidade

Parte da crítica ao atual estado de “Star Wars” se dá pela percepção de que a Disney tem adotado uma abordagem excessivamente política em suas narrativas. Muitos apontam que a franquia, agora focada em questões como identidade e representatividade, perdeu o respeito pela sua base original de fãs e pelo material de origem. “Skeleton Crew” segue essa linha, abordando temas como pais do mesmo sexo e relações não tradicionais, o que tem gerado divisão entre os espectadores. A política de identidade parece ser uma das forças motrizes por trás dos novos projetos de “Star Wars”, o que resulta em uma desconexão com o público que historicamente se apaixonou pela saga.

“Star Wars” está morto?

Embora algumas pessoas argumentem que a franquia “Star Wars” morreu quando foi adquirida pela Disney, o fracasso de “Skeleton Crew” pode ser visto como o ponto final para uma marca que já foi uma grande força cultural. Quando uma franquia que antes dominava a cultura pop agora não consegue gerar interesse, é possível argumentar que ela está em declínio irreversível. A apatia do público frente à nova série e o distanciamento das raízes que tornaram “Star Wars” uma marca amada levantam sérias questões sobre seu futuro.

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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