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Crítica | Hanna - Era uma vez uma pequena assassina...

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•8 de janeiro de 2018•4 Minutes

Quando Chloe Grace Moretz arrepiou as telas na pele da assassina Hit-Girl em Kick-Ass: Quebrando Tudo, uma versão um tanto mais sombria e fantasiosa acabou pipocando nas salas de roteiristas de Hollywood. Saído das mentes dos roteiristas Seth Lochhead e David Farr, Hanna é uma aventura bizarra e muito interessante, onde o diretor Joe Wright traz uma visão muito particular para criar um tipo de conto de fadas misturado com o gênero da espionagem.

A trama acompanha a jovem Hanna (Saoirse Ronan), que é treinada por seu pai (Eric Bana) para se tornar uma assassina profissional. O grande mistério do longa gira em torno da perseguição que a menina sofre da CIA e da agente Marissa (Cate Blanchett). Dizer mais do que isso, seria spoiler, então paro por aqui.

Pra começar, Saoirse Ronan continua provando seu inquestionável talento ao assumir diferentes personagens ao longo de sua carreira. Assumindo o papel-título aqui, ela enche Hanna com uma estranheza e inocência admiráveis; criada em cativeiro em uma cabana no Ártico, a jovem desconhece praticamente qualquer tipo de objeto tecnológico ou moderno (ao menos que você conte a habilidade desta com uma arma de fogo). A jovem atriz consegue traduzir para as telas essa aura de alienamento com muito carisma, mostrando também muita garra nas cenas de ação, onde suas expressões oscilam bem entre o minimamente calculado e uma fúria puramente bestial.

Vindo de dramas de época e adaptações de romances, Joe Wright é uma escolha inusitada para dirigir um thriller de espionagem. Com auxílio do diretor de fotografia Alwin Kücher, proporciona uma dos melhores espetáculos visuais que o gênero já viu nos anos recentes, passando de cenários surreais bem desenhados por Sarah Greenwood, que acertadamente toma referências de contos dos irmãos Grimm – dentro da já mencionada proposta dos contos de fadas – até lutas em planos sequência e planos longos; Eric Bana protagoniza a melhor delas, quando seu personagem é seguido por assassinos em uma estação de metrô. O uso de um playground infantil como palco de um violento confronto também mostra a inteligência narrativa de seu realizadores, oferecendo uma boa analogia visual à vilã de Blanchett, na forma de uma criatura gigantesca com longas presas.

No entanto, Hanna sofre em seu roteiro. Introduzindo-se de forma misterioso e subjetivo (e acertando nesse quesito), o longa perde forças quando mostra a protagonista contracenando com uma família viajante (começando pela artificial Jessica Bardein, que interpreta Sophie) e diversas vezes perde o foco de sua história e, assim, prolongando-a sem necessidade. Por exemplo, é interessante observar Hanna em um encontro amoroso – retratando assim a vida que esta nunca terá – mas descartável no sentido da trama. Aliás, a tal família simplesmente é esquecida no terceiro ato, comprovando como fora um investimento redundante.

Contando também com uma empolgante trilha sonora eletrônica assinada pelo The Chemichal Brothers, Hanna é um bom thriller de ação que traz ótimas performances e uma direção mais do que inspirada. Só faltava uma história mais focada e que não se levasse tão a sério; com Kick-Ass deu mais do que certo.

Hanna (EUA/Inglaterra – 2011)

Direção: Joe Wright
Roteiro: Seth Lochhead e David Farr
Elenco: Saoirse Ronan, Eric Bana, Cate Blanchett, Jessica Bardein, John Macmillan, Jason Flemyng, Tom Hollander, Olivia Williams
Gênero: Ação
Duração: 111 min

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Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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