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Crítica | Batman - Ataque ao Arkham

Matheus Fragata Matheus Fragata
In Catálogo, Cinema, Críticas•8 de agosto de 2016•7 Minutes

Ironicamente, a infame formação de vilões comandados por Amanda Waller não apareceu pela primeira vez em um longa-metragem com Esquadrão Suicida, novo longa da DC dirigido por David Ayer. Na verdade, a trupe teve sua estreia com um filme animado do selo DC Animated. Sob uma formação diferente, o Esquadrão Suicida é protagonista de Batman: Assalto em Arkham. E, surpreendentemente, é um filme muito mais interessante que a nova aventura milionária com Will Smith e Margot Robbie.

Após Charada roubar segredos de governo em posse de Amanda Waller, a agente casca grossa coloca em prática seu infame projeto Força Tarefa X – a.k.a. Esquadrão Suicida. Antes que sua equipe paramilitar conseguisse matar Charada, Batman intervém e salva o vilão, o condenando para uma nova estadia no Asilo Arkham. Sabendo que as posses de Charada estão no inventário do manicômio, Waller manda Pistoleiro, Arlequina, Nevasca, KGBesta, Aranha Negra, Capitão Bumerangue e Tubarão-Rei, invadirem o Asilo Arkham para reaver seus planos. Enquanto isso, Batman revira Gotham procurando uma bomba que Coringa escondeu na cidade.

Como boa parte das animações DC, Assalto em Arkham sofre com as limitações da duração do filme e da linguagem bastante acelerada. Exatamente por isso, o roteiro de Heath Corson começa em alta velocidade. Em poucos minutos, a narrativa já engrena e avança rapidamente com diversas reviravoltas – algumas até imprevisíveis.

Obviamente, os personagens brilham pela interação muito afinada que Corson realiza entre diversos diálogos recheados de palavrões e violência – afinal se tratam de vilões. Em nenhum momento, há quaisquer indícios de cumplicidade entre eles. Por competência, mesmo se tratando de personagens desprezíveis, os diálogos acertados conseguem levar o filme adiante, além de um bom jogo de níveis de conhecimento de cada um deles acerca da missão no Arkham.

Nisso, Corson aposta muito mais em sua narrativa do que na construção dos personagens, afinal são muitos e o tempo é curto. Decisão acertada, mas que certamente empobrece o longa. Somente Pistoleiro e Arlequina recebem algum tratamento mais elaborado. Aliás, o conflito sobre o término do romance entre Arlequina e Coringa é escanteado no terceiro ato do filme. Uma pena, pois há elementos interessantes, inclusive a relação que ela possui com Pistoleiro.

Outro acerto do roteirista é o plano da invasão. Mesmo pulando a tradicional sequência de planejamento do golpe, Corson, ao nos jogar diretamente para a execução de um plano até que elaborado, cria uma sequência similar com a muito famosa de Onze Homens e um Segredo onde diversos integrantes do grupo dependem do sucesso da ação de um terceiro. É uma das partes mais divertidas do longa que poderia ter mais proveito criativo da direção-padrão de Jay Oliva.

Quando chegamos ao Arkham e o filme caminha para seu terceiro ato, Coringa faz parte da narrativa de modo mais ativo com sua ameaça de explodir Gotham. É um núcleo bastante descartável e bizarro, mas consegue injetar mais ação ao filme. Pena que toda a concentração narrativa envolvida com ele, Arlequina e Pistoleiro se resolve somente na porrada.

Ao fim do filme, Corson deixa a narrativa ainda mais acelerada ao introduzir com inteligência o Batman em Arkham. Com reviravoltas que acabam causando praticamente o colapso do manicômio, diversos vilões conseguem fugir de suas celas e parte para a briga. Ali, Corson que já demonstra não ter a menor piedade ao matar muitos personagens do filme, faz a festa com o restante do grupo.

É curioso notar como David Ayer buscou alguma inspiração em Assalto em Arkham para seu Esquadrão Suicida, tanto no texto quanto na direção de Jay Oliva e Ethan Spaulding. Desde o desfecho parecidíssimo do Coringa nos dois filmes até com a introdução dinâmica de cada um dos integrantes do esquadrão. Já o que tange a direção do desenho, Oliva realiza um dos seus melhores trabalhos. As cenas de ação empolgam, além de possuir qualidade superior à de outros filmes animados no que se refere à técnica de animação feita com mais cuidado.

Os cenários permanecem pouco inspirados e vazios com quase nenhum elemento interessante. Por ser um filme inspirado na série de games Arkham, o traço dos desenhos é bem mais encorpado, adulto, delineando os músculos e apostando nos detalhes dos uniformes de cada um. Infelizmente, os diretores desperdiçam completamente o sistema e a movimentação de combate que a Rocksteady criou para o Batman nos jogos. Aqui, certamente seria bastante interessante adicionarem a brutalidade do combate do game já que a temática do filme é bastante adulta contendo sexo, nudez parcial, sangue e mutilações – uma baita incógnita, aliás.

Batman: Assalto em Arkham consegue ser uma animação de melhor qualidade dentro do DC Animated. A atmosfera mais adulta e violenta consegue encantar quem procura muita ação e pouca história. Do pouco que possui, consegue sustentar o filme inteiro por conta da interessante relação entre os personagens, além de manter um ritmo excelente para boas reviravoltas. Uma pena que o formato limite bastante o filme, restringindo qualquer aprofundamento em seus personagens ou que força o desperdício de boas ideias, além do clímax se resolver sem maiores problemas graças ao exagero envolvendo Batman e seu poder. Ainda assim, é uma ótima dica de entretenimento. Rápido e fácil, consegue superar a qualidade inconstante de Esquadrão Suicida.

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