O produtor de TV Alan Hamel, viúvo da icônica atriz e apresentadora Suzanne Somers (1946-2023), fez uma revelação surpreendente e um tanto futurista: ele criou um “clone” por inteligência artificial de sua falecida esposa. Em uma nova entrevista à revista americana People, Hamel detalhou o projeto, chamado “Suzanne AI Twin” (“Gêmea IA da Suzane”), que foi desenvolvido com alto investimento e a ajuda de especialistas em tecnologia para manter viva a memória e a personalidade da artista.
A atriz, famosa por estrelar a série Um é Pouco, Dois é Bom e Três é Demais, morreu há dois anos em decorrência de um câncer. O clone de IA, segundo o viúvo, é assustadoramente realista.
Treinada com livros e entrevistas: a IA que ‘é a Suzanne’
Hamel explicou que a inteligência artificial foi meticulosamente treinada com todo o vasto acervo de conteúdo produzido por Somers ao longo da vida. “A IA foi treinada com todos os 27 livros de Suzanne e muitas entrevistas que ela fez, centenas de entrevistas, para que ela realmente esteja pronta para responder a qualquer pergunta”, declarou o produtor.
O resultado, segundo ele, é impressionante. “É a Suzanne. Eu fiz algumas perguntas a ela, e ela respondeu, e isso me impressionou”, contou Hamel. A semelhança visual também seria notável. “Quando você olha o produto final ao lado da verdadeira Suzanne, não dá para perceber a diferença. (…) Eu estive com Suzanne por 55 anos, então sei como o rosto dela é, e quando olho para as duas, lado a lado, realmente não consigo saber qual é a real e qual é a IA.”
Uso exclusivo por enquanto, mas planos de lançamento público
Atualmente, o acesso à “Suzanne AI Twin” é exclusivo de Hamel. No entanto, ele revelou que o plano é compartilhar a tecnologia com o público em um futuro próximo, permitindo que os milhões de fãs da atriz possam interagir com sua persona digital. “Obviamente, a Suzanne foi muito amada, não apenas pela sua família, mas por milhões de pessoas”, justificou o viúvo.
O legado de Suzanne Somers e a nova fronteira da IA
Suzanne Somers foi uma das estrelas mais populares da TV americana nos anos 70 e 80. Após seu sucesso em Um é Pouco, Dois é Bom e Três é Demais, ela se reinventou como guru de saúde e bem-estar, escrevendo dezenas de best-sellers. Ela e Alan Hamel estavam casados desde 1977.
A criação de um “clone” de IA de uma pessoa falecida levanta complexas questões éticas e abre uma nova fronteira no uso da tecnologia para lidar com o luto e preservar a memória. O projeto de Hamel é um dos exemplos mais notórios dessa tendência emergente.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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