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Crítica | Sexta-Feira 13 (1980) - Um Clássico Imortal

Redação Bastidores Redação Bastidores
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•23 de novembro de 2017•5 Minutes

Há uma confusão comum entre os iniciados não necessariamente na arte cinematográfica mas no subgênero slasher, ou entre o público leigo de achar que Sexta-Feira 13 fora o filme que apresentou o maníaco com a máscara de hockey, Jason Voorhees, ao mundo. Ledo engano. A produção, que pega carona e inspiração em sucessos como Tubarão e Halloween, intensamente criticada em seu lançamento – e, em parte, ainda hoje – quebrou paradigmas no subgênero e serviu de base para a criação do personagem divisor de águas nos vindouros filmes da franquias, sem ter apresentado ainda o assassino mascarado.

O maior mérito aqui é a direção de Sean S. Cunningham. Não a direção de atores – todos abaixo da média – mas na movimentação de câmera. Cunningham mostra que entendeu uma característica bem importante da direção de Spielberg em Tubarão: a segurança do plano. O diretor não está interessado em alternar para múltiplos eventos em um curto espaço de tempo e alterar o foco e sim, contemplar uma determinada situação de forma a construir suspense, clima e atmosfera, prolongando o plano sempre que pode e evitando cortes desnecessários. Por mais que sua escolha de ângulos não seja nada fora do comum ou arriscado, seus movimentos revelam classe e dedicação, provando que não se trata apenas de técnica genérica.

A excepcional trilha sonora de Harry Mandredini – com claras inspirações em Psicose e no já citado Tubarão – aliado ao cuidadoso design e mixagem de som ajudam ao diretor a alcançar um feito admirável de construção do terror através da técnica, mexendo com o psicológico do espectador e o deixando perturbado por sempre achar que a qualquer momento a ameaça se encontra mais perto do que realmente está. O complemento de maquiagem do mestre Tom Savini nas mais variadas mortes só adicionam realismo a essa camada de paranóia controlada.

O erro maior reside quase que inteiramente no roteiro de Victor Miller. O problema não está na simplicidade e sim na burrice, exigência contínua de suspensão de descrença e parco trabalho de personagens. Nenhum personagem é verdadeiramente aprofundado, nem de leve, ou lhe é dado algum diálogo interessante, não tendo razão alguma para o espectador se importar com eles. O “como” na hora de suas mortes importa mais do que o “será que?”. Isso atinge diretamente no trabalho de atuação medíocre, com alguns momentos bem embaraçosos de tão amadores, principalmente no que tange às reações aos eventos mortais.

Consequentemente ao trato escasso de personagens, o ritmo atinge sua irregularidade ao focar no grupo em seus momentos de interação, em que estão longe de perigo, tornando tudo maçante. Alguns momentos claríssimos poderiam ter sido podados da versão final pelo montador Bill Freda. O embate final contra o assassino também descamba para o pastelão onde presa e caçador se enfrentam repetidas vezes em cenas que concorrem entre si para ver qual alavanca o prêmio de maior galhofa.

Tirando todos esses erros, o filme é divertidíssimo, mesmo provocando risadas involuntárias aqui ou ali. O trabalho de suspense construído através da técnica e a criatividade na elaboração das mortes junto de uma estruturação sonora respeitosa elevam o material para o nível acima do “ruim”. A revelação surpreende, o final no lago é genuinamente bem pensado e alguns dos clichês que se fariam quase que obrigatórios no subgênero dali para frente estão todos aqui – o policial insosso, os moradores que escondem algo a respeito do local, o louco, o sexo que precede a morte, a sobrevivente final…

No fim, passando por debaixo da escada ou não, Sexta-Feira 13 vale a visita muito mais pelo domínio de tempo de planos, entretenimento rápido, importância histórica e contexto do que por seu roteiro e atuações. Ao menos, passa retinho, sem fazer grandes estragos, mas com classe, por um tempo ideal e lançando moda no caminho.

Sexta-Feira 13 (Friday the 13th, EUA – 1980)

Direção: Sean S. Cunningham
Roteiro: Victor Miller
Elenco: Adrienne King, Kevin Bacon, Ari Lehman, Betsy Palmer, Jeaninne Taylor, Robbi Morgan, Harry Crosby, Mark Nelson, Laurie Bartram
Duração: 95 min

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