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Crítica | Aladdin (2019) - Um dos melhores remakes da Disney

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•24 de maio de 2019•8 Minutes

Uma das novas fontes de renda da Disney nos cinemas consiste no remake de alguns dos clássicos animados para versões live-action. Dentre todos os lançamentos até agora, que consistiram em obras como Alice no País das Maravilhas, Cinderela, A Bela e a Fera e Mogli – O Menino Lobo, o primeiro que apresentava sinais de ser um desastre a nova versão de Aladdin, de Guy Ritchie. Desde a demora para o lançamento de trailers, as primeiras imagens que remetiam a novelas e o vergonhoso CGI do Gênio de Will Smith, tudo apontava para fracasso.

O mais irônico é que, terminada a sessão deste Aladdin, percebi que estava diante de um dos melhores remakes live-action do estúdio até agora; talvez rivalizando apenas com o Cinderela de Kenneth Branagh.

A trama é a mesma do original de 1992, nos apresentando ao jovem ladrão Aladdin (Mena Massoud), que rouba para sobreviver e não passar fome na cidade de Agrabah. Ao se apaixonar pela princesa Jasmine (Naomi Scott) ele recebe a proposta do sinistro Jafar (Marwan Kenzari) para que encontre uma misteriosa lâmpada na Caverna dos Tesouros. Ao encontrar o objeto, ele liberta um carismática Gênio (Will Smith), que lhe concede três desejos mágicos – que Aladdin usará para tentar conquistar a sábia princesa.

Um Guy não tão Rico

Este é sem dúvida o mais ambicioso de todos os remakes da Disney até agora. Não necessariamente por execução, mas por Aladdin ser uma animação extremamente fantasiosa e repleta de elementos que eu nunca imaginaria que pudessem ser convertidos para cenas tridimensionais com atores de carne e osso. Mesmo o espetáculo de CGI que é Mogli – O Menino Lobo e que certamente estará em O Rei Leão se beneficiam de serem produções quase que inteiramente digitais. Em Aladdin, Guy Ritchie e o roteirista John August precisam manter uma grande escala de fantasia e elementos que facilmente poderiam ficar bregas em tela; e é justamente isso que a dupla abraça.

Não há uma preocupação excessiva de tornar este Aladdin “realista” ou táctil como vimos em outros remakes. A grande maioria dos elementos coloridos e fantásticos da animação está aqui, com Ritchie se mostrando mais discreto na forma como movimenta sua câmera e organiza seus cortes, mas se arriscando de forma mais expressiva no surrealismo do CGI; algo que vemos na fantástica sequência musical de “Friend Like Me”, que representa uma das transposições de desenho animado para live-action mais impressionantes que já vi.

É justamente por ir tão longe e esbanjar criatividade em números como esse que Ritchie decepciona quando nos mostra do que mais é capaz. Geralmente um cineasta energético e repleto de invencionamos dinâmicos (principalmente em sua montagem muito particular), o cineasta britânico se mostra mais controlado e seguro, sem experimentar muito. Basta observar como os demais números musicais – que não envolvem tantos efeitos visuais – são extremamente básicos e “quadradinhos” em execução, quase como se estivéssemos assistindo a um show ao vivo em um programa de televisão, onde a prioridade é apenas capturar a ação. Uma pena, especialmente considerando a altíssima qualidade das músicas, novamente curadas por Alan Menken.

Mesmo que seja um remake, August e Ritchie se justificam ao trazer válidas novas adições. O núcleo de Jasmine é preenchido com novas personagens e ganha uma roupagem mais moderna para fazer da princesa uma mulher mais forte e inteligente, e que questiona a necessidade de um casamento para que seu reino tenha um novo sultão – quando ela mesma se mostra a pessoa mais ideal para o trabalho. Até mesmo o Gênio de Will Smith ganha mais profundidade do que ser um mero elemento mágico, garantindo um desfecho radicalmente diferente do original aqui; que não revelarei para manter a surpresa.

Elenco mágico

No que diz respeito ao elenco, Will Smith traz todo o carisma e energia que poderíamos imaginar. Não era fácil assumir um papel feito de forma tão magistral por Robin Williams, mas o ator triunfa ao trazer seu próprio estilo e se aproveitar de piadas mais características de sua carreira – como não lembrar de Um Maluco no Pedaço toda vez que seu Gênio divaga sobre príncipes? Smith está tão bem que nem o efeito visual problemático tira seu charme. Sua química com o novato Mena Massoud também funciona, e o jovem faz de Aladdin uma figura bondosa e alegre, sendo capaz de capturar a admiração do público – e acho espantosa a semelhança de Massoud com a versão animada do protagonista.

Mas se há alguém quem realmente rouba a cena é a maravilhosa Naomi Scott. Trazendo uma presença carismática que já havia sido destaque no reboot de Power Rangers, a atriz faz de Jasmine uma figura poderosa e muito mais interessante, beneficiada também pelo material mais progressista e forte que a princesa ganhou. Scott alterna entre o drama, a comédia e até o romance clássico durante variados momentos, e mostra todo seu poder ao protagonizar um novo número musical escrito especialmente por Benj Pasek e Justin Paul (dupla de La La Land: Cantando Estações e O Rei do Show) para esta versão. A excelente “Speechless” não vai sair da sua cabeça, promovendo um momento similar ao “Let it Go” de Frozen: Uma Aventura Congelante.

Se há um elemento realmente fraco neste novo Aladdin, é seu vilão. Presença marcante no original, Jafar foi reduzido a um servo inexpressivo e sem grande impacto, especialmente pela performance automática e sem peso de Marwan Kenzari. Fica a impressão de que não é exatamente culpa do ator, preso em um tom único que é quase capaz de fazer o espectador cochilar de tédio, mas sim pela intenção de tornar esta versão do personagem um pouco mais… Sutil? Seja lá o que Ritchie, Kenzari ou August estivessem pensando, definitivamente não deu certo, e ainda garantiu alguns momentos bem constrangedores durante o agitado terceiro ato.

Surpreendentemente, esta nova versão de Aladdin se revela muito charmosa e divertida. Graças ao elenco afiado e as bem-vindas atualizações para a clássica história, o filme de Guy Ritchie fica carecendo apenas de mais criatividade em sua visão, mas é algo que certamente não prejudica tanto o resultado final. Uma bela surpresa.

Aladdin (EUA), 2019

Direção: Guy Ritchie
Roteiro: John August e Guy Ritchie, baseado no filme de 1992
Elenco: Will Smith, Mena Massoud, Naomi Scott, Marwan Kenzari, Nasim Pedrad, Billy Magnussen, Alan Tudyk, Numan Acar, Navid Negahban
Gênero: Aventura, Musical
Duração: 128 min

Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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