A decisão da Sony de levar seus jogos exclusivos para o PC está se mostrando um acerto financeiro monumental. De acordo com um novo relatório da Alinea Analytics, a empresa japonesa já faturou mais de US$ 1,2 bilhão apenas com a venda de seus títulos first-party na plataforma Steam, depois de contabilizada a fatia da Valve.

O sucesso da estratégia de ports é incontestável, mas analistas já alertam para um novo desafio: o “fator novidade” dos jogos da PlayStation no PC parece estar diminuindo.

O dinheiro e o Top 5 da Sony no PC

A Alinea Analytics estima que a receita total gerada pelos títulos da PlayStation na Steam ultrapassou US$ 1,5 bilhão. Desse montante, a Sony levou para casa US$ 1,2 bilhão, e a Valve, em seu sistema de cortes escalonados (que começa em 30% e diminui para 20% em jogos muito bem-sucedidos), faturou pelo menos US$ 350 milhões.

Os cinco jogos que mais contribuíram para esse faturamento, segundo o relatório, são:

  1. Helldivers 2: 12,7 milhões de cópias vendidas desde fevereiro de 2024.
  2. Horizon Zero Dawn: 4,5 milhões de cópias vendidas.
  3. God of War: 4,2 milhões de cópias vendidas.
  4. Days Gone: 3,4 milhões de cópias vendidas.
  5. Spider-Man Remastered: 2,7 milhões de cópias vendidas.

O alerta dos analistas: ‘Novidade está se esgotando’

Apesar dos números impressionantes, o relatório aponta um sinal de cautela. Analistas da Alinea sugerem que o “fator novidade” de ter jogos de PlayStation no PC está se esgotando, resultando em vendas mais lentas para as sequências.

Rhys Elliot, chefe de análise de mercado da Alinea, disse: “O público que antes estava animado para experimentar esses jogos pela primeira vez já foi amplamente atendido. Lançamentos posteriores, naturalmente, enfrentam públicos potenciais menores, e nossas estimativas mostram isso claramente.”

A análise aponta que God of War Ragnarök vendeu 2,5 vezes menos cópias do que o God of War original no mesmo período de tempo. Da mesma forma, Spider-Man 2 vendeu a metade de cópias de seu antecessor, Spider-Man Remastered, na mesma janela de tempo, indicando que a Sony precisa decidir se o modelo de port continua a valer o esforço, ou se o custo de deixar tanto dinheiro na mesa com uma reversão de estratégia é muito alto.

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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