Warner é processada por quebrar acordo envolvendo série de Harry Potter

Sky afirma que a Warner Bros. inicialmente alegou que a série “Harry Potter” não havia sido “encomendada” e que poderia nunca ser produzida
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Sky Group processa Warner Bros. por violação de contrato em série de TV “Harry Potter”

O Sky Group entrou com uma ação judicial contra a Warner Bros., alegando que o estúdio violou um acordo ao se recusar a fazer parceria na produção da próxima série de TV “Harry Potter”. O processo, iniciado na sexta-feira em um tribunal federal de Nova York, representa um colapso total na longa parceria entre as duas empresas.

Acusações de violação de contrato

De acordo com a ação judicial, a Warner Bros. é obrigada a oferecer à Sky a oportunidade de cofinanciar e coproduzir quatro séries de TV por ano para distribuição exclusiva no Reino Unido e em outros territórios europeus. A Sky alega que a Warner Bros. não cumpriu esse acordo desde seu início em 2021, com a recusa em coproduzir a série “Harry Potter” sendo a mais recente violação.

O Sky Group acusa a Warner Bros. de querer manter a série para si, tornando-a a peça central do lançamento do serviço de streaming Max na Europa. Segundo o processo, a Sky estima que a violação resultará em uma perda de centenas de milhões de dólares.

Oposição da Warner Bros.

Em resposta, um porta-voz da Warner Bros. classificou a ação como “uma tentativa infundada da Sky e da Comcast de tentar ganhar vantagem” nas negociações para a programação após 2025. Ele também destacou que a Sky está “profundamente preocupada com a viabilidade de seus negócios caso perca nosso conteúdo premiado”.

O processo surge em um momento de transição, já que o contrato atual entre as duas empresas está previsto para expirar no final de 2025. O serviço de streaming Max, da Warner Bros., já começou a ser lançado na Europa e deve chegar ao Reino Unido em 2026.

Discrepâncias na comunicação sobre “Harry Potter”

A Sky afirma que a Warner Bros. inicialmente alegou que a série “Harry Potter” não havia sido “encomendada” e que poderia nunca ser produzida, apesar dos anúncios públicos sobre o projeto e as adições à equipe criativa. A Sky argumenta que isso contradiz o acordo de coprodução e cofinanciamento que a Warner Bros. deveria honrar.

O contrato em questão exige que a Sky financie entre 20% e 25% do orçamento das produções em parceria com a Warner Bros., com o compromisso de investir pelo menos US$ 40 milhões no primeiro ano e US$ 100 milhões até 2025.

Dana Strong, CEO do Sky Group, afirmou em junho que as duas empresas estavam em negociações para estender o relacionamento após o término do contrato. Apesar do processo, ela assegurou que os clientes da Sky continuarão a ter acesso ao conteúdo da Warner Bros. em suas plataformas.

A disputa jurídica revela um conflito significativo no setor de entretenimento, especialmente em um momento em que os serviços de streaming ganham cada vez mais destaque no mercado global.

Sobre o autor

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa. Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer. Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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