O cantor Zé Felipe, de 27 anos, se posicionou de forma clara e direta sobre as críticas que frequentemente recebe a respeito da simplicidade das letras de suas músicas. Em uma participação no programa Conversa com Bial, da GNT, exibido na última segunda-feira (7), o artista defendeu sua proposta musical, afirmando que seu trabalho é feito para ser trilha sonora de festas e momentos de descontração, e não para ser analisado como a obra de um medalhão da MPB como Djavan.
Conhecido por seus hits que viralizam nas redes sociais, o filho do cantor Leonardo reconheceu que seu estilo não agrada a todos. “Vejo que tem muita gente que fala assim: ‘Olha essas letras de hoje'”, comentou Zé Felipe, antes de explicar seu ponto de vista. “Mas realmente é letra para festa. É letra para quando você está tomando um negócio ali, ou você está num carro de som. Não é uma letra para você parar para escutar, igual um Djavan […]. É totalmente outra proposta”, afirmou ao apresentador Pedro Bial.
A fórmula para viralizar
Durante o bate-papo, que também contou com a presença dos cantores Felipe Amorim e Grelo, Zé Felipe revelou que por trás de seus sucessos existe uma estratégia bem definida e alinhada com o consumo de música na era digital. Ele contou que, antes de lançar uma nova canção, observa a reação do público a trechos que são antecipados nas redes sociais.
“Solto um teaser antes, o trem começa a bater [de visualizações] e você solta”, explicou, citando como exemplo o hit “Toma Toma Vapo Vapo”, parceria com MC Danny que explodiu em 2021. A tática mostra que o artista está atento ao que seu público quer consumir e foca em entregar músicas com alto potencial de viralização.
Propostas diferentes para públicos diferentes
O cantor Grelo, que também participava do programa, concordou com a análise de Zé Felipe sobre as diferentes propostas artísticas. “É até difícil você imaginar você andando em uma festa, tomando uma cachaça e ouvindo: ‘Tudo que Deus criou'”, brincou, citando uma música de teor mais poético. “Não é que seja ruim e o nosso seja bom. É outra ‘vibe'”, concluiu, reforçando que há espaço para todos os estilos.