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Electronic Arts confirma venda de US$ 55 bilhões e deixará de ser empresa pública

Confirmando os rumores que agitaram o mercado na última semana, a Electronic Arts (EA) anunciou oficialmente nesta segunda-feira (29) que fechou um acordo definitivo para ser adquirida por um consórcio de investidores privados. A transação, avaliada em aproximadamente US$ 55 bilhões (cerca de R$ 300 bilhões), resultará no fechamento de capital da gigante dos games, que deixará de ter suas ações negociadas na bolsa de valores.

O grupo de compradores é formado pela empresa de private equity Silver Lake, pela Affinity Partners de Jared Kushner e pelo controverso Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita. O acordo, se aprovado, será uma das maiores aquisições da história da indústria de tecnologia.

Os detalhes do acordo bilionário

A transação, que será totalmente em dinheiro, pagará aos acionistas da EA o valor de US$ 210 por ação, o que representa um prêmio de 25% sobre o preço das ações antes do início dos rumores. O valor total, de US$ 55 bilhões, supera a estimativa inicial de US$ 50 bilhões que circulava na imprensa.

A EA informou que a transação foi aprovada por seu conselho de administração e a expectativa é que seja concluída até o final de junho de 2026. A empresa afirma que o acordo a "posiciona para acelerar a inovação e o crescimento".

Os controversos novos donos

A identidade dos compradores chama a atenção. O Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita, que já detinha 10% da EA, é o fundo soberano do país e uma peça central no plano do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. O fundo tem sido alvo de críticas por seu papel em "sportswashing" e "gameswashing", utilizando investimentos em entretenimento para desviar a atenção das violações de direitos humanos no país, como a repressão a ativistas e os direitos LGBTQI+.

Outro membro do consórcio é a Affinity Partners, empresa de investimentos fundada por Jared Kushner, genro do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e que tem a maior parte de seu financiamento vindo do próprio governo saudita. A Silver Lake, uma tradicional empresa de private equity americana, completa o trio.

O futuro da EA sob nova direção

Apesar da mudança de donos, a liderança da EA permanecerá a mesma. O atual CEO, Andrew Wilson, continuará no comando da empresa, e a sede permanecerá em Redwood City, Califórnia. Em comunicado, Wilson celebrou o acordo como um "poderoso reconhecimento" do trabalho de suas equipes.

Os novos donos também não pouparam elogios. Egon Durban, co-CEO da Silver Lake, chamou a EA de "uma empresa especial" e elogiou a gestão de Andrew Wilson. Jared Kushner declarou: "Como alguém que cresceu jogando seus jogos – e agora os aprecia com seus filhos – não poderia estar mais animado com o que está por vir."


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Electronic Arts (EA) pode ser vendida em acordo de US$ 50 bilhões

A gigante dos games Electronic Arts (EA) pode estar prestes a deixar de ser uma empresa de capital aberto. De acordo com uma nova e bombástica reportagem do The Wall Street Journal, a publisher por trás de franquias como EA Sports FC e Battlefield está em discussões avançadas para ser vendida a um grupo de investidores em um acordo que pode chegar a US$ 50 bilhões (cerca de R$ 275 bilhões).

A negociação, se concretizada, seria a maior aquisição alavancada da história e transformaria fundamentalmente a estrutura de uma das empresas mais poderosas da indústria de jogos. Segundo a reportagem, um anúncio oficial pode acontecer já na próxima semana.

Um acordo que pode quebrar recordes históricos

A reportagem do WSJ, que cita fontes familiarizadas com o assunto, detalha uma negociação que pode se tornar a maior aquisição do tipo (leveraged buyout) de todos os tempos, superando a venda da empresa de energia TXU em 2007 por US$ 32 bilhões.

O valor de até US$ 50 bilhões avalia a EA acima de seu valor de mercado atual, que era de aproximadamente US$ 43 bilhões antes da notícia vir a público. Após a divulgação da reportagem, as ações da empresa já dispararam quase 15%.

Quem são os potenciais compradores?

Os nomes por trás da oferta são gigantes do mundo dos investimentos. O grupo inclui a empresa de private equity Silver Lake e o Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita.

A Silver Lake é uma grande investidora em empresas de tecnologia e já possui uma participação na Unity, motor gráfico que a própria EA já utilizou. O envolvimento do PIF saudita é ainda mais significativo. O fundo soberano já é um grande acionista da EA, tendo adquirido uma participação de 10% na empresa em 2023, o que demonstra um interesse de longa data na publisher e no setor de games como um todo.

O que acontece agora?

Até o momento, nenhuma das empresas envolvidas — EA, Silver Lake ou o PIF — comentou publicamente a reportagem. A próxima grande data no calendário da publisher é sua teleconferência de resultados com investidores, marcada para 28 de outubro, onde a liderança da empresa certamente será pressionada por mais detalhes.

Se o acordo se concretizar, a Electronic Arts, uma das publishers mais importantes do mundo e dona de franquias icônicas como The Sims, Apex Legends e Madden NFL, deixará de ter suas ações negociadas na bolsa de valores, o que lhe daria mais flexibilidade e menos pressão pública para resultados trimestrais.