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Crítica | No Limite do Amanhã

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Catálogo, Cinema, Críticas•9 de julho de 2016•4 Minutes

Tom Cruise é implacável. Outrora um rostinho bonito adorado por todos, o cara cismou de virar ator de ação, e tem se mostrado muito interessado pela ficção científica nos últimos anos. Uns não aguentam mais ver sua cara, mas vira e mexe o ator consegue entregar um trabalho surpreendentemente bom. Foi assim com Missão: Impossível – Protocolo Fantasma em 2011, e o mesmo se repete com No Limite do Amanhã, acertadíssimo filme de Doug Liman que brinca com o gênero como não víamos há um bom tempo.

A trama é inspirada na HQ All You Need is Kill, de Hiroshi Sakurazaka, e traz uma guerra entre a humanidade e uma raça alienígena superior que vai levando a melhor no conflito. Nesse cenário, o assessor público militar Cage (Tom Cruise) se vê lançado em uma batalha decisiva para conter a ameaça, mas se surpreende quando encontra-se em um loop temporal: ao morrer, acorda um dia antes da invasão, e assim sucessivamente.

Basicamente, é um Feitiço do Tempo (aquele do Bill Murray) com alienígenas e exoesqueletos metálicos. O roteiro de Christopher McQuarrie, e dos irmãos Jez e John-Henry Butterworth é eficaz ao misturar diversos elementos diferentes na trama, que salta eficientemente entre a ficção científica, a ação (especialmente a de guerra, com a invasão central remetendo diretamente ao Dia D da Segunda Guerra Mundial) e até acertadas pitadas de humor – especialmente quando conhecemos o personagem de Cruise, um sujeito sem experiência de combate, permitindo que o ator trabalhe sua vulnerabilidade. A mistura funciona bem e empolga nos rápidos 117 minutos de projeção, e Liman já provou sua capacidade de comandar boas cenas de ação, tanto em A Identidade Bourne e Sr. & Sra. Smith quanto no irregular Jumper.

Mas o que realmente nos faz amar esse filme, é a estrutura básica de sua narrativa. Como um videogame, o personagem de Cruise vai morrendo e acordando novamente por quase toda a trama. Serve para boas piadas no início (com as diferentes mortes que Cage sofre) e depois domina completamente a trama quando o protagonista começa a usar sua anomalia a favor dos humanos na guerra, e a montagem absolutamente brilhante de James Herbert é ágil ao economizar tempo para retratar alguns avanços da história (mesmo que vejamos uma cena pela primeira vez, Cage revela que já viveu o evento inúmeras outras vezes), mantendo o filme em um ritmo frenético e com boas surpresas. Outro fator inesperado é Emily Blunt: quem diria que a linda atriz britânica daria uma baita heroína de ação, deixando o veterano Cruise no chinelo ao retratar uma militar notória, durona, sexy… e, ainda assim, emocionalmente frágil.

Se há um fator a se reclamar em No Limite do Amanhã é seu terceiro ato. Dentro da lógica narrativa, seria inevitável que a trama tomasse o rumo escolhido, mas também é impossível não perceber a notável queda de qualidade na transição da ficção científica para a ação genérica, no ponto em que os humanos vão encontrando uma forma de erradicar de vez os alienígenas. Felizmente, encontra uma resolução digna e sensata dentro de sua proposta (ainda que eu imaginasse algo diferente, mas enfim).

No Limite do Amanhã é uma agradável surpresa. Entretenimento blockbuster de primeira, explora com habilidade um dos gêneros mais complicados e fascinantes do cinema, soando quase como um sopro de originalidade em um mercado dominado por super-heróis. Sério, é uma sensação muito satisfatória.

Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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