O ator Tom Cruise recusou um convite do presidente norte-americano, Donald Trump, para receber uma das maiores honrarias artísticas dos Estados Unidos. O astro da franquia ‘Missão: Impossível’ foi convidado para ser um dos homenageados de 2025 do Kennedy Center Honors. No entanto, ele declinou da homenagem. A justificativa oficial foi um “conflito de agendas”.

A recusa foi noticiada pela revista People. A publicação informou que os representantes de Tom Cruise comunicaram a decisão à Casa Branca na última quarta-feira (13). O ator, por sua vez, não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

O convite da Casa Branca e os “conflitos de agenda”

O Kennedy Center Honors é um prêmio de grande prestígio. Ele celebra anualmente as contribuições de artistas para a cultura norte-americana. A cerimônia acontece em Washington e, tradicionalmente, o presidente do país participa da entrega dos prêmios.

Neste ano, o presidente Trump afirmou estar “muito envolvido” na escolha dos homenageados. Os selecionados de 2025 foram os atores Sylvester Stallone e Michael Crawford, a cantora Gloria Gaynor, o músico George Strait e os membros da banda KISS. Tom Cruise estaria nesse grupo, mas sua vaga agora fica em aberto.

O fator Trump e o silêncio político do ator

A recusa de Tom Cruise gerou intensas especulações. Muitos analistas veem a justificativa de “conflitos de agenda” como uma desculpa diplomática. O motivo real seria evitar a associação com a figura politicamente polarizadora de Donald Trump. Grande parte da indústria de Hollywood é abertamente contrária ao presidente.

Tom Cruise, no entanto, é famoso por sua postura apolítica. Ele raramente se posiciona sobre temas partidários. Diferente de muitos colegas, o ator evita tratar de suas convicções pessoais em público. Em maio, por exemplo, ele se recusou a responder a uma pergunta sobre as tarifas impostas por Trump a filmes. Na ocasião, ele disse preferir “se ater a perguntas sobre o filme”.

A decisão de recusar a honraria, portanto, está alinhada com seu histórico. É uma forma de se manter neutro e evitar uma controvérsia política. Ele consegue fazer uma declaração poderosa através de sua ausência, sem precisar dizer uma palavra.