A recém-anunciada adaptação de Call of Duty para os cinemas quase teve um dos maiores nomes de Hollywood no comando. Uma nova reportagem da newsletter Puck, uma publicação influente na indústria, revelou que o lendário diretor Steven Spielberg queria muito dirigir o filme e chegou a fazer uma proposta formal para a Activision, a dona da franquia de games.
No entanto, o acordo não foi para frente. Segundo a publicação, as exigências do cineasta, que são padrão para um diretor de seu calibre, teriam “assustado” a empresa de games, que optou por um acordo que lhe daria mais controle sobre o projeto.
As exigências que ‘assustaram’ a Activision
De acordo com a reportagem, que cita três fontes anônimas, Steven Spielberg é “notoriamente um grande gamer” e tem um carinho especial pela franquia Call of Duty. Sua produtora, a Amblin, se uniu a um executivo da Universal para apresentar uma visão completa para a adaptação.
O problema teria surgido com as condições para que o diretor assumisse o projeto. Para ter Spielberg no comando, a Activision teria que ceder a ele o controle total sobre a produção e o marketing, o direito ao corte final do filme e uma participação nos lucros. Essas exigências, comuns para um diretor vencedor de múltiplos Oscars, teriam feito a Activision recuar.
O acordo entre Paramount e Activision
A recusa a Spielberg abriu caminho para o acordo anunciado no início desta semana entre a Activision e a Paramount, agora sob o comando de David Ellison. Na visão da empresa de games, a parceria com a Paramount lhe daria mais voz e controle sobre a adaptação de sua propriedade intelectual mais valiosa, algo que o acordo com Spielberg não permitiria.
Vale notar que, embora a informação venha de uma fonte respeitada, ela deve ser tratada com cautela, já que nenhuma das partes envolvidas se pronunciou oficialmente sobre a suposta negociação.
O que poderia ter sido
A possibilidade de um filme de Call of Duty dirigido por Steven Spielberg certamente empolgaria os fãs e a crítica. O diretor é responsável por alguns dos maiores filmes de guerra da história do cinema, como O Resgate do Soldado Ryan (1998), e produziu a aclamada minissérie Band of Brothers (2001).
Sua experiência em criar cenas de ação viscerais e dramas humanos complexos em cenários de batalha o tornaria uma escolha natural para a franquia de games, que já explorou desde a Segunda Guerra Mundial até conflitos modernos e futuristas.