logo
  • Início
  • Notícias
    • Viral
    • Cinema
    • Séries
    • Games
    • Quadrinhos
    • Famosos
    • Livros
    • Tecnologia
  • Críticas
    • Cinema
    • Games
    • TV
    • Quadrinhos
    • Livros
  • Artigos
  • Listas
  • Colunas
  • Search

Crítica | Monstros S.A.

Redação Bastidores Redação Bastidores
In Catálogo, Cinema, Críticas•5 de julho de 2017•5 Minutes

Voltemos para 2001, quando nenhum espectador sequer sonhava com a possibilidade de lançarem um filme sobre monstros numa universidade. Esqueçamos essa que foi uma das piores produções recentes da Pixar – que bem provou não ter perdido o pique com o primoroso Divertida Mente. Voltemos para o início do século XXI, quando o mundo da animação passava por uma virada promovida pelas novas tecnologias que surgiam e pelo prestígio da Academia ao dedicar uma premiação para longas do gênero.

Como quarto longa dos estúdios Pixar, e com a velocidade com que avança a tecnologia, Monstros S.A. pode parecer visualmente, para olhos intolerantes, um pouco datado. Mas o que não falta ao filme é charme, especialmente no universo que constrói – tal qual o charme dos desenhos americanos antigos, cujos “defeitos” técnicos podem aparecer com mais facilidade hoje. Nos dois casos, no entanto, sobrevivem pela criatividade e pela capacidade de tocar o público. O fato é que temos aqui uma sequência brilhante para o que Toy Story e Vida de Inseto iniciaram: histórias que se constroem em mundo-espelho, distorcendo nossa “maturidade” com feições infantis.

Diferente de certas produções animadas em que a casca infantil é recheada com altas doses de ironia e brutalidade, que falam aos adultos e que relegam ao público infantil o pastelão (Ren & Stimpy como excelente exemplo de paroxismo), os filmes da Pixar seguem outro caminho. Nas melhores produções do estúdio, há sempre mais de um filme, que evolui desde a sociologia em Vida de Inseto, passando pela paternidade em Procurando Nemo, e que me parece atingir seu pico em Ratatouille. No caso de Monstros S.A., vemos essa mesma essência.

Acompanhamos os protagonistas monstruosos e carismáticos, o nanico ciclope Mike Wazowski e o peludo James P. Sullivan, que vivem em Monstrópolis, num mundo paralelo ao dos humanos e que trabalham dando sustos, aleatoriamente, em crianças à noite. O bicho-papão tem que sobreviver de alguma forma. Mas, de terror, não há nada. Depois que a garotinha Boo aparece em suas vidas, por um descuido, aí sim o terror aparece. Não pode existir nada de humano vivendo com os monstros. Daí, até o inesquecível último plano, caberá à dupla de amigos devolver a garota ao seu lar e lidar com as consequências da relação proibida que se forma entre os seres desse dois universos. Dessa inversão entre o mundo adulto do trabalho e o infantil da inocência apaixonada, desenrola-se uma deliciosa trama que dialoga com muita lucidez com quem por ela se aventurar.

Tudo embalado com muita textura e personalidade. Acima de tudo, figuras marcantes, situações hilárias. Encontramos a previsibilidade do enredo, uma outra piada deslocada. De resto, o timing é preciso, o que não fica tão difícil quando se tem as ótimas interpretações vocais de John Goodman como Sully, Billy Crystal como Mike e Steve Buscemi como o monstro camaleão Randall Boggs, rival do ciclope – escolhas mais do que perfeitas para dar o tom agridoce às personagens. Esse carisma se encontra também pela trilha sonora, já de cara, na abertura, que homenageia as animações dos filmes da Pantera Cor de Rosa, com diversas brincadeiras com os letreiros e as figuras na tela.

Em retrospectiva, talvez pareça que Sully e Mike não são tão marcantes quanto Woody e Buzz. E, realmente, fica difícil competir com a continuação de Toy Story – à época já nascia como um dos melhores filmes do final da década de 90, antes mesmo do nascimento de Monstros. Ainda assim é um belo trabalho, que dispensa a comparação com a flacidez juvenil do seu prequel lançado doze anos depois.

Monstros S.A. (Monsters, Inc; EUA – 2001)

Direção: Pete Docter, David Silverman e Lee Unkrich
Roteiro: Andrew Stanton e Daniel Gerson
Elenco: John Goodman, Billy Crystal, Mary Gibbs, Steve Buscemi e James Coburn
Gênero: Animação
Duração: 92 min

Redação Bastidores

Perfil oficial da redação do site.

Mais posts deste autor

Add comment

  • Prev
  • Next
Posts Relacionados
Games
'Counter-Strike 2': Nova atualização pode derrubar mercado de skins de facas

‘Counter-Strike 2’: Nova atualização pode derrubar mercado de skins de facas

Uma nova atualização em 'Counter-Strike 2' permite trocar 5 itens por skins de…


by Matheus Fragata

Games
Review | Pokémon Legends: Z-A traz imperdível mecânica de batalha presa à vícios de design

‘Pokémon Legends: Z-A’ vende 5,8 milhões de cópias na primeira semana

'Pokémon Legends: Z-A' vendeu 5,8 milhões na 1ª semana. Metade das vendas foram…


by Matheus Fragata

Games
Jeremy Allen White revela que cabulava aulas e só 'se formou' no colégio aos 34 anos

Jeremy Allen White revela que cabulava aulas e só ‘se formou’ no colégio aos 34 anos

Jeremy Allen White, de 'O Urso', revelou que não se formou no ensino médio por…


by Matheus Fragata

© 2025 Bastidores. All rights reserved
Bastidores
Política de cookies
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. O consentimento para essas tecnologias nos permitirá processar dados como comportamento de navegação ou IDs exclusivos neste site. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.
Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver preferências
{title} {title} {title}