Valesca Popozuda reflete sobre sexualidade e tabus
Valesca Popozuda, aos 46 anos, compartilhou sua trajetória de superação e falou sobre a importância de quebrar tabus em relação à sexualidade feminina em entrevista ao videocast Mamilos Café. A cantora relembrou os desafios do início de sua carreira no funk, afirmando que a jornada não foi fácil.
“Nunca foi fácil, foi algo que Deus colocou no meu destino. No começo, eu chorava, achava que não ia dar certo”, comentou a artista, lembrando que precisou vencer as inseguranças e a falta de experiência no universo musical.
Desde o começo, a cantora buscou trazer uma visão feminina para o funk, um gênero que, segundo ela, era predominantemente masculino. Com letras que falam abertamente sobre desejos e prazeres, a cantora tornou-se uma referência de empoderamento para muitas mulheres. “No começo, o funk era muito voltado para os homens. Eu quis mudar isso, mostrar que as mulheres também podem falar sobre desejo, sobre prazer”, afirmou. A artista acredita que expressar a sexualidade feminina não deve ser motivo de julgamento e defende que mulheres tenham liberdade para discutir temas como sexo e relacionamento sem medo de represálias.
Funkeira faz críticas ao conservadorismo
Valesca também fez críticas ao conservadorismo que, em sua visão, ainda cerca o debate sobre liberdade sexual. Para ela, falar abertamente sobre sexo não define o caráter de uma pessoa. “Falar de sexo não faz de você uma pessoa vulgar. As mulheres querem ser livres para viver sem julgamentos”, destacou. Ao longo dos anos, a cantora tornou-se uma das vozes mais ativas na luta pela liberdade de expressão feminina, inspirando fãs a se expressarem sem medo.
A cantora não esconde que as críticas ainda surgem e que, em muitos momentos, os comentários maldosos chegaram a afetá-la. “Já me machuquei com comentários maldosos, mas aprendi a não me abalar”, desabafou Valesca, ressaltando que, hoje, se sente mais forte e usa sua voz para fortalecer outras mulheres. A famosa defende que as mulheres devem sentir-se à vontade para serem quem realmente são e que a música é uma forma poderosa de alcançar essa independência.