O advogado egípcio Mahmoud al-Semary entrou com uma ação contra a Netflix por retratar Cleópatra como uma mulher negra na série Queen Cleopatra, interpretada pela atriz Adele James.
Segundo o jornal Egypt Independent, o advogado argumentou no Ministério Público do Egito que a série estaria distorcendo a história e a identidade do país, pedindo investigação e até a suspensão da Netflix no país.
O ex-ministro egípcio de antiguidades, Zahi Hawass, também criticou a série, descrevendo a representação da rainha como uma mulher negra como “falsificação de fatos”.
A série documental, prevista para lançamento em maio, foi criticada por promover o afrocentrismo.
No Twitter, a protagonista da série compartilhou algumas ofensas recebidas por internautas e escreveu:
“Para sua informação, esse tipo de comportamento não será tolerado em minha conta. Vocês serão bloqueados sem hesitação. Se você não gostou do elenco, não assista ao programa”.
Nascida em Alexandria em 69 a.C., Cleópatra foi a última governante da dinastia ptolomaica e faleceu em 30 a.C.
A nova série sobre a rainha egípcia, produzida e narrada por Jada Pinkett Smith, busca apresentar a história da mulher mais famosa, poderosa e incompreendida do mundo, evidenciando sua ousadia, intelecto, beleza e romances que a cercaram.