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Crítica | Uma Família de Dois

Redação Bastidores Redação Bastidores
In Catálogo, Cinema, Críticas•28 de junho de 2017•6 Minutes

Existe um preconceito com o cinema francês por boa parte do público. É bem comum as pessoas acharem que todos os filmes só por serem falados em francês são de difícil acesso. Pois bem, Família de Dois (Demain tout Commence) é mais uma prova que eles sabem fazer filme de gênero. Mesmo não sendo um filme incrível, é uma divertida e encantadora história de amor.

Remake do mexicano Não Aceitamos Devoluções, o protagonista da história é Samuel (Omar Sy), um bon vivant que trabalha no sul da França como monitor em passeios turísticos em um grande hotel. Sua vida se resume em: festas, moças e diversão. Um dia, após uma dessas festas aparece Kristin (Clémence Poesy), uma inglesa com quem teve um caso. Junto com a moça está um bebê, que Kristin diz ser a filha de Samuel, que nega. Após uma longa confusão, o rapaz vai até Londres para encontrar a moça e não a encontra. Ele não se vê com outra alternativa a não ser cuidar da menina. Oito anos depois, em que se torna um dublê de sucesso e Gloria (Gloria Coston) já cresceu sob os cuidados carinhosos e excêntricos do rapaz. Mas o amor entre os dois ficará em prova, quando Kristin volta para reencontrar Gloria, que não sabe o real motivo que fez com a sua mãe a abandonasse.

A história do longa é bem simples e tocante. Desde o primeiro minuto sabemos que é um feel good movie e ele se assume quanto a isso. Não há nada de grandioso na história em si, embora o roteiro tente dar uma grande reviravolta que soa mais como muleta de roteiro. Explico: um personagem do filme está morrendo e até o final não sabemos quem é. A própria doença é mal explicada e só serve para dar o drama em momentos pontuais, mas soa forçada e não funciona. Aliás, o roteiro do diretor Hugo Gélín e Jean-Andrés Yerles perde força no terceiro ato que se alonga mais do que deveria.

O que vinha sendo uma divertida comédia sobre amadurecimento e relação paternal se torna um drama sobre medos, parecendo que é outro filme. Esse problema do roteiro também prejudica muito o ritmo que fica muito mais lento e desinteressante. O que é triste porque os dois primeiros atos são muito competentes. São ágeis, com personagens bem escritos, situações engraçadas, mas essa mudança muito forte de tom, que não é feita com o devido cuidado prejudica um pouco.

Muito dessa quebra de ritmo se deve a direção de Hugo Gélin que muda a gramática visual em cena. Nos dois primeiros atos a câmera se movimenta bastante e com os cortes bem rápidos, já no terceiro percebemos que a mão do diretor fica mais pesada por conta do tom dado pela história. Mas não faz um trabalho ruim, pois o longa é bem filmado. Os planos são bonitos e dizem sobre a história além do diretor utilizar bem os locais aonde acontecem os acontecimentos. Galín se mostra um bom diretor de atores, pois todo o elenco de Uma Família de Dois se mostra muito bem em seu papel.

Omar Sy tem se mostrado um dos grandes astros do atual cinema francês e nesse filme continua mostrando porque merece esse destaque. É um ator muito carismático e expressivo, do tipo que uma câmera não desgruda. Tem uma presença magnética e consegue demonstrar com o olhar como o amor que sente por Gloria é genuíno e sincero. Muito dessa sinceridade se deve a ótima química que o ator tem com a jovem Gloria Coston, que se mostra uma jovem revelação que merece ser acompanhada. Ela faz com que sua personagem seja madura e forte ao mesmo que tem as ingenuidades de uma criança de sua idade. É um trabalho muito delicado.

O alívio cômico da história fica por conta do ótimo Antoine Bertrand que interpreta um dos personagens mais doces da história. É um produtor de cinema que revela Samuel para o mundo e dar um lugar para ele morar por um tempo. É um personagem assumidamente homossexual que joga charme em todos os homens que aparecem em sua frente. Por mais que ele seja o grande alívio cômico do filme, é um personagem que tem uma grande importância para a história e o trabalho de Bertrand merece destaque.

Bom, pra quem quer uma diversão bem leve que tem seus momentos emocionantes, Uma Família de Dois é uma boa pedida. É mais um exemplar para tirar um preconceito bobo que tem na cabeça e ver uma das principais figuras do atual cinema francês.

Uma Família de Dois (Demain tout Commence, França – 2016)

Direção: Hugo Gélin
Roteiro: Hugo Gélin e Jean-André Yerles adaptados do roteiro de Eugenio Derbez e Guillermo Ríos
Elenco: Omar Sy, Gloria Colston, Clemence Poésy, Antoine Bertrand e Ashley Walters
Gênero: Drama, Comédia
Duração: 119 min

Redação Bastidores

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