A galeria de grandes papéis que Will Smith recusou ao longo de sua carreira acaba de ganhar mais um item de peso. O astro de Hollywood revelou que o diretor Christopher Nolan lhe ofereceu o papel principal no aclamado suspense de ficção científica “A Origem” (Inception), de 2010, mas ele recusou por um motivo simples: não conseguiu entender a complexa trama de sonhos dentro de sonhos.
“Nunca disse isso publicamente, mas…”
A confissão foi feita durante uma entrevista à rádio britânica Kiss Extra UK nesta segunda-feira, 16 de junho. “Acho que nunca disse isso publicamente, mas vou dizer porque estamos nos abrindo um para o outro. Chris Nolan me trouxe A Origem primeiro e eu não entendi”, revelou o ator, hoje com 56 anos.
Smith tentou justificar sua decisão na época, explicando sua desconfiança com o conceito do filme. “Agora que penso nisso, são aqueles filmes que se passam nessas realidades alternativas… eles não têm um bom apelo [de bilheteria]”, disse ele, uma teoria que o próprio “A Origem” provou estar redondamente enganada.
O papel do protagonista, Dom Cobb, acabou indo para Leonardo DiCaprio. O filme, que também conta com Joseph Gordon-Levitt, Elliot Page e Tom Hardy no elenco, foi um sucesso estrondoso de crítica e público, arrecadando mais de US$ 829 milhões nas bilheterias globais e solidificando o status de Nolan como um dos diretores mais visionários do século XXI.
O histórico de “quase” papéis de Will Smith
Esta não é a primeira vez que Will Smith deixa passar um papel que se tornaria icônico. A recusa mais famosa de sua carreira foi a de interpretar Neo na trilogia “Matrix”. Em entrevistas anteriores, Smith explicou que, na reunião com as irmãs Wachowski, ele também não conseguiu visualizar o conceito do filme e acabou optando por estrelar o faroeste cômico “As Loucas Aventuras de James West” (1999), que se tornou um notório fracasso de bilheteria. O papel de Neo, claro, imortalizou Keanu Reeves.
Outro grande “e se?” de sua carreira foi “Django Livre” (2012), de Quentin Tarantino. Smith era a primeira escolha do diretor para o papel principal, mas recusou o projeto por diferenças criativas. Segundo relatos, ele queria que o personagem Django tivesse um papel mais central na vingança contra o vilão Calvin Candie, enquanto Tarantino via o Dr. King Schultz (interpretado por Christoph Waltz) como co-protagonista. O papel acabou indo para Jamie Foxx.
Um legado de sucessos e oportunidades perdidas
A carreira de Will Smith é, sem dúvida, uma das mais bem-sucedidas de Hollywood, com sucessos que vão de “Um Maluco no Pedaço” a “Homens de Preto” e “À Procura da Felicidade”, culminando em seu Oscar de Melhor Ator por “King Richard: Criando Campeãs” em 2022. No entanto, suas próprias confissões sobre os papéis que deixou passar criam uma fascinante história alternativa do que poderia ter sido.