O homem que testemunhou e filmou seu amigo mutilando um cavalo em Bananal (SP) se pronunciou. Dalton de Oliveira Rodrigues Vieira, de 28 anos, publicou um vídeo na última segunda-feira (18). Nele, aliás, ele alega inocência. Dalton afirma que ficou “sem reação” e não soube como impedir o amigo de cometer o crime. O caso de maus-tratos, no entanto, gerou grande repercussão nacional após a denúncia da cantora Ana Castela.
O cavalo não resistiu aos ferimentos e morreu. O suspeito do crime, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, foi ouvido pela polícia e liberado. Ele, portanto, segue sendo investigado.
“Não soube o que fazer”: a versão da testemunha
Dalton de Oliveira foi ouvido pela Polícia Civil na condição de testemunha. Em seu vídeo nas redes sociais, ele tentou esclarecer sua participação. “Infelizmente, eu estava junto. Eu não consegui fazer nada”, disse. Ele afirmou que começou a gravar apenas para mostrar que o animal estava caído, e não para registrar a crueldade.
“Ninguém, em nenhum momento, debochou do animal”, garantiu. “Ele [Andrey] só pediu pra gravar o vídeo para o pai dele. Só que depois disso, infelizmente, ele foi e fez isso aí, sem necessidade nenhuma. Eu fiquei sem reação na hora, não soube o que fazer”, completou.
O que diz o boletim de ocorrência
A versão de Dalton no vídeo tem algumas diferenças em relação ao seu depoimento oficial, presente no boletim de ocorrência. No depoimento, por exemplo, ele relatou que o amigo disse: “se você tem coração, melhor não olhar”, antes de cortar a pata do animal com um facão. Diante da cena, a testemunha disse que passou mal e foi embora do local.
Tanto Dalton quanto Andrey alegaram à polícia que o cavalo já estava morto no momento da mutilação. A investigação, no entanto, continua para apurar todos os fatos.
A repercussão e a mobilização de famosos
O caso ganhou projeção nacional após a cantora Ana Castela expor as imagens em suas redes sociais. Ela pediu ajuda aos seus milhões de seguidores para “deixar esse covarde famoso”. Rapidamente, outros artistas, como a atriz Paolla Oliveira e a ativista Luísa Mell, se juntaram ao coro por justiça.
A Prefeitura de Bananal também repudiou o ato e afirmou que o caso foi encaminhado à Polícia Ambiental. A mobilização gerada pela denúncia, portanto, coloca pressão sobre as autoridades para que o crime não fique impune.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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