Apresentador quer conciliar nova rotina de trabalho com mais tempo para a família e revela receios sobre exposição em eventos públicos
Bonner reflete sobre mudanças de vida e novos planos profissionais
Durante participação no Conversa com Bial, da Globo, William Bonner falou abertamente sobre seu futuro. Um dos principais nomes do jornalismo brasileiro, o apresentador revelou que pretende, em algum momento, se afastar da bancada do Jornal Nacional. No entanto, ainda sem previsão para essa transição, ele garantiu que não cogita a aposentadoria definitiva.
Bonner destacou que, para ele, manter-se ativo é essencial para a saúde física e mental. O jornalista compartilhou uma experiência pessoal envolvendo seu pai, que, ao se aposentar repentinamente, enfrentou um processo acelerado de envelhecimento. “É uma questão de equilíbrio. Eu quero trabalhar em algo que me permita viver melhor”, explicou.
Mais tempo para viajar e visitar os filhos é prioridade
Entre os motivos que impulsionam essa mudança, Bonner citou o desejo de ter mais disponibilidade para viajar, principalmente para visitar seus dois filhos que vivem na França. “Meu sonho é ter uma atividade relevante, mas que não exija tanto, para que eu tenha tempo. Eu preciso disso para estar perto da minha família”, contou o apresentador.
Essa busca por um novo estilo de vida, segundo ele, não significa abandonar a paixão pelo trabalho, mas sim encontrar uma atividade que lhe proporcione mais liberdade e qualidade de vida.
Medo da exposição limita participação em eventos públicos
Em outro momento, durante o programa Altas Horas, também da Globo, Bonner abordou um tema sensível: sua ausência em eventos públicos. Segundo o jornalista, a constante exposição e o risco de ser hostilizado em ambientes como teatros, shows e aeroportos o fazem evitar esses espaços.
“Já fui alvo de xingamentos de todos os lados. Você cria uma casca, mas o medo de estragar a experiência dos outros me faz recusar muitos convites”, revelou. Bonner ainda explicou que basta uma pessoa agir de forma hostil para comprometer um evento inteiro, o que o levou a adotar um estilo de vida mais reservado.
Apesar disso, o jornalista se mostrou otimista: “Enquanto houver pessoas dispostas a escutar e aplaudir talentos, haverá esperança”.