Al Pacino quase deixou o elenco de ‘O Poderoso Chefão’ após lesão no tornozelo
O lendário ator Al Pacino, que alcançou o estrelato em Hollywood após interpretar Michael Corleone no clássico O Poderoso Chefão (1972), revelou em seu novo livro de memórias, Sonny Boy, que por pouco não abandonou o projeto. Durante as filmagens, Pacino enfrentou dúvidas por parte dos produtores e até de seus colegas de elenco, e chegou a acreditar que seria demitido. O ator admitiu que comemorou ao sofrer uma lesão, acreditando que seria afastado da produção.
A tensão nos bastidores
Al Pacino descreveu no livro como se sentiu desconfortável no set do filme dirigido por Francis Ford Coppola. “O boato rodando é que eu seria demitido do filme”, escreveu o ator. “Havia um desconforto entre as pessoas, inclusive entre o elenco, quando eu estava trabalhando. Ninguém me queria. Eu tinha consciência disso”, confessou.
Durante a gravação de uma cena, Pacino acabou quebrando o tornozelo, e em vez de se preocupar com a gravidade da lesão, ele viu a situação como uma chance de sair do filme. Em entrevista ao programa CBS Sunday Morning, ele relembrou seu alívio no momento: “Graças a Deus, vou sair desse filme”. O ator repetiu o sentimento em conversa com Conan O’Brien, em seu podcast, dizendo: “O meu tornozelo estava machucado, ele havia quebrado. Então eu olhava para cima e pensava, ‘graças a Deus!’”.
A decisão de Coppola e o sucesso de Pacino
Apesar das inseguranças de Pacino e da lesão, o diretor Francis Ford Coppola decidiu mantê-lo no papel, o que acabou mudando a carreira do ator para sempre. Sua atuação como Michael Corleone consolidou Al Pacino como um dos maiores nomes do cinema e O Poderoso Chefão se tornou uma das trilogias mais icônicas da história da sétima arte.
O primeiro filme da saga conquistou três prêmios Oscar, incluindo melhor filme e melhor ator para Marlon Brando. Já a sequência, lançada em 1974, venceu seis estatuetas, incluindo melhor filme, melhor ator coadjuvante para Robert De Niro e melhor diretor para Coppola. Al Pacino, que não levou o Oscar por sua atuação nos dois primeiros filmes da trilogia, foi premiado com a estatueta de melhor ator em 1993, por seu desempenho em Perfume de Mulher (1992).
A decisão de Francis Ford Coppola de manter Al Pacino no elenco de O Poderoso Chefão foi vital para o sucesso do filme e da carreira do ator. Apesar dos desafios e incertezas durante as filmagens, o resultado final transformou Pacino em um dos maiores atores de sua geração, consolidando seu nome na história de Hollywood.