Enquanto o público aguarda a estreia da nova adaptação de sua obra, A Longa Caminhada, que chega aos cinemas nesta semana, o autor Stephen King decidiu presentear os fãs com uma curiosidade: sua lista pessoal dos 10 melhores filmes de todos os tempos. Em uma publicação em suas redes sociais, o mestre do terror compartilhou suas escolhas, que mesclam clássicos absolutos com algumas surpresas que revelam suas influências.
Antes de divulgar a lista, no entanto, ele fez questão de deixar de fora quatro adaptações de sua própria obra que, segundo ele, provavelmente estariam no ranking: Conta Comigo (1986), Louca Obsessão (1990), Um Sonho de Liberdade (1994) e À Espera de um Milagre (1999).
As adaptações que ficaram de fora
A exclusão prévia de quatro de suas adaptações mais amadas mostra o carinho que King tem por elas. Curiosamente, a lista de ausências notáveis também inclui O Iluminado (1980), de Stanley Kubrick. O autor é um crítico notório do filme, que ele já descreveu como “um Cadillac grande e lindo sem motor”, por sentir que a adaptação traiu a complexidade do protagonista de seu livro.
A lista de favoritos do mestre do terror
A seleção de Stephen King, compartilhada “sem nenhuma ordem específica”, é uma verdadeira aula de cinema, com uma forte inclinação para os filmes dos anos 1970, década em que ele se consolidou como escritor. Confira os escolhidos:
- O Poderoso Chefão Parte II (1974)
- Tubarão (1975)
- O Comboio do Medo (1977)
- Contatos Imediatos de Terceiro Grau (1977)
- Caminhos Perigosos (1973)
- A Fuga (1972)
- O Tesouro de Sierra Madre (1948)
- Pacto de Sangue (1944)
- Casablanca (1943)
- Feitiço do Tempo (1993)
Clássicos, surpresas e a paixão pelos anos 70
A lista de Stephen King inclui escolhas esperadas e aclamadas, como O Poderoso Chefão Parte II e Casablanca. No entanto, são as escolhas mais peculiares que chamam a atenção. A presença de seis filmes da década de 1970, quando King estava na casa dos 20 anos, mostra a forte influência do cinema da “Nova Hollywood” em sua formação.
Caminhos Perigosos, de Martin Scorsese, e A Fuga, de Sam Peckinpah, são exemplos de thrillers mais “lado B” que claramente moldaram o estilo do autor. A escolha mais surpreendente, talvez, seja O Comboio do Medo (1977), de William Friedkin, um suspense aclamado pela crítica, mas que foi um fracasso de bilheteria na época de seu lançamento, provando o gosto refinado e particular do mestre do terror.