Tim Burton fala sobre seu distanciamento da internet e seu sucesso recente
O cineasta Tim Burton, conhecido por seu estilo visual excêntrico e suas colaborações em filmes icônicos como Beetlejuice e Edward Mãos de Tesoura, revelou que prefere manter-se longe da internet. Em entrevista à BBC antes da abertura da exposição The World of Tim Burton no Design Museum, em Londres, o diretor admitiu que se sente deprimido ao acessar a internet e que, em vez disso, busca conforto em atividades simples como observar as nuvens.
Uma visão sobre a internet e a saúde mental
Burton, que lançou recentemente a sequência de Beetlejuice com grande sucesso, afirmou ser um pouco tecnófobo. “Qualquer um que me conhece sabe que sou um pouco tecnófobo”, comentou o diretor, explicando que a internet tem um efeito negativo em sua saúde mental. “Se eu olho para a internet, percebo que fico bastante deprimido. Isso me assustou porque comecei a entrar em um buraco negro”, acrescentou.
A declaração de Burton sobre os efeitos da internet ecoa preocupações amplamente discutidas sobre como o uso excessivo da rede pode impactar a saúde mental, levando ao estresse e à ansiedade. Para ele, manter-se ocupado com atividades mais simples é uma maneira de contrabalancear esses efeitos negativos. O diretor mencionou ainda que sua coleção de dez modelos gigantes de dinossauros, incluindo um T-Rex de 20 pés, é uma das coisas que trazem alegria ao seu dia a dia.
Sucesso com Beetlejuice e Wednesday
Apesar de sua aversão à tecnologia, Burton tem aproveitado um dos momentos mais altos de sua carreira. O lançamento de Beetlejuice Beetlejuice, sequência de seu clássico de 1988, foi um sucesso mundial, arrecadando US$ 434 milhões nas bilheterias. A estreia no Festival de Cinema de Veneza também reforçou a recepção positiva da crítica. Além disso, o sucesso contínuo da série Wednesday na Netflix, cuja segunda temporada é aguardada para 2025, também demonstra o impacto duradouro do estilo único de Burton no entretenimento contemporâneo.
Burton resumiu sua jornada em Hollywood como uma montanha-russa: “A jornada de Hollywood é uma jornada do tipo Alice no País das Maravilhas. Você sobe, desce, vai para os lados”, explicou. “O que percebo agora, talvez porque também estou mais velho, é: ‘Ok, vou fazer o que eu quiser’.”
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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