A suspensão do programa Jimmy Kimmel Live! pela ABC gerou uma reação em massa da elite de Hollywood. Nomes como Tom Hanks, Jennifer Aniston, Meryl Streep e Jamie Lee Curtis estão entre as dezenas de celebridades que assinaram uma carta aberta à União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), protestando contra a decisão da Disney de tirar o apresentador do ar e alertando para os perigos da censura.

A carta, organizada pela ACLU, classifica a pressão sobre Kimmel e a emissora como o início de uma “era McCarthy moderna” e conclama os americanos a defenderem a liberdade de expressão. O movimento representa a mais forte resposta da indústria do entretenimento até agora à polêmica.

Uma ‘era McCarthy moderna’, alerta a ACLU

Em um comunicado contundente, o diretor executivo da ACLU, Anthony D. Romero, comparou a situação atual a um dos períodos mais sombrios da história americana. “Agora nos encontramos em uma era McCarthy moderna, enfrentando exatamente o tipo de censura governamental severa que nossa Constituição proíbe”, disse ele.

“O silenciamento de Jimmy Kimmel e a perseguição aos meios de comunicação por meio de ameaças às suas licenças evocam memórias sombrias da década de 1950”, continuou Romero, fazendo uma referência direta à pressão do presidente da FCC (Comissão Federal de Comunicações) sobre as afiliadas da ABC. “Devemos fazer o mesmo hoje [que fizemos com McCarthy] porque, juntos, nossas vozes são mais altas.”

Estrelas da Disney desafiam a própria empresa

A lista de signatários chama a atenção por incluir vários artistas com projetos atuais de grande destaque em empresas do conglomerado Disney, a mesma companhia que suspendeu Kimmel. Martin Short e Meryl Streep, de Only Murders in the Building (Hulu/Disney+), Florence Pugh e Julia Louis-Dreyfus, do filme da Marvel Thunderbolts, e Jamie Lee Curtis, de The Bear (FX), estão entre os que assinaram, mostrando uma disposição em desafiar a própria empresa em nome da liberdade de expressão.

Relembre o caso que tirou Kimmel do ar

A manifestação de Hollywood é uma resposta direta à suspensão de Jimmy Kimmel na semana passada. A crise começou após o apresentador, em seu monólogo, especular que o assassino do ativista conservador Charlie Kirk era um apoiador de Donald Trump. A fala gerou uma reação imediata do presidente da FCC, que ameaçou as licenças das emissoras locais que transmitiam o programa.

Pressionada, a Nexstar, um dos maiores grupos de afiliadas, anunciou que deixaria de exibir o talk show. Horas depois, a própria ABC confirmou a suspensão do Jimmy Kimmel Live! por tempo indeterminado.

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