Dow Jones salta 3 mil pontos e Nasdaq tem maior alta desde 2001; China permanece sob sanções mais severas
Em um dia histórico para os mercados financeiros, o índice S&P 500 saltou 9,5% nesta quarta-feira, 9, enquanto o Dow Jones Industrial Average subiu 8%, equivalente a quase 3 mil pontos. A recuperação veio após o ex-presidente Donald Trump anunciar uma pausa de 90 dias nas tarifas propostas para países que não retaliaram os Estados Unidos, em meio a sua política comercial agressiva. A exceção à trégua foi a China, que passou a enfrentar uma tarifa de 125% sobre produtos exportados para os EUA, com efeito imediato.
A decisão surpreendeu Wall Street, que vinha registrando perdas significativas nos últimos dias diante da escalada da guerra comercial. “Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou aumentando a tarifa cobrada da China para 125%”, declarou Trump em publicação no Truth Social. Por outro lado, ele confirmou a suspensão das tarifas para países cooperativos, impondo uma taxa recíproca reduzida de 10%.
Alta histórica das ações de tecnologia e mídia
As gigantes da tecnologia lideraram a recuperação. A Apple saltou 15%, fechando em US$ 198,85. Meta e Nvidia também dispararam 15% e 19%, respectivamente. A Microsoft e a Alphabet subiram 10%, enquanto a Amazon valorizou 12%.
Entre as empresas de mídia, a Warner Bros. Discovery teve alta de 20%, após recentes quedas. Disney (+12%), Netflix (+9%), Comcast (+7%) e Paramount (+5%) também registraram fortes ganhos.
O Nasdaq, dominado por empresas de tecnologia, avançou 12%, a maior alta diária desde 2001. A última vez que o Dow Jones teve um salto similar foi em março de 2020, no início da pandemia de COVID-19.
Reação após dias de queda
Os ganhos ocorrem após dias de fortes perdas, quando o S&P 500 caiu quase 6% na sexta-feira anterior, levando investidores a temer uma recessão global em meio à escalada tarifária. Naquele mesmo dia, o Dow despencou mais de 2.200 pontos e o Nasdaq caiu 5,8%, entrando em território de baixa com queda superior a 20% em relação à máxima de dezembro de 2024.