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Varejistas asiáticas têm queda expressiva de vendas no Brasil

Os dados do Banco Central revelam uma forte desaceleração no crescimento das importações de baixo valor, o que sugere que a fase de “crescimento chinês” dos e-commerces estrangeiros no Brasil, como a Shein e AliExpress pode estar chegando ao fim.

Segundo o relatório dos analistas de varejo do Itaú BBA, esse movimento pode estar relacionado ao fato de a Receita Federal estar tributando amplamente as compras de brasileiros nessas plataformas, mesmo antes do governo esclarecer suas intenções para lidar com a suposta “concorrência desleal” representada pelos e-commerces asiáticos.

Houve uma “intensa desaceleração” no crescimento das importações nos últimos dois meses, de acordo com o Itaú BBA. Segundo o Itaú BBA, as compras cresceram 63% em 2021 e 132% em 2022, pelos dados do BC citados no relatório, mas despencaram 50% em janeiro, na comparação com dezembro.

A Shein já detém mais de um quarto do mercado brasileiro de e-commerce de vestuário, tendo faturado R$ 7,8 bilhões no ano passado no país.

“Nossa percepção é que os órgãos de fiscalização estão atuando de maneira mais incisiva nas inspeções”, especulou o Itaú BBA.

Os números coincidem com a enxurrada de reclamações nas redes sociais de clientes da Shein, que relatam terem sido taxados pela primeira vez, mesmo em casos de compras de menos de US$ 50.

Não estão claros quais critérios a Receita está adotando, tampouco quais são os planos precisos do governo para as empresas asiáticas de e-commerce. Há poucas semanas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou guerra às varejistas digitais ao afirmar que praticam “contrabando” em uma “concorrência desleal” e que as taxas aplicadas nas compras serão vitais para complementar o orçamento de 150 bilhões de reais adicionais previstos pelo governo federal.

A questão é óbvia: o que acontece quando as taxas asfixiam o comércio? A arrecadação declina.

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Publicado por Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema seguindo o sonho de me tornar Diretor de Fotografia. Sou apaixonado por filmes desde que nasci, além de ser fã inveterado do cinema silencioso e do grande mestre Hitchcock. Acredito no cinema contemporâneo, tenho fé em remakes e reboots, aposto em David Fincher e me divirto com as bobagens hollywoodianas.

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