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Crítica | A Morte te dá parabéns - Quando a Premissa é Melhor que o Filme

Guilherme Coral Guilherme Coral
In Catálogo, Cinema, Críticas•12 de outubro de 2017•5 Minutes

Como seria um filme de terror, aos moldes de Feitiço do Tempo, com a vítima revivendo sempre o dia de sua morte? Certamente essa curiosidade passou pela cabeça de Scott Lobdell (mais conhecido pelos seus roteiros da série animada noventista de X-Men), roteirista de A Morte Te Dá Parabéns, que segue exatamente tal premissa. Ao invés de Bill Murray temos Jessica Rothe, que vive Tree, a tipicamente estereotipada adolescente universitária americana, que, no dia de seu aniversário, é assassinada por alguém vestindo uma máscara de bebê, somente para ela acordar, novamente, no início dessa mesma data.

De imediato engajante, especialmente para quem já assistiu a clássica comédia com Murray, a trama nos entrega uma mistura de terror e comédia e o texto de Lobdell sabe não se levar a sério em determinados momentos, embora isso não ocorra durante todo o filme, já que a seriedade toma conta da narrativa por mais tempo que deveria. Rothe, no papel principal, entende plenamente sua personagem e vive da maneira mais caricata possível a jovem estudante, com algumas reações exageradas, que combinam com o tom estabelecido pelo texto, cumprindo, pois, seu papel e entretendo o espectador.

O grande problema é que o roteirista não confia na criatividade de seu próprio texto e sai por algumas saídas um tanto quanto duvidosas ao longo da projeção, como o limite de vidas estabelecido para a protagonista. Embora não seja um número certo, somente uma estimativa, esse recurso limita as possibilidades da obra, que segue na linearidade, sem dar direito à personagem realizar altos devaneios (como aprender a tocar piano, ou roubar a marmota da cidade), que poderiam divertir o espectador. Ao invés disso, é priorizado, em geral, o ar de terror, que poderia ser mais desconstruído a fim de nos entregar algo verdadeiramente diferente do que costumamos assistir por aí.

Essa hesitação em sair do básico é demonstrada claramente pela direção de Christopher Landon, talvez não a escolha ideal para esse trabalho, já que sua filmografia é composta quase que exclusivamente por filmes de terror. Ele faz uso dos típicos cheap scares em uma base constante, procurando manter a atmosfera de tensão do início ao fim, quando poderia explorar mais essa mistura de humor e horror. Vemos nisso a falta de ousadia, receio de não se levar a sério, aspecto que contribuiria para nossa imersão e que possibilitaria mais metalinguagem na obra. Embora existam certas similaridades com a franquia Pânico, elas são pontuais e superficiais, quando poderiam ser muito mais.

Fortemente limitada, portanto, a trama acaba não tendo muito por onde ir e se apoia exclusivamente no porquê da protagonista estar presa justamente nesse dia. Não demora muito, portanto, para que a narrativa se torne repetitiva (o que não deixa de ser irônico), não trazendo muito de novo ao espectador. Mesmo o desenvolvimento da personagem central é artificial e parece dar mais importância ao seu romance com colega de faculdade do que efetivamente sua evolução como pessoa.

No fim, A Morte Te Dá Parabéns é um daqueles filmes que nos fazem enxergar todas as suas oportunidades perdidas. Trata-se de uma obra sustentada unicamente pela sua premissa, mas que falha miseravelmente em explorá-la por completo, não se distanciando muito de outros filmes do gênero por aí. Faltou ousadia tanto no roteiro quanto na direção, para essa se tornar uma verdadeiramente memorável obra que mistura o terror e a comédia.

A Morte Te Dá Parabéns (Happy Death Day, EUA – 2017)

Direção: Christopher Landon
Roteiro: Christopher Landon, Scott Lobdell
Elenco: Jessica Rothe, Billy Slaughter, Charles Aitken, Israel Broussard, Jason Bayle, Rachel Matthews, James Miller, Ruby Modine
Gênero: Suspense, Ficção
Duração: 96 min

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Guilherme Coral

Refugiado de uma galáxia muito muito distante, caí neste planeta do setor 2814 por engano. Fui levado, graças à paixão por filmes ao ramo do Cinema e Audiovisual, onde atualmente me aventuro. Mas minha louca obsessão pelo entretenimento desta Terra não se limita à tela grande - literatura, séries, games são todos partes imprescindíveis do itinerário dessa longa viagem.

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