Remedy Entertainment aposta em universo conectado, mas sem pressa para uma conclusão épica
Estúdio finlandês avança no Remedy Connected Universe, expandindo conexões entre seus jogos, mas ainda não planeja um “final” para a narrativa interligada.
A Remedy Entertainment, conhecida por seus jogos de tiro narrativos e atmosféricos, como Max Payne, Alan Wake, Quantum Break e Control, tem trabalhado para construir um universo compartilhado entre suas obras. Essa ideia ganhou força com o DLC AWE de Control, que trouxe conexões canônicas com Alan Wake e sugestões de vínculos com Max Payne e Quantum Break. Porém, segundo Sam Lake, diretor criativo da Remedy, é cedo para pensar em uma conclusão definitiva para esse projeto ambicioso.
Em entrevista à IGN, Lake destacou que o estúdio está apenas começando a explorar as possibilidades narrativas do Remedy Connected Universe (RCU). “Adoro unir essas coisas. Adoro torná-lo mais profundo e expandir a história. […] Cada jogo precisa ser agradável por si só, mas queremos colocar muito conteúdo para nossos fãs, para aqueles que têm jogado outros jogos da Remedy, descobrirem a história do universo em andamento”, disse.
Um universo para veteranos e novatos
Lake enfatizou que, embora os jogos tenham conexões entre si, cada título é projetado para ser apreciado de forma independente. Para os recém-chegados, o plano é que eles possam mergulhar em qualquer jogo e, a partir disso, explorar outros títulos do estúdio para desvendar a complexidade do universo compartilhado.
Essa abordagem permite que fãs de longa data se deliciem com os detalhes interligados, enquanto novos jogadores têm a liberdade de começar por onde preferirem, ampliando gradualmente sua experiência no RCU.
O futuro da Remedy: novos jogos e remakes
Entre os próximos passos da Remedy no desenvolvimento de seu universo estão o jogo cooperativo FBC: Firebreak, ambientado no mesmo universo paranormal de Control, e a aguardada sequência Control 2. Além disso, o estúdio trabalha em colaboração com a Rockstar Games para os remakes de Max Payne 1 e 2, que podem trazer novas conexões para o RCU.
Lake reforçou que o foco da Remedy é aproveitar ao máximo as oportunidades narrativas que esse universo compartilhado proporciona, mas sem pressa para definir um “fim de jogo” similar ao que a Marvel fez com Vingadores: Ultimato.
Por enquanto, o RCU segue se expandindo, oferecendo aos fãs novos mistérios e conexões a cada título.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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