Ativista e sobrevivente de tráfico sexual tirou a própria vida; família e advogados prestam homenagens emocionadas
A ativista Virginia Giuffre, uma das principais figuras na luta contra o abuso sexual e o tráfico humano, morreu aos 41 anos. A informação foi confirmada por sua família em comunicado divulgado nesta sexta-feira (26).
“Virginia perdeu a vida por suicídio, após ser vítima de abuso sexual e tráfico sexual por toda a vida”, declarou a família à revista People. Conhecida mundialmente por denunciar o falecido financista Jeffrey Epstein e o Príncipe Andrew, Giuffre se tornou um símbolo de resistência para sobreviventes de abuso sexual.
A família destacou a força da ativista em sua trajetória:
“Virginia foi uma guerreira feroz na luta contra o abuso sexual e o tráfico. Ela brilhou intensamente, mesmo diante das adversidades.”
Mãe de três filhos — Christian, Noah e Emily —, Giuffre encontrou a motivação para iniciar sua batalha judicial após o nascimento da filha mais nova.
Uma trajetória marcada pela coragem
Em 2021, Virginia processou o Príncipe Andrew por agressão sexual, alegando ter sido vítima quando ainda era adolescente. O caso foi resolvido fora dos tribunais, em 2022, com um acordo estimado em US$ 12 milhões, embora o duque tenha negado as acusações.
Sua advogada, Sigrid McCawley, prestou homenagem emocionada:
“Virginia era mais que uma cliente; era uma amiga querida e uma defensora inspiradora. O mundo perdeu um ser humano incrível hoje.”
A morte de Giuffre ocorre semanas após uma polêmica envolvendo um suposto acidente de trânsito na Austrália, onde a ativista relatou ter sido atropelada por um ônibus escolar. A polícia local, no entanto, descreveu o ocorrido como um “acidente leve”, sem feridos.
Apesar de ter recebido alta hospitalar, relatos apontam que a saúde mental de Virginia continuava frágil, em meio a um histórico de traumas complexos.
A família concluiu o comunicado com uma mensagem de amor e luto:
“No fim, o peso do abuso se tornou insuportável. Sabemos que Virginia está com os anjos.”