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Crítica | A Fera do Mar aborda os males das ‘fake news’ em narrativa tocante

Redação Bastidores Redação Bastidores
In Catálogo, Cinema, Críticas•24 de julho de 2022•6 Minutes
Crítica | A Fera do Mar aborda os males das ‘fake news’ em narrativa tocante
Netflix
Crítica | A Fera do Mar aborda os males das ‘fake news’ em narrativa tocante
Netflix

Já chegamos na oitava produção (longa-metragem) da subsidiária Netflix Animation!

O estúdio de animação que iniciou sua trajetória com a história natalina Klaus (2019) de Sergio Pablos, atravessou os últimos anos até 2022, quando havia agendado seis (!) lançamentos para o ano. Primeiramente, disponibilizou Apollo 10 e Meio: Aventura na Era Espacial (2022) de Richard Linklater – renomado cineasta hollywoodiano – e agora, libera para seus assinantes A Fera do Mar (2022), dirigido por Chris Williams.

Este é o terceiro longa de animação de Williams, que iniciou sua carreira na direção com Bolt – Supercão (2008), para mais à frente continuar apresentando seus talentos para o gênero da ação em Operação Big Hero (2014) – ambos parte dos estúdios de animação da Walt Disney.

Agora, ele repete um tanto daquilo que lhe tornou uma figura de destaque no meio das animações através de A Fera do Mar, que nos leva para uma época em que monstros marinhos aterrorizantes vagavam pelos oceanos e caçadores eram heróis celebrados – sendo que nenhum deles era mais amado do que o grande Jacob Holland (Karl Urban). Porém, quando a jovem Maisie Brumble (Zaris-Angel Hator) se esconde em seu lendário navio, vemos o herói das águas se deparando com um aliado muito inesperado. Juntos, eles embarcam em uma jornada épica em mares desconhecidos e fazem história.

A Fera do Mar: Animação animada

Existem dois ingredientes essenciais nessa receita que destacam o trabalho de Williams – que co-escreveu o roteiro com Nell Benjamin. São eles: uma narrativa que dispõe de dinâmica envolvente, além de uma mensagem direta a respeito de um mundo de aparências e o valor real de certas coisas que vemos ou ouvimos.

Pelo primeiro quesito, notamos o uso de vários estímulos visuais que auxiliam nesse envolvimento entre o material e o assinante da Netflix, especialmente pela recriação de época. Minuciosamente detalhada e, obviamente, infestada de cores vibrantes, que naturalmente vão atrair a atenção do público, sobretudo, os pequenos.

Para auxiliar (ainda mais) essa conexão, constatamos que tal história é um organismo que propõe muitas movimentações, seja: pela ação frenética, principalmente nas batalhas marítimas entre monstros e as embarcações abastecidas de caçadores e suas armas de combate; assim como nos momentos mais intimistas, como por exemplo, as interações entre os protagonistas da trama, quando homem e menina oferecem via esta interlocução, graça e reflexão.

Não podemos afirmar que A Fera do Mar se equipara ao fervor narrativo de A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas (2021) de Mike Rianda – outra produção original da Netflix – que foi capaz de expandir os sentidos daqueles que assistiram tal aventura familiar encharcada de agitação, humor e ternura. Todavia, não devemos desprezar estes valores propostos pela obra de Chris Williams, que demonstrou um algo a mais do que os olhos podem ver, essencialmente em sua segunda metade.

      Nos mares das ‘fake news’

Em determinado momento desta produção original Netflix, notamos que o texto escrito por Williams/Benjamin estabelece uma relação cirúrgica com nossa realidade atual, onde (lamentavelmente) ainda presenciamos figuras de poder tentando ludibriar tantos outros com inverdades e factoides. Sempre visando, obviamente, o autobenefício.

Através da história, desde as monarquias até as repúblicas federativas, temos testemunhado, vez após vez, o uso indevido de falsas informações – mais conhecidas como ‘fake news’ – na busca pelo poder e sua manutenção. Curioso que estes ainda repetem tais artimanhas usando de esquemas que já estão mais que manjados, como o incentivo à competição (sistema capitalista), exibicionismo militar, além daquele que é o macete mais nocivo, no caso, o controle da informação.

Resumindo: quando todas as aparências perpetuam, assim também ficam mantidos todos aqueles privilégios que mantêm a maioria submersos.

E para combater estes males que assolam a ficção de A Fera do Mar, analisamos que o duo Williams/Benjamin escolheu a destemida Maisie Brumble, uma menina negra. Sabendo que na realidade (evidentemente) ninguém compreende melhor a ideia de ter que se adaptar em nossa sociedade do que aquelas nascidas mulheres de pele negra. (Obrigatoriamente) acostumadas com as mudanças, desenvolvem com mais naturalidade o conceito de verem suas perspectivas transformando, deste modo, são capazes de enxergar quem são os verdadeiros monstros em cena.

Por fim, talvez os legítimos heróis também não sejam apenas aqueles que vivem intensamente e terminem morrendo em um ato de enorme coragem. Uma vez que ser capaz de mudar sua maneira de pensar sobre alguma coisa, já se mostra algo bravamente incrível. Ainda mais nos dias de hoje.

A Fera do Mar (The Sea Beast, EUA/Canadá – 2022)

Direção: Chris Williams
Roteiro: Chris Williams e Nell Benjamin
Elenco: Karl Urban, Zaris-Angel Hator, Jared Harris e Marianne Jean-Baptiste
Streaming: Netflix

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