O homem suspeito de mutilar um cavalo em Bananal (SP) falou pela primeira vez sobre o crime. Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, deu uma entrevista a uma emissora de TV local na terça-feira (19). Nela, aliás, ele admitiu ter cortado as patas do animal com um facão. No entanto, ele tentou justificar a ação. O caso de maus-tratos ganhou repercussão nacional após a cantora Ana Castela denunciar o crime em suas redes sociais.

O cavalo, infelizmente, não resistiu aos ferimentos e morreu. O suspeito, por sua vez, foi liberado após pagar fiança e responde ao inquérito em liberdade.

A justificativa: “momento de surto” e embriaguez

Na entrevista, Andrey reconheceu seu erro, mas deu uma justificativa. “Foi em um momento de transtorno, eu estava embriagado. Não é culpa da bebida, é culpa minha”, declarou. Ele também contestou a narrativa que circula online. “Muitas pessoas estão falando que eu cortei as quatro patas, mas não foi isso. Eu cortei duas, e depois de morto”, afirmou.

A Polícia Civil, no entanto, ainda investiga se o cavalo estava vivo no momento da mutilação. Por fim, o suspeito se queixou do julgamento nas redes sociais. Ele rejeitou o rótulo de “monstro”. “Foi uma covardia, mas em um momento de surto”, completou.

A denúncia de Ana Castela e a revolta nacional

O caso se tornou público após a denúncia de Ana Castela. A cantora, que é apaixonada por cavalos, usou sua imensa plataforma para expor o crime. Ela publicou fotos do suspeito e do animal ferido. Além disso, pediu ajuda para que o caso ganhasse visibilidade. “Me ajudem a deixar esse verme famoso”, escreveu a artista.

A publicação de Ana Castela, então, mobilizou o país. Outros famosos e ativistas, como Luísa Mell, também cobraram justiça. A pressão popular, portanto, foi fundamental para a rápida identificação do suspeito pelas autoridades.

A investigação e a fiança

A polícia ouviu Andrey Queiroz na última segunda-feira (18). Ele se entregou após a repercussão do caso. O jovem foi liberado após pagar fiança, o que gerou ainda mais revolta nas redes sociais. Agora, a Polícia Civil continua a investigação. A Prefeitura de Bananal também repudiou o ato de crueldade e afirmou que acompanha o caso de perto.

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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