Google fica rosa ao procurar termo "Barbie"
Às vésperas do lançamento do live-action da Barbie nos cinemas, o Google preparou uma surpresa especial para os fãs. Ao pesquisar o termo "Barbie" no serviço de buscas, a página se transformará em um tema cor-de-rosa e um "efeito mágico da Barbie" piscará por alguns segundos, criando um ambiente encantador.
Essa brincadeira pode ser apreciada tanto em computadores de mesa como em dispositivos móveis Android e iOS. Além disso, o mesmo efeito ocorre ao buscar por "Margot Robbie" ou "Ryan Gosling".
O filme da Barbie é um dos lançamentos mais aguardados de 2023 e tem recebido ótimas primeiras reações. Com um elenco de peso e sob a direção de Greta Gerwig, o live-action chegará aos cinemas em 20 de julho. Os fãs estão ansiosos para ver essa icônica boneca ganhando vida na tela grande.
Mais painéis da SDCC são cancelados em meio a nova greve dos atores
Com a oficialização da greve dos atores de Hollywood na última quinta-feira (13), diversos eventos da San Diego Comic-Con 2023 foram cancelados, afetando significativamente a programação. Entre os destaques que não ocorrerão estão os painéis de Duna: Parte 2, Gen V e Abbott Elementary.
A aguardada apresentação do estúdio Legendary Pictures, programada para acontecer no Hall H da SDCC 2023 no dia 22 de julho (sábado), não ocorrerá mais. Além de Duna: Parte 2, o painel também traria supostas novidades relacionadas ao Monsterverse, que abrange personagens como King Kong e Godzilla, entre outros.
Outros detalhes sobre os cancelamentos não foram divulgados, mas produções como Abbott Elementary, Gen V (uma série derivada de The Boys), A Roda do Tempo e Jury Dury não farão suas aparições nos palcos do evento de cultura pop.
Estes são apenas alguns exemplos dos nomes que ficarão ausentes na SDCC 2023. Nos últimos dias, painéis de Good Omens, The Rookie e That 70's Show também foram cancelados. A Marvel optou por não participar do Hall H este ano, e diversos outros estúdios estão buscando maneiras alternativas de participar do evento, como oferecer pré-estreias exclusivas ou apresentar materiais já prontos de suas séries.
Alguns painéis ainda estão confirmados na San Diego Comic-Con, incluindo Adult Swim, Cartoon Network e Amazon Prime Video. Produções como John Wick e a série de Percy Jackson também prometiam novidades, mas agora tudo está incerto.
Durante a greve, os atores sindicalizados de Hollywood não podem fazer aparições em eventos e nem promover suas obras em entrevistas, podcasts, programas de TV ou eventos de estreia. O ponto central de conflito é a disputa sobre o pagamento dos "residuals" (ou "residuais"), com a exigência de condições de pagamento mais justas para os artistas, especialmente quando se trata da era do streaming.
A San Diego Comic-Con 2023 está programada para acontecer entre os dias 20 e 23 de julho, no Centro de Convenções de San Diego, Califórnia, EUA.
Christopher Nolan não fará novos projetos durante greve em Hollywood
Durante o período de greve dos atores e roteiristas em Hollywood, o renomado diretor Christopher Nolan reiterou seu total apoio ao movimento e anunciou que não tem planos de embarcar em novos projetos enquanto a paralisação estiver em vigor.
Em uma entrevista recente concedida à BBC News, Nolan destacou a relevância desse movimento, afirmando: "É crucial que todos compreendam que este é um momento fundamental na relação entre os trabalhadores e a indústria cinematográfica de Hollywood."
Embora esteja prestes a lançar seu novo filme, intitulado "Oppenheimer", que chegará aos cinemas nesta quinta-feira, o diretor não deixa de apoiar a greve. A pré-estreia do filme aconteceu na última quinta-feira (13), e o elenco decidiu unir-se ao movimento de paralisação da categoria.
A greve dos atores de Hollywood teve início na última sexta-feira (14), seguindo-se à paralisação dos roteiristas, que teve início em maio. Entre as demandas dos atores estão compensações mais justas para lançamentos em plataformas de streaming e regulamentação do uso de inteligência artificial em produções cinematográficas.
Abaixo-assinado contra taxação de importações chinesas chega a 50 mil assinaturas
Após a forte repercussão até mesmo entre seguidores mais fiéis do Governo Federal de Luiz Inácio Lula da Silva, as pessoas resolveram agir e levar a reação a mais uma dura resposta: a criação de um abaixo-assinado contrário aos novos critérios de fiscalização e taxação sobre importações oriundas principalmente de varejistas chinesas como Shein, AliExpress e Shopee.
O abaixo-assinado foi realizado há duas semanas, mas somente agora - com as declarações da Receita Federal e também do ministro da Fazenda Fernando Haddad, ganhou bastante fôlego e já superou a marca de 50 mil assinaturas. Muito embora um abaixo-assinado dificilmente resulte na desistência da posição muito polêmica do governo, o volume de assinaturas é capaz de provocar um enorme desconforto para o núcleo de comunicação do presidente.
O desgaste é tão perceptível que a SECOM - secretaria de comunicação, mobilizou seu time de influencers favoráveis ao governo para blindar a medida com explicações sobre como a taxação de 60% em cima das encomendas são "benéficas" para a indústria brasileira - quando na verdade serve somente para encher o orçamento do Arcabouço Fiscal que prevê arrecadação de 150 bilhões de reais acima da arrecadação atual. Ou seja, ainda vem muito mais imposto por aí.
Sobre as declarações afirmando que os sites praticam "contrabando digital", o abaixo-assinado explica muito bem que "Com acusações como "contrabando digital", sonegação de impostos e desigualdade competitiva, empresas como Havan e Magazine Luíza paralelamente vem tentando aprovar taxação as plataformas de comércio chinesas.
Por outro lado, o empresário Luciano Hang, dono da Havan, admitiu em vídeo publicado na Internet, que em 2022 faturou 15 bilhões de reais. Já a Magazine Luíza divulgou que no mesmo ano faturou 60 bilhões de reais. Vale ressaltar que não existe a dita "indústria nacional", pois grande parte se não a maioria dos produtos comercializados por estas empresas são da China e apenas renomeados para aparentarem ser de origem brasileira. É a prática conhecida como White Label."
"Será justo que o trabalhador brasileiro seja obrigado a comprar produtos remarcados superfaturados, muitas vezes contraindo dívidas, ou pagando taxas abusivas na importação, enquanto uma minoria fatura dezenas de bilhões de reais por ano em cima do seu esforço? A renda média de brasileiro prova que não!", conclui a petição.
ASSINE O ABAIXO-ASSINADO ATRAVÉS DESTE LINK.
Governo Lula planeja taxar a Netflix e mais serviços de streaming
Nesta quarta-feira, em um evento do jornal Correio Braziliense, o secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, explicou que a Reforma Tributária tem como objetivo corrigir as distorções de tributação e cobrar de setores da economia que ainda não são tributados.
Ele citou como exemplo os segmentos de aluguel de carros e de streaming, afirmando que empresas como Netflix, Disney+, Localiza (RENT3) e Movida (MOVI3) devem ser taxadas da mesma forma que outras empresas.
“É cada vez menos clara a fronteira entre o que é mercadoria e o que é serviço”, afirmou em evento do jornal Correio Braziliense. “Aluguel de automóvel hoje não paga nada, nem ISS [Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza], nem ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços]", enumerou. "Não tem razão nenhuma para um serviço de streaming pagar menos imposto do que um CD”, disse.
Segundo o secretário, a fronteira entre o que é mercadoria e o que é serviço está cada vez mais indefinida e é necessário equalizar a tributação desses setores. No entanto, Appy ressaltou que as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que tratam da Reforma Tributária possuem válvulas de escape e exceções para certos setores, o que pode diminuir o impacto das mudanças.
“Nossa função [do governo] é de apoio e de tentar explicitar custos e benefícios de montagem da Reforma Tributária”, completou.
Ele também mencionou a possibilidade de regimes especiais para combustíveis fósseis, operações com bens imóveis e serviços financeiros, além de um regime de tributação diferenciado para cigarros previsto na PEC 110.
Crítica | Suzume finaliza a primeira trilogia autoral de Makoto Shinkai com sensibilidade
Makoto Shinkai é um dos mais importantes expoentes da indústria cinematográfica de animes japoneses. Após conseguir alçar voos de relevância internacional com Your Name. (também conhecido como o Se Eu Fosse Você japonês), o diretor trouxe mais um sucesso com O Tempo com Você.
Agora chega Suzume, finalizando a trilogia de filmes sobre desastres naturais e consequências com doses generosas de elementos sobrenaturais. Também buscando inspiração do mestre Myiazaki com A Viagem de Chihiro e O Castelo Animado, Shinkai visa trabalhar sua obra prima com Suzume, mas o resultado é um pouco aquém do que o almejado pelo artista.
Súbita paixão
O nome do filme vem da personagem protagonista, Suzume, uma estudante de 17 anos que mora com a tia Tamaki a maior parte de sua vida após perder a mãe em uma tragédia. Apressada para a escola, Suzume parte até notar um belo jovem passando por seu caminho.
Ele a questiona sobre algumas ruínas e parte em direção até lá. Encantada pela beleza do rapaz chamado Souta, ela decide segui-lo para as ruínas. Lá, ela se perde e acaba encontrando uma misteriosa porta. Ao abrir, ela se depara com um universo paralelo que também traz um perigo gigantesco dentro de si.
Após descobrir da pior forma como a sua interferência com o desconhecido foi perigosa, Suzume acaba entrelaçando seu destino com o de Souta que percorre todo o Japão para selar as portas e seus perigos. Tudo fica ainda mais complicado quando um gatinho místico chamado Daijin foge do local, aprisionando Souta em uma cadeirinha infantil ligada à infância de Suzume.
Sem alternativas e na pressa, os dois passam a perseguir Daijin para reaver o corpo de Souta e também resolver o perigo desperto pela ruptura do equilíbrio das portas mágicas.
Apesar da sinopse ser longa, Suzume não é um filme burocrático. Na verdade, passa bem longe disso. O roteiro de Shinkai é repleto de boas ideias originais enquanto preserva todo o DNA autoral do artista muito pautado por histórias de amores impossíveis repletos de melodrama.
Ele não foge do piegas e o abraça, algo bastante corajoso na escolha de uma narrativa de corrida contra o tempo para salvar o Japão de um desastre. É algo tão curioso que chega a prejudicar bastante a protagonista Suzume que é pautada apenas por sua paixão súbita por Souta, largando tudo para trás para atender um chamado "divino" de seu coração.
Embora o texto entretenha e seja divertido, com doses bastante manipuladas para provocarem emoção e lágrimas no espectador, Shinkai apresenta seu trabalho mais problemático até então. O fato é que o filme renderia uma excelente série animada limitada, cobrindo mais adequadamente todas as boas ideias que o artista apresenta.
São muitas ideias que acabam subaproveitadas no percorrer da trama bastante apressada que, ironicamente, ganha uma tremenda barriga em seu terceiro ato que serve para atrasar o clímax e revelar a evidente fragilidade na relação entre os personagens.
O que mais funciona, mesmo que forçado, é o romance bizarro entre Suzume e Souta em seu formato carismático de cadeirinha. De resto, nada sustenta o filme, apesar de Shinkai trazer elementos muito interessantes sobre o rancor de Tamaki e a perda de sua juventude por cuidar de Suzume como a sua filha (ainda há também um elemento sobrenatural aqui que não faz o menor sentido).
Tão longo a jornada se inicia que rapidamente os problemas surgem. Suzume traz uma mensagem bela dentro de um cenário relativamente realista, mas o roteirista dobra a sua ficção conforme a própria vontade. Para não ser burocrático, ainda que a narrativa seja de viagem e também um coming of age, Shinkai apela para uma infinidade de conveniências narrativas.
Suzume sempre tem todo o dinheiro a disposição para resolver pormenores da vida e se não tem, algum estranho se prontifica a ajudá-la de modo extremamente afável e caridoso. Isso chega até a render uma natureza repetitiva até o meio do segundo ato para o filme. O mais curioso é que o filme poderia trazer uma justificativa plausível pelo uso do gato místico Daijin, mas isso não acontece. Shinkai tropeça em meio a suas próprias ideias e acaba esquecendo que elas também podem resolver as deficiências do próprio texto.
Infelizmente, isso parece perseguir Suzume a cada novidade que é apresentada. A ideia de Shinkai sobre como ambientes abandonados e ruínas seguram emoções é excelente. O modo que isso se conecta com a história regressa de Suzume e também da história recente do Japão também é uma conexão inteligente. Uma pena, porém, que talvez por problemas de tradução, esse ambiente mágico e perigoso que habita nas dentro das portas seja também contraditório com o roteirista quebrando suas próprias regras estabelecidas previamente.
Por conta de não conseguir desenvolver de modo satisfatório os personagens e também do passado de Suzume, o clímax emocional sedimentado desde os primeiros minutos de filme não atinge o potencial merecido e também desperdiça mais uma chance de explorar a relação de Tamaki com a protagonista. O clímax emociona, claro, mas por conta do melodrama exacerbado, da pungente e ótima trilha musical e pela dublagem competente. Não fosse isso, seria algo vazio ainda mais por Shinkai adicionar um bizarro elemento de viagem temporal nos instantes finais do filme.
Também é triste que pouca atenção seja destinada ao fogo gatinho Daijin. O diretor faz um bom uso das redes sociais para conseguir manter o núcleo de Suzume atrás do personagem, mas pouquíssimo dos elementos místicos do personagem é apresentado, nada de sua motivação é desenvolvida e nem a problemática de sua função original. No fim, o desfecho é ainda pior com o personagem sofrendo um destino bastante triste sem chegar perto de merecer isso. É bizarro já que Shinkai manipula tanto a narrativa com diversas leniencias que a decisão de ser austero com Daijin estranha bastante. Pior ainda é como Suzume lida com o destino da criatura sendo que estava movendo mundos para salvar Souta que havia conhecido literalmente há três dias.
Arte para encher os olhos
Não é novidade que os filmes de Shinkai são visualmente impressionantes. Com forte pegada naturalista, o artista sabe comandar o talentoso time de ilustradores e animadores para trazer cenários majestosos que trazem suas próprias histórias apenas pelo visual (e isso é mais evidente em Suzume pela proposta de apego ao passado com as ruínas apresentadas aqui).
O cineasta trabalha com eficiência com o poderio visual de sua proposta, chegando a trabalhar até mesmo dimensões épicas dignas de Neon Genesis Evangelion. Sem dúvidas é a maior força do filme que também ganha uma versão impressionante em Imax.
O afinco artístico permanece também no design dos personagens, embora Souta possua um visual bastante genérico chegando a relembrar Howl de O Castelo Animado. Felizmente, o personagem fica a maior parte da projeção em seu formato de cadeira que traz uma bela poesia visual por ter somente três pernas, representando o sentimento de falta que Suzume luta diariamente por não ter a mãe consigo.
Aliás, o destaque da animação certamente fica na movimentação da cadeira que flerta com uma visão "realista" da antropomorfização. Shinkai consegue emplacar um humor muito eficaz com as tiradas visuais envolvendo a cadeira e também sobre Suzume sentar nela ou não.
Em termos puramente cinematográficos, Shinkai realiza o trabalho com a maestria de sempre, apenas traçando alguns elementos visuais-chave como uma montagem rápida das rotinas do ato de trancar e destrancar coisas - para reforçar toda a questão de trancar as portas, etc. As marcas do diretor estão mesmo com o pedigree autoral do texto. A animação tem todo o seu charme, os céus maravilhosos e todas as sequências envolvendo ruínas são igualmente bem trabalhadas.
É interessante também, apesar de contar uma história repleta de buracos, que ele traz de modo cristalino a bela mensagem do filme. É muito inteligente que ele conecte o arco do luto da protagonista com um evento tão traumático que assombra o Japão desde então e que traz uma mensagem universal sobre a importância de superar tragédias.
No fim, aos tropeços, Suzume finaliza a trilogia de romances impossíveis em meio à tragédias monumentais de Shinkai. O cineasta tem uma trilogia para chamar de sua e o que o futuro reserva para sua carreira desperta interesse. É bom que o artista renove suas inspirações, pois boas ideias não faltam para trazer mais histórias bonitas como essa. É um bom divertimento que merece ser visto, além de prestigiar o alcance de mais um anime nos cinemas brasileiros.
https://www.youtube.com/watch?v=I6HKOpEGqVU&ab_channel=SonyPicturesBrasil
Suzume (Suzume no tojimari, Japão – 2022)
Direção: Makoto Shinkai
Roteiro: Makoto Shinkai
Elenco: Nanoka Hara, Hokuto Matsumura, Eri Fukatsu
Gênero: Animação, Aventura,
Duração: 122 min
Varejistas asiáticas têm queda expressiva de vendas no Brasil
Os dados do Banco Central revelam uma forte desaceleração no crescimento das importações de baixo valor, o que sugere que a fase de "crescimento chinês" dos e-commerces estrangeiros no Brasil, como a Shein e AliExpress pode estar chegando ao fim.
Segundo o relatório dos analistas de varejo do Itaú BBA, esse movimento pode estar relacionado ao fato de a Receita Federal estar tributando amplamente as compras de brasileiros nessas plataformas, mesmo antes do governo esclarecer suas intenções para lidar com a suposta "concorrência desleal" representada pelos e-commerces asiáticos.
Houve uma "intensa desaceleração" no crescimento das importações nos últimos dois meses, de acordo com o Itaú BBA. Segundo o Itaú BBA, as compras cresceram 63% em 2021 e 132% em 2022, pelos dados do BC citados no relatório, mas despencaram 50% em janeiro, na comparação com dezembro.
A Shein já detém mais de um quarto do mercado brasileiro de e-commerce de vestuário, tendo faturado R$ 7,8 bilhões no ano passado no país.
“Nossa percepção é que os órgãos de fiscalização estão atuando de maneira mais incisiva nas inspeções”, especulou o Itaú BBA.
Os números coincidem com a enxurrada de reclamações nas redes sociais de clientes da Shein, que relatam terem sido taxados pela primeira vez, mesmo em casos de compras de menos de US$ 50.
Não estão claros quais critérios a Receita está adotando, tampouco quais são os planos precisos do governo para as empresas asiáticas de e-commerce. Há poucas semanas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou guerra às varejistas digitais ao afirmar que praticam "contrabando" em uma "concorrência desleal" e que as taxas aplicadas nas compras serão vitais para complementar o orçamento de 150 bilhões de reais adicionais previstos pelo governo federal.
A questão é óbvia: o que acontece quando as taxas asfixiam o comércio? A arrecadação declina.
Crítica | 65 - Ameaça Pré-Histórica é um emaranhado de ideias que funcionam
Filmes originais já são uma raridade no cenário cinematográfico atual. Filmes originais de alto conceito de ficção científica produzidos por grandes nomes como Sam Raimi são ainda mais raros.
Esse é o caso de 65 - Ameaça Pré Histórica que tem uma premissa extremamente original, mas prejudicada por falta de orçamento e maior refinamento do roteiro. Ainda assim, a aventura estrelada por Adam Driver é divertida.
Desventuras em série
Acompanhamos a vida de um astronauta chamado Mills (Driver). Piloto de uma raça alienígena extremamente similar aos humanos, Mills acaba encarando uma grande viagem interestelar para custear o tratamento médico da filha.
No meio da jornada, a nave de transporte acaba atingida por diversos meteoritos que a derrubam a um planeta desconhecido e não mapeado até então. Mills é um dos únicos a sobreviver à queda. Tomado pelo desespero, o piloto acaba descobrindo um módulo de vida ainda intacto trazendo uma outra sobrevivente: a jovem Koa (Ariana Greenblatt).
Após resgatar a garota, Mills decide partir para a outra parte da nave destroçada que contém uma nave de emergência, permitindo a fuga do planeta estranho. Entretanto, na jornada de quinze quilômetros, Mills descobre que o ecossistema do lugar está infestado de enormes répteis perigosos conhecidos como dinossauros. O que dificulta bastante as coisas.
Acontece que Mills caiu justamente na Terra há 65 milhões de anos atrás.
O roteiro é assinado pela dupla responsável por Um Lugar Silencioso, Scott Beck e Bryan Woods, que também são os responsáveis pela direção do filme. Convenhamos que trabalhar dinossauros em narrativas é algo bastante difícil, ainda mais quando a ficção científica tentar se centrar em modelos realistas.
Até mesmo a franquia Jurassic Park derrapou tantas vezes que chegou a virar paródia de si mesma, então a missão da dupla Beck e Woods não era nada fácil. De longe, o ponto mais positivo da obra é sua premissa bastante original.
Jogar um astronauta na Terra como um planeta alienígena é uma boa ideia de fazer um Alien às avessas. Também para fugir de lugares comuns de filmes de sobrevivência como O Regresso, os dois conferem um arco de redenção para Mills, interpretado competentemente por Driver.
É um jogo óbvio e simples, mas eficaz. Em uma tentativa de aliviar a culpa de estar longe da filha em uma viagem malfadada, Mills projeta a criança na passageira Koa, colocando a missão de salvá-la do planeta inóspito como a prioridade imediata de sua vida.
O arco funciona, apesar de manjado e muito em evidência por conta da exibição de The Last of Us que também é uma obra "de escolta" - narrativas que os personagens enfrentam uma grande viagem perigosa e se entrosam emocionalmente.
O emaranhado de ideias não parte apenas das características de Alien, The Last of Us/Up - Altas Aventuras. Ao longo do filme inteiro é possível identificar trechos de referências narrativas e até mesmo visuais de outros grandes filmes do gênero como o já mencionado Jurassic Park, Interestelar, Dinossauro (sim, o da Disney) e até mesmo Minority Report.
Logo, é um tanto irônico que um filme de premissa tão original acabe tão cheio de características já muito exploradas em outros filmes. Ou seja, de clichês. Existem diversas conveniências narrativas e trechos com plot amor.
Não ajuda também o fato do roteiro seguir uma fórmula repetitiva de jogar a dupla de personagens em uma sequência de perigos para injetar ação na obra enxuta de noventa minutos e, claro, apresentar os dinossauros feitos em computação gráfica.
É de se estranhar também a decisão de fazer Koa ser uma alienígena estrangeira que não fala o mesmo idioma que Mills. Logo, apesar dos diálogos existirem e os roteiristas quererem emplacar uma impressão primitiva da relação de ambos, o drama e interação entre os dois acaba prejudicado.
No fim, parece até mesmo um repeteco da interação entre os protagonistas de O Bom Dinossauro (sim, também o da Disney). Felizmente, os roteiristas encontram espaço para injetar humor e um pouco de ternura entre ambos os personagens. O destaque fica também pela abordagem crua sobre a natureza e o ciclo da vida que o filme apresenta, sem romancear o quão inóspita é de fato a natureza selvagem.
Também é preciso dar méritos aos roteiristas por se preocuparem em fechar algumas características que seriam pontas soltas principalmente envolvendo a recorrência das frutinhas vermelhas que Koa encontra nas florestas.
Potencial frustrado
O que realmente quebra um pouco a experiência de 65 é a falta de confiança dos produtores no material. Sim, a premissa tem toda a cara de ser digna de filmes B de canais de televisão e também das histórias precursoras do gênero da ficção científica dos anos 1950 como O Incrível Homem que Encolheu, mas isso não impediria um maior investimento na produção.
Nitidamente, o maior defeito da obra é seu baixo valor de produção para uma premissa que por si só é essencialmente cara. A dupla de diretores tenta contornar muitos gastos com a decisão acertada de gravar grande parte da obra em locações com florestas e campos de gêiseres únicos do bioma norte americano.
Isso também ajuda a provocar maior realismo e imensidão do ermo perigoso que os dois protagonistas estão situados. Além disso, com menos ênfase em camadas de efeitos visuais, o orçamento do CG é bem marcante, denotando a boa qualidade da animação, textura e sonorização dos dinossauros.
A falta de orçamento fica escancarada para criar um universo mais crível no começo da obra. A introdução que serve de conduíte emocional para todo o arco de Driver se torna capenga por ser gravada em somente uma praia. Nunca mostrando a civilização alienígena que o protagonista faz parte - as outras duas atrizes do elenco também não ajudam muito pela atuação bastante irregular, principalmente por parte da filha doente de Mills.
Felizmente, os diretores tiram proveito de algumas geringonças tecnológicas que o personagem dispõe, além de terem a coragem de mostrar como os dinossauros se comportam em um tiroteio. No fim, o filme inteiro é uma desculpa para vermos Adam Driver meter bala em dinossauro e ele realmente entrega isso.
Os diretores, ainda de pouca experiência, são eficientes, mas não muito criativos. As encenações de suspense, assim como a decupagem das cenas, são bastante manjadas para qualquer cinéfilo irregular que já viu alguns clássicos obrigatórios. Mas, como disse, não é um trabalho ruim ou amador. Há competência, mas pouca criatividade. O que a dupla consegue entregar bastante é na qualidade dos jumpscares que são bastante eficazes.
Uma pena também que a falta orçamentária afete o clímax que conta com outra ideia bastante original em tornar a fuga de Mills do planeta ainda mais emocionante. É um bom clímax, eficiente, com dois grandes dinossauros que, por sinal, possuem uma certa liberdade criativa no design para torná-los um pouco mais “alienígenas”. Só que a sequência é curta e os planos elaborados para mostrar o acontecimento são poucos.
Triste, para o potencial do filme. Aliás, verdade seja dita, uma característica que surpreende bastante é a boa trilha musical da obra. Os diretores também são eficientes com a condução no trabalho da atriz mirim Greenblatt que, apesar de boa, pode acabar irritando alguns espectadores pelo trabalho ser mais caricato por conta do roteiro fazer dela uma mímica na hora de se expressar.
Por fim, 65 - Ameaça Pré-Histórica é um bom divertimento. Ao contrário dos perigos e dinossauros cheios de dentes que exibe, é uma experiência inofensiva e bastante agradável.
65 (EUA, 2023)
Direção: Scott Beck, Bryan Woods
Roteiro: Scott Beck, Bryan Woods
Elenco: Adam Driver, Ariana Greenblatt, Chloe Coleman, Nika King, Brian Dare
Gênero: Ação, Drama
Duração: 93 min
https://www.youtube.com/watch?v=bHXejJq5vr0&ab_channel=SonyPicturesEntertainment
“I Wanna Dance With Somebody”, de Whitney Houston, cresce 625% em streams
Graças ao lançamento recente da cinebiografia homônima de Whitney Houston, sua canção de sucesso I Wanna Dance With Somebody virou hit novamente ao crescer 625% nas streams de músicas.
No Brasil, em 1 mês de lançamento (considerando que a soundtrack foi disponibilizada no dia 16/12), houve um crescimento de, aproximadamente, 625% em streams e 840% em usuários únicos no País. No mundo, também houve uma variação positiva de, aproximadamente, 115%. Ainda falando sobre a faixa principal, entre a semana antes do lançamento do filme e a estreia em solo nacional, houve um aumento de aproximadamente 53%.
Após a estreia do filme, o álbum da trilha sonora teve o seu maior pico de streams no dia 16 de janeiro. Houve um crescimento de, aproximadamente, 135% no Brasil e 87% no mundo.
A cinebiografia I Wanna Dance With Somebody segue em cartaz nos cinemas brasileiros.
Deadpool 3 é confirmado para 2024 com Hugh Jackman retornando como Wolverine
De surpresa, o ator Ryan Reynolds lançou um vídeo caprichado no Twitter para anunciar a data de estreia do aguardado Deadpool 3.
A maior novidade, porém, não foi essa, mas a confirmação do retorno de Hugh Jackman ao papel de Wolverine que ele havia se despedido em 2017 com Logan.
Confira:
https://twitter.com/VancityReynolds/status/1574865217141481477?
Na prévia, Ryan Reynolds afirma que muitos fãs queria ver Jackman atuar novamente como o Carcaju na "nova casa" e que teve que trazê-lo para a nova aventura do Mercenário Tagarela. Importante lembrar que Kevin Feige e Jackman já haviam se encontrado algumas vezes anos atrás em reuniões de negócios.
Deadpool 3 estreia em 6 de setembro de 2024 nos cinemas.