Crítica | Uma Dobra no Tempo – Os Olhos Veem, mas o Coração não Sente
Filme assistido em sessão comercial nos Estados Unidos.
Foi com ares de expectativa e esperança que a adaptação de Uma Dobra no Tempo foi anunciado há alguns anos atrás. Ava DuVernay, que dirigiu Selma: Uma Luta pela Igualdade foi contratada como diretora e se tornou a primeira mulher negra a dirigir uma adaptação cinematográfica com orçamento de produção de mais de 100 milhões de dólares. Outras contratações para a obra também elevaram a expectativa de muitos. Storm Reid, Oprah Winfrey, Reese Witherspoon, Mindy Kaling, Zach Galifianakis e Chris Pine foram anunciados para o elenco e, com uma equipe dessas, é natural esperar bastante da produção.
Uma Dobra No Tempo, afinal, é a adaptação do livro epônimo de 1962 escrito por Madeleine L'Engle que conquistou diversos prêmios de literatura. E já devemos deixar bem claro aqui, o livro recebeu por muito tempo o rótulo de inadaptável para as telas do cinema. É por isso que à conclusão dos 109 minutos da segunda tentativa de adaptação de Uma Dobra no Tempo, é razoável dizer que algumas histórias deveriam permanecer sempre em livros.
O Trauma do Desaparecimento
O filme começa com uma cena tenra entre Meg Murry (Reid) e seu pai, o astrofísico Alex Murphy (Pine), com o último ensinando a pequena menina coisas sobre física em seu escritório. Neste momento vemos a ligação de pai e filha, o encantamento de Meg com o mundo que seu pai, empolgado, lhe apresentava. Chris Pine e Storm Reid protagonizam poucos momentos como este, no entanto. O que é uma pena, pois a presença de ambos em cena eleva o filme que parece sempre tão morno. O pai acaba desaparecendo em uma de suas tentativas de realizar o tesseract, um experimento que o permite, em tese, atravessar distâncias que superam o espaço e o universo em meros segundos. Após este evento, Meg precisa continuar sua vida e lidar com os problemas gerados pelo desaparecimento.
E são os típicos problemas que uma adolescente da classe média americana encontraria; bullying na escola, problemas com diretor, queda nas notas e uma atitude fechada de quem espera o retorno do pai ansiosamente, mesmo que quatro anos já tenham se passado quando começamos o filme. Após a apresentação didática de todas as partes infelizes da vida da protagonista, é que começam a aparecer as viajantes astrais Senhora Qual (Oprah), Senhora Queé (Witherspoon) e a Senhora Quem (Kaling). As mesmas levam os três adolescentes para a viagem de resgate do Dr. Alex Murphy e a consequente batalha com A Coisa (não confundir com o palhaço).
As Três Medianas
As três viajantes astrais que figuraram com tanto destaque a campanha promocional para o filme funcionam abaixo das expectativas, como diversas outras peças da película. Witherspoon está extremamente caricata como uma alma livre pelo mundo mas que parece emular muitas características do já saturado Capitão Jack Sparrow de Johnny Depp. Reese, assim como Depp em suas últimas encarnações do personagem, parecem sempre passar acima da linha do exagero. Seja mexendo com o cenário, fazendo comentários em detrimento de Meg e muitas caras e bocas. Oprah, por outro lado, faz sua melhor pose de mãe/guia/deus como a Senhora Qual, que parece ser a líder do trio. Sempre evocando paz e trazendo conforto pra personagem, as semelhanças com o Aslam de Crônicas de Nárnia são enormes.
E a maior decepção do trio fica para Mindy Kaling, que parece ter sido quase que totalmente removida do filme. Mesmo aparecendo em diversas cenas, seu personagem fala pouco ou nada. Surge de relance aqui e ali fazendo alguma careta, esperando alguém terminar suas falas, ou, eventualmente, citando alguma frase existencial que qualquer pessoa encontra folheando o Facebook por cinco minutos. Esse apagamento da atriz chega a ser tão óbvia que eu imagino que grande parte de suas participação foi cortada na pós produção.
Outro problema de pós produção é a montagem. Com um início rápido e transições de cenas bruscas, parece à princípio que estamos assistindo à uma colagem de diversos clipes musicais. E a adição de músicas do gênero pop acaba aumentando esta sensação de um especial da MTV e não um filme Disney.
Meg e aqueles dois
Meg é uma menina super inteligente e somos lembrados disto constantemente durante a fita, onde nenhum problema é grande demais para a mesma resolver, sem nenhuma dificuldade ou erros. Seja fugindo de tornados, vagando pelos ares ou enfrentando o vilão do filme, Meg não encontra obstáculos reais. Essa facilidade com que trafega os diversos mundos que nos são apresentados influencia negativamente em como nos identificamos com sua personagem. E seus coadjuvantes não ajudam em nada a dar sabor à trama. Os personagens de Levi Miller e Deric McCabe, que interpretam o interesse amoroso de Meg, Calvin O’Keefe, e seu irmão caçula, Charles Wallace Murry, respectivamente, ficam no meio termo ou são insuportáveis. Charles sabe tudo, acredita em tudo, vai atrás de tudo, tem confiança extrema em todos os personagens que aparecem e se joga de cabeça em qualquer cenário que se teletransportem, forçando sua irmã a protege-lo a todo instante de perigos. Calvin, por outro lado, está ali para ser salvo de vez em quando, suporte emocional e fazer algum comentário ou elogio à Meg. Me pergunto se o filme sofreria com a ausência desse personagem.
Os Olhos Veem Mas O Coração Não Sente
O bom do filme é bom, mas poderia ter sido muito melhor e mais criativo. Ultimamente, considerando alguns dos recentes lançamentos Disney, observamos muitos diretores pouco acostumados com orçamentos gigantescos que possuem entraves na hora de filmar ação e usar criatividade para cenas pesadas de computação gráfica. Uma Dobra no Tempo não é diferente. Mesmo com uma qualidade de efeitos gráficos acima do comum para Disney, existem cenas que não conseguem capturar a fantasia de dimensões diferentes ou nos passar a sensação de algo transcendental. Vemos cavernas com rochas equilibradas sobre pedras, flores que dançam, florestas escuras e vizinhanças peculiares. Algo que, sinceramente, já foi visto ou apresentado de forma similar em vários outros filmes de modo muito mais encantador, como o outro blockbuster de dimensões alternativas, Doutor Estranho.
Nesses pontos do filme cabia uma mão mais criativa, com ângulos mais ousados e cenas simplesmente mais interessantes. É preciso um pouco mais para encantar o público do cinema de 2018 do que algumas flores bonitas dançando pelos campos. E não só sobre a filmagem, mas a própria emoção do momento. Algumas cenas se alongam por tempo desnecessário, como a fuga do tornado que parece durar uma eternidade.
Inadaptável, afinal
A natureza extremamente fantasiosa, com transições que superam os limites do universo e espaço e personagens extravagantes, excêntricos aliados à uma narrativa com diversos elementos em jogo acabou sendo demais para a mão de Ava DuVernay em seu primeiro grande projeto com a Disney. Difícil saber se a mão do estúdio pesou muito durante a produção ou se o livro realmente não é adaptável. Infelizmente, com tantos pontos positivos à seu favor, Uma Dobra no Tempo acaba se tornando mais uma esquecível produção Disney, aos moldes de Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Possível.
Um final extremamente insatisfatório com um plot twist preparado de forma desleixada e apressada para atender a trama do livro entregam uma experiência que deixa a desejar do início até o (amargo) fim. Um filme com poucos pontos altos, diversos pontos baixos e muita mediocridade. Não chega nem perto de atender às altas expectativas em torno da produção e é bem provável que o público saia do cinema pensando mais na perda de tempo que acabou de suportar do que em Uma Dobra no Tempo.
Uma Dobra no Tempo (A Wrinkle in Time, EUA - 2018)
Direção: Ava DuVernay
Roteiro: Jennifer Lee e Jeff Stockwell, baseado na obra de Madeleine L'Engle
Elenco: Storm Reid, Oprah Winfrey, Reese Witherspoon, Mindy Kaling, Chris Pine, Zach Galifianakis, Levi Miller, Deric McCabe
Gênero: Aventura
Duração: 109 min
https://www.youtube.com/watch?v=UhZ56rcWwRQ
Lista | Os Melhores Quadrinhos do Justiceiro
Finalmente o mês de novembro chegou e com ele uma das mais esperadas séries da parceria Marvel/Netflix; Justiceiro (confira nossa crítica aqui). Se você já assistiu a série e está com vontade de mais histórias de Frank Castle ou caso você ainda não viu e queira ter mais conhecimento acerca do personagem, segue uma lista especialmente preparada com as 10 melhores histórias em quadrinhos do Justiceiro. Confira abaixo!
1. Valley Forge, Valley Forge
Garth Ennis é um grande nome no que diz respeito aos escritores que já trabalharam com o Justiceiro. Este autor sempre conseguiu lançar um olhar um pouco mais profundo para um personagem que costuma ser confundido com somente um louco com uma arma. Valley Forge, Valley Forge conclui o famoso arco de histórias escrita por esse autor e mostra Frank Castle enfrentando membros da marinha americana. É uma história importante no desenvolvimento deste grande personagem porque o coloca como um soldado que respeita o código de conduta e honra militar, ao mesmo tempo em que este precisa enfrentar seus “irmãos” de combate. Ennis usa essa diferença para explorar com profundidade o Justiceiro e conclui com louvores seu tempo com Frank Castle.
2. Bem Vindo de Volta, Frank
Outra história de Garth Ennis, dessa vez o Justceiro enfrenta o mundo do crime novamente após um longo tempo distante. Vale lembrar que alguns elementos desta história foram utilizados na apresentação do personagem no seriado do Demolidor, onde foi coadjuvante da segunda temporada. A famosa caveira branca está de volta para destruir e acabar com a máfia e criminosos mais uma vez.
3. Kingpin
Após alguns arcos e histórias curtas na mão de autores diferentes, Jason Aaron assumiu como o roteirista das histórias do Justiceiro em um quadrinho intitulado PunisherMax. Essa série está cheia de violência, brutalidade e perversa sexualidade combinando com muito humor negro. Mas o olhar diferenciado de Jason Aaron foi bem vindo ao personagem e enriqueceu seu desenvolvimento. Outro detalhe distinto das histórias que precederam este arco foi a inclusão de mais personagens Marvel, ao invés de somente chefes da máfia e líderes governamentais. Com arte de Steve Dillon, veterano nas histórias do Justiceiro, este arco também figura como um dos essências para qualquer fã de Frank Castle.
4. Justiceiro, Ano Um
Ano Um é similar a muitos outros “anos um” que já foram escritos no mundo dos quadrinhos. Você tem uma história de origem fixa para um personagem já consagrado e adiciona camadas de desenvolvimento ao que já estava definido. Para o caso do Justiceiro, acompanhamos seu dia a dia logo após o incidente que matou sua família. Escrito por Dan Abnett e Andy Lanning, vemos um personagem quebrado, destruído em uma história que deixará o leitor de coração partido e com adrenalina alta. É uma ótima opção para quem deseja conhecer a origem do personagem de forma profunda.
5. Nascido para Matar
Mais uma de Garth Ennis, Nascido para Matar mostra Frank Castle no centro da Guerra do Vietnam e se sentindo em casa. Com sede de sangue e buscando por lutas e tiroteios, Frank é mostrado em seu lado selvagem antes dos eventos que o transformariam no Justiceiro. Funciona também como uma espécie de história de origem, mostrando novas camadas de sua personalidade. Ao melhor estilo Ennis, Nascido para Matar conta com momentos cômicos e um final impactante. Uma das melhores histórias do Justiceiro, sem dúvida.
6. História de Criança
Frank Miller em seu tempo como roteirista de Demolidor fez uma revolução no personagem que definiu o tom de suas histórias para sempre. Na sombria História de Criança, acompanhamos os heróis combatendo traficantes que estavam vendendo para crianças. O famoso autor incluiu Frank Castle e também apresentou uma versão diferente do personagem que ficaria marcado. Anterior a isto, o Justiceiro era mais como um personagem recorrente das histórias do Homem Aranha. Nos roteiros de Miller, ele ganhou uma versão mais noir que se encaixava melhor para o personagem do que os temas comumente mais leves dos quadrinhos de Peter Parker.
7. Up is Down, Black is White
Em outro excelente arco de Garth Ennis (ele merece muitas posições nessa lista), vemos o vilão gangster Nicky Cavella tentando tomar controle dos territórios de outras gangues dos Estados unidos mas ao mesmo tempo tentando derrubar Frank Castle. De modo a lhe atacar onde mais dói, o vilão desenterra os corpos da família do Justiceiro, urina sobre eles e transmite nos telejornais. É uma história que não depende de muita continuidade, sendo uma leitura fácil para um leitor com pouco conhecimento de quadrinhos. Contando com muita violência, é uma clássica história de vingança de um homem contra uma máfia inteira.
8. A Cela
Neste arco de histórias, vemos Frank Castle dentro de uma cela de cadeia iniciando uma campanha de terror contra a alta liderança da máfia, que guardam um segredo obscuro por anos. Com a família Drago como os antagonistas, temos uma história que nos mostra mais sobre o que motiva o Justiceiro sob um ângulo diferente. Outra grande leitura por Garth Ennis.
9.The Slavers
O Justiceiro já enfrentou de tudo até este ponto. Desde mafiosos italianos a Yakuza, políticos corruptos ou criminosos de rua violentos, Frank Castle já viu de tudo. No entanto, esta história conta com um novo tipo de vilão desprezível: traficantes de escravas sexuais. Após salvar uma garota de se tornar vítima destes traficantes, o Justiceiro escuta sobre a chocante história do destino de várias outras meninas que foram sequestradas e são forçadas a uma vida de prostituição e drogas. Este relato leva o personagem a mais uma jornada violenta pelas ruas de suas cidade, prometendo vingança e punição.
10. Justiceiro: Diário de Guerra (2007)
Esta história é uma das mais recentes a serem publicadas desta lista, e nos mostra um pouco mais do relacionamento de Frank Castle com seu herói, o Capitão América. Ela teve início durante a primeira Guerra Civil do universo Marvel e acabou em 2009. Escrita pelo excelente Matt Fraction e desenhada por Howard Chaykin, apresenta um Justiceiro mais inserido na Marvel e seus heróis. Servia também para apresentar uma visão mais realista dos efeitos da disputa entre os heróis e como alguns vilões tentaram se aproveitar do momento para enriquecer de formas ilegais. Uma boa pedida para quem deseja embarcar mais a fundo no personagem e na história de Guerra Civil.
E você? Conhece algum outro quadrinho do herói que deveria figurar na lista? Deixe sua opinião abaixo!
Lista | 7 Histórias Imperdíveis de Thor, o Deus do Trovão!
Se você já assistiu Thor: Ragnarok (confira nossa crítica aqui) ou se ainda está na ansiedade para acompanhar a mais inédita aventura do Deus do Trovão, o Bastidores separou uma lista de sete histórias imperdíveis para você saciar sua vontade de Thor. Confira!
Thor – O Deus do Trovão: Bomba Divina/ Carniceiro dos Deuses
O arco Bomba Divina e Carniceiro dos Deuses de Jason Aaron, o escritor que também roteiriza as histórias de Jane Foster como Thor, continua a história do plano de Gorr de matar todos os deuses. Em algum lugar no fim dos tempos, todos os deuses do universo são escravos, trabalhando para construir uma máquina que transformará para sempre a face da criação. O que é a Bomba Divina e como Thor pode impedi-la? Este arco tem desenhos também do excelente Esad Ribic e participação de Jackson Butch Guice. Uma ótima pedida para os fãs do deus do trovão.
Serpente de Midgard
A batalha épica de Thor contra Jormungand, a serpente de Midgard, é demonstrada aqui com páginas duplas e um conflito intenso do deus do trovão contra seu letal inimigo. Jormungand é uma criatura conhecida da mitologia nórdica e já teve diversos embates contra Thor Odinson. Escrita e desenhada por Walt Simonson, teve ilustração com as tintas de Sal Buscema e as cores de Max Scheele. O quadrinho se destaca por ser inteiro em gigantescas páginas duplas (o famoso splash page). É também mais um dos pontos altos do período em que Walt Simonson cuidava dos quadrinhos do Thor.
Avengers Disassembled: Thor
Nesta história de 6 edições vemos que todos os Ragnaroks que Thor têm enfrentado ao longo de seus anos como deus do trovão eram meramente maquinações. Escrita por Michael Oeming e ilustrada por Andrea Di Vito, o quadrinho apresenta deuses maiores brincando com os deuses menores. A história se destaca por acompanhar os eventos de Thor e dos deuses de Asgard durante os eventos de Vingadores: A Queda. É uma grande adição a qualquer coleção pois o temido fim dos deuses finalmente chega para Thor e seus amigos. Junto também com seus vilões de longa data como Loki, Surtur e Ulik. Chamativa pela destruição da realidade de Thor mas ainda assim uma história sobre os feitos heroicos do deus do trovão.
Tudo Que é Velho é Novo Uma Vez Mais
Este quadrinho, roteirizado por J. Michael Straczynski e com desenhos de Olivier Coipel, mostra o retorno de Thor. O Deus do Trovão estava ausente/morto durante os eventos de Guerra Civil de 2007 entre Homem de Ferro e Capitão América. Em seu retorno à Nova Orleans devastada pelo furacão Katrina, Thor se depara com o Homem de Ferro. Stark então exige identificação e registro do deus perante o governo. Thor, lembrando-se do clone criado à sua imagem por Tony Stark que matou seu amigo Golias, derrota o Homem de Ferro. Com um gigantesco trovão lançado sobre Tony, um pulso eletromagnético é gerado imobilizando Stark dentro de sua armadura. Além da fúria divina do deus do trovão, uma cena marcante é de Tony pedindo para Thor uma carona para casa, visto que sua armadura estava desabilitada. Thor o manda ir andando.
Thor vs. Mangog
Este arco é considerado um dos ápices do trabalho de Stan Lee e Jack Kirby nos quadrinhos de Thor. Esta história de quatro partes apresenta um cenário de fim do mundo para Thor e Asgard graças a introdução do monstruoso Mangog. Uma história muito bem escrita no estilo clássico da dupla: apresentar um inimigo ou ameaça aparentemente impossível de derrotar, dar a impressão que o herói não será capaz de vencer e virar a mesa para os heróis em um conflito satisfatório.
A Balada de Beta Ray Bill
Outra de Walt Simonson, essas histórias contam a origem do Beta Ray Bill. Bill é um alienígena que confunde Thor e Odin com os demônios que o estavam perseguindo e os ataca. Ele derrota Thor quando este volta a ser Donald Blake e toma seu cajado. Ao ativa-lo por acidente, recebe os poderes de Thor. Para grande surpresa de Thor e Odin, Bill é digno do martelo. Odin então arranja uma batalha até a morte para decidir quem era o único digno de carregar Mjolnir. Thor novamente é derrotado, mas Beta Ray Bill não o mata. Portanto, Odin cria um novo martelo para o alienígena, o Stormbreaker. Junto com o novo martelo, Odin incluiu o encantamento que permitia que Thor se transformasse em Donald Blake. Isso possibilita Bill retomar sua forma natural (que havia se perdido após diversos experimentos em seu planeta natal). Desde então, Thor não pôde mais se transformar em seu alter-ego.
The Surtur Saga
Uma das maiores conquistas do período de Walt Simonson como roteirista de O Poderoso Thor é A Saga de Surtur. Durante um ano e meio (1984-1985) acompanhamos Thor e Odin em sua saga para impedir os planos de Surtur de destruir os 9 reinos. Este épico contém diversos momentos emocionantes e icônicos. O que explica um pouco a frustração de muitos fãs com os primeiros filmes de Thor feitos pela Marvel. Temos Thor lutando heroicamente costas com costas com seu aliado Roger Willis na ponte do Brooklyn contra incontáveis hordas demoníacas e um painel épico de Thor, Odin e Loki em sua última investida contra o gigante de fogo Surtur. Estas histórias são marcadas por referências à mitologia nórdica e um elemento fantasioso comum dos anos 80 nos quadrinhos.
E você? Consegue lembrar de alguma história do Deus do Trovão que deveria figurar na lista? Deixe sua sugestão nos comentários abaixo!
Lista | 10 Quadrinhos desconhecidos que merecem adaptação para as Telas
O ano 2017 realmente foi um bom ano para adaptações de quadrinhos. Com boa recepção para quatro dos seis filmes de heróis a serem lançados este ano e diversas séries de televisão (Inumanos, Defensores, Punho de Aço, Preacher, Justiceiro) no olho do público, este deve ser um dos melhores anos para adaptações do gênero.
No entanto, ainda existem muitos bons quadrinhos com muito material promissor que deveriam receber um bom tratamento e uma boa interpretação para as telas. Atômica e Valerian são exemplos recentes de quadrinhos offstream que foram adaptados para as telonas, mas há muito mais o que explorar! Pensando nisso, o Bastidores reuniu aqui uma lista com dez HQs que merecem uma adaptação. Confira!
1 – Chrononauts
Chrononauts, escrito por Mark Millar, é uma minissérie que durou quatro edições em um arco fechado. Com uma história de viagem no tempo, bom humor e ideias novas dentro deste tema que já foi tão explorado no cinema fazem deste quadrinho um candidato gigantesco a um futuro blockbuster de sucesso nos cinemas.
2 – Y: O Último Homem
A série que durou 60 edições e foi escrita por Brian K. Vaughan acabou em Julho de 2008. No entanto, os temas que apresentou durante o tempo em que foi publicada ainda são extremamente relevantes para os dias atuais. Trazendo reflexões interessantes sobre como seria um mundo sem homens, acompanhamos a jornada de Yorick Brown e seu macaco de estimação, os dois únicos sobreviventes do sexo masculino após um misterioso evento que destrói todos os mamíferos com o cromossomo Y. Já existem conversas para adaptar de alguma forma o famoso quadrinho, mas por enquanto ainda não há nada confirmado oficialmente.
3 – Nemesis
Em outro quadrinho de Mark Millar, Nemesis, o autor imagina um personagem que mistura “a loucura de Coringa com os recursos de Bruce Wayne”. Na história, Nemesis é um super vilão que vai de cidade em cidade e desafia o chefe de polícia local através de atentados, enigmas e ataques. Somente um pode sair vivo ao fim. Também uma história curta, a ação e um roteiro interessante seriam uma ótima pedida para Hollywood.
4 – Six-Gun Gorilla
Six-Gun Gorilla foi um personagem criado em 1939 que saiu do foco dos quadrinhos e seu autor é desconhecido. Sendo domínio público nos EUA e na Inglaterra, teve uma nova série em 2013 publicada pela editora Boom! e roteirizada por Simon Spurrier. A história se passa no século 22 em um novo planeta que começa a ser colonizado visto que os recursos naturais da Terra foram exauridos. Neste local que lembra os velhos filmes de faroeste americano, a falta de lei, criminalidade e tiroteios imperam. Um gorila pistoleiro no velho oeste é o maior motivo pelo qual esta HQ merece uma adaptação cinematográfica. Existe algo mais empolgante que isso?
5 – Umbrella Academy
Escrita pelo vocalista de My Chemical Romance, Gerard Way, e desenhada pelo brasileiro Gabriel Bá, este conto extremamente imaginativo conta a história de super heróis crianças adotivas se reunindo após a morte de Sir Reginald Hargreeves, o pai adotivo. O primeiro arco de histórias conquistou prêmio Eisner de melhor arco de histórias fechado/limitado. Houveram conversas de uma adaptação para TV em 2015 mas ficou sem desenvolvimento. Recentemente a adaptação parece ter ganho casa na Netflix, no entanto, considerando a dívida em produções originais e a quantidade de cortes recentes, parece pouco provável que algo aconteça no futuro próximo.
6 – Miracle Man (Marvelman)
Inicialmente chamado de Marvelman, o personagem foi criado em 1954 por Mick Anglo, como um substituto para Capitão Marvel. Marvelman era um jovem repórter chamado Micky Moran que se encontra com um astrofísico que lhe dá seus super-poderes baseados na energia atômica. Para se transformar em Marvelman, ele fala a palavra "Kimota" (foneticamente, o inverso de "atomic", usada no lugar de "Shazam"). No entanto, é quando Alan Moore assume as revistas do personagem em 1983 que as coisas ficam realmente interessantes. Dando um aspecto mais obscuro ao personagem e realizando o que pode ser considerado uma das primeiras “desconstruções” de um herói, Moore criou uma história com grande potencial para o cinema de heróis atual. Caso isso aconteça, torçamos para que seja mais bem recebida que as outras adaptações de Alan Moore.
7 – The Valiant
The Valiant, mais especificamente seu arco de 2014, é um excelente exemplo de quadrinhos que passam despercebidos pela maioria dos leitores que costumam ir para Marvel ou DC Comics quando pensam em comprar histórias de super-heróis. Neste arco em específico, o grupo de heróis da editora Valiant precisa se unir para enfrentar um monstro que se transforma no medo de seus inimigos. Com apenas quatro edições, a história de Jeff Lemire, veterano da Marvel, mostra novidades e reviravoltas que muitas vezes não teriam espaço para acontecer em editoras de peso. É uma refrescante história, cheia de personagens interessantes e novidades para o gênero.
8 – Sandman
Ok, Sandman não é o quadrinho mais desconhecido do mundo. Mas podemos concordar que do público geral, poucos são os que conhecem o personagem criado por Neil Gaiman nos anos 90 que até hoje influencia o mundo das graphic-novels. Com elementos fantásticos, horror, violência e tratando de temas extremamente tabu para a época em que foi lançada, a história de Sandman continua sendo, para muitos, uma das melhores já contadas em seu meio. Recentemente houveram conversas de uma adaptação live action produzida por Joseph Gordon-Levitt. No entanto, após comentar sobre divergências criativas, o produtor e ator deixou seu envolvimento com a produção.
9 – 100 Balas
Escrita por Brian Azzarello, veterano da DC Comics, a história lida com diversas pequenas histórias e um personagem central, o Agente Graves. A ideia destas histórias é mostrar pessoas dispostas a agir em nome de um desejo violento de vingança caso as mesmas tivessem os meios, oportunidade e uma chance razoável de sucesso. O agente Graves é quem costumeiramente apresenta a opção: 100 balas impossíveis de rastrear e como executar a vingança, sempre com reviravoltas e personagens interessantes embalados com um estilo noir. Assim como outros exemplos desta lista, existem conversas para transformar em série de TV devido ao seu formato episódico. No entanto, ainda não há confirmações ou nada em produção.
10 – Gavião Arqueiro por Matt Fraction
O Gavião Arqueiro está longe de ser desconhecido do público em geral. No entanto, seu arco de histórias escrito por Matt Fraction que durou por 22 edições e ganhou prêmios Eisner por capas (2013, 2014 e 2016) e por edição única (2014 – Hawkeye #11 – “Pizza is My Business”), escapa um pouco da atenção deste mesmo público. Neste arco vemos Clint Barton como uma pessoa normal, diferente do Vingador que vemos nos filmes e nas histórias da equipe. Vivendo como uma pessoa do povo e enfrentando um gângster que pretende comprar o condomínio em que ele vive com outras pessoas que não teriam condições de achar outro lugar. A história tem estofo suficiente para uma experiência cinemática eletrizante. Infelizmente, considerando os planos da Marvel Studios para os próximos anos, é pouco provável que veremos esta história fielmente reproduzida nas telas grandes.
E você? Conhece algum quadrinho que merece uma adaptação? Deixe seu comentário!
Artigo | Um Guia Rápido para McGregor vs Mayweather
Se existe um assunto que têm tomado conversas de grupos de Whatsapp, mesas de bar, cantinas de faculdade e bebedouros de escritório nos últimos meses, esse assunto é a luta de Floyd Mayweather e Connor McGregor. Seja você um leigo no assunto que sabe somente que Anderson Silva um dia foi campeão invicto, seja você um aficionado por Game of Thrones que não consegue parar de pensar na season finale da sétima temporada agora no domingo, já passou os olhos sobre essa luta no Facebook ou teve seus ouvidos atiçados pela seguinte discussão: “E aí, Mayweather ou McGregor?”
E é uma discussão que geralmente pende para duas linhas argumentativas; a vitória de McGregor e sua jovialidade, ou a vitória de Mayweather com sua experiência como boxeador.
Mas afinal, o que é essa luta e quem são esses lutadores? Porque o hype em cima deste combate? Confira nosso artigo abaixo para ter uma ideia do que está para acontecer sábado à noite (26), a partir das 22h no horário de Brasília.
Jovialidade
Connor McGregor têm 29 anos e é natural de Dublin, Irlanda. Sua fama foi feita como lutador de artes marciais mistas no UFC (Ultimate Fighting Championship). Em sua carreira, acumulou 21 vitórias e três derrotas. Das 21 vitórias acumuladas, 18 delas foram por nocaute. Como boxeador profissional, McGregor ainda não lutou profissionalmente, sendo que sua estreia no boxe será neste sábado, enfrentando Mayweather. Connor era um encanador antes de entrar para lutas. Os brasileiros que acompanham um pouco as lutas de MMA (artes marciais mistas) já o conhecem por ter derrotado José Aldo em impressionantes 13 segundos. Também é o primeiro homem a possuir dois títulos do UFC ao mesmo tempo. Em termos financeiros, McGregor já acumulou 34 milhões de dólares em conquistas durante sua carreira.
Experiência
De outro lado, temos Floyd Mayweather Jr., de Grand Rapids, Michigan. Hoje com 40 anos de idade, Mayweather já está aposentado de sua carreira como boxeador desde 2015. Sua última derrota no ringue foi em 1996 como lutador de boxe amador, sendo que como lutador profissional nunca conheceu derrota. Sua invencibilidade já dura 49 lutas e 26 delas foram por nocaute. Caso ele derrote McGregor, baterá o recorde de mais vitórias seguidas da história do esporte, superando Rocky Marciano, com quem hoje ele está empatado. Os ganhos acumulados de McGregor, mesmo que grandes, são pequenos se comparados com o total de 700 milhões de dólares que Mayweather adquiriu na totalidade de sua carreira. Como um verdadeiro campeão, Floyd é o boxeador mais bem sucedido e mais assistido da história do Boxe.
A Luta
As probabilidades de vitória a favor de Mayweather, de acordo com o SportingBet são maiores que as de vitória de McGregor. Sendo que o retorno na aposta de McGregor como vencedor são de 4 para 1, enquanto as de Mayweather como vencedor ficam em 1.222 para 1. Dizer qual dos dois será o vencedor ainda parece ser uma dificuldade, no entanto. Como lutador de artes marciais mistas, McGregor encontrará muitas limitações ao enfrentar o campeão em um ambiente que lhe é ainda inédito. No entanto, ao enfrentar um campeão de UFC, Mayweather terá que atingir muitos golpes em cheio para chegar ao nocaute, visto que McGregor é um lutador que consegue receber mais socos e golpes que seu oponente. A diferença de idade de aproximadamente 11 anos também é um diferencial a favor de Connor, que luta contra Floyd no primor de sua juventude e forma. Mayweather, com a experiencia dos ringues ao seu lado e 49 vitórias acumuladas encontra Connor depois de 2 anos aposentado e já com 40 anos, longe de seu primor físico. São diversas informações a respeito dos dois que tornam a luta extremamente promissora. E lucrativa.
Dinheiro, Dinheiro e Dinheiro
O vencedor da luta deve ser recompensado com exorbitantes 240 milhões de dólares. Para ter uma noção dos valores despendidos para a luta, o cinto que o campeão receberá é feito de couro de jacaré e cravado com 3,360 diamantes, 600 pedras de safira, 300 esmeraldas e 1,5 kg de ouro maciço de 24 quilates. Boxe e UFC ambos são esportes que atraem muito dinheiro de diversos tipos de patrocinadores e os ingressos para lutas deste tipo costumam ser caríssimos. Ao misturar os dois trazendo um campeão de cada estilo, os valores sobem a escalas astronômicas. Os ingressos para cadeiras variam entre 10 mil dólares para cadeiras ao lado do ringue e 500 dólares para os assentos “baratos”. Mas caso você decida participar deste evento, se sentará ao lado de muitos artistas e personalidades famosas, como Charlize Theron, Elon Musk‚ Angelina Jolie‚ Mark Wahlberg‚ Drake‚ Denzel Washington‚ LL Cool J e outras celebridades de acordo com TMZ Sports.
E você, quem você acha que será o vencedor desta luta histórica? Deixe sua opinião abaixo nos comentário!
Conheça o Aranhaverso!
Aranhaverso é o nome dado a um mega evento recente que envolveu primariamente os quadrinhos do Homem-Aranha, mas que originou várias histórias secundárias em quadrinhos relacionados ao universo do aracnídeo, como o Homem-Aranha Ultimate (Miles Morales), Mulher-Aranha dentre outros. Neste artigo, vamos falar um pouco sobre a saga, seus personagens envolvidos e principais consequências para as histórias do Homem-Aranha.
A Saga
Há aproximadamente quinze anos, é revelado ao leitor que o Homem-Aranha é um “totem”, uma ponte entre o reino humano e o reino animal. Durante gerações, o totem aranha sempre teve alguma personificação. A de nossa geração seria Peter Parker. No entanto, no passado, haviam outros. Um deles, o misterioso Ezekiel Sims, encontra Peter para lhe avisar de um grande mal: Morlun. Morlun é um vampiro interdimensional que se alimenta da força vital desses tótems. Morlun caçou Ezekiel no passado, mas fracassou. Ezekiel, por sua vez, decidiu estudar o vampiro e alertar as próximas gerações do mal que lhes sobreviria. O vampiro finalmente encontra Peter Parker e é derrotado após diversos conflitos e embates, tendo seu corpo totalmente desintegrado.
Vários anos depois, porém, Morlun ressurge, juntamente com sua família de vampiros. Juntos, decidem iniciar a Grande Caçada que eliminará todos os Homens-Aranha que já existiram em toda a realidade. Um de seus membros, Karn, o Tecelão Mestre, lhes permite trafegar livremente pelos infinitos universos.
Os Homens-Aranha
Basicamente todos os personagens do universo Marvel que estejam relacionado de alguma forma com o Aranha dão as caras, com exceção (por decisão editorial) dos famosos Venom e Carnificina. Diversos outros Homens-Aranha também são criados, expondo toda a criatividade dos roteiristas. Confira abaixo os principais:
Spider-Gwen
Apresentando uma origem nova para um personagem querido, dessa vez quem foi mordido pela aranha radioativa não foi Peter Parker, mas sim Gwen Stacy. E nesse universo é Gwen quem perde Peter e aprende mais sobre poderes e responsabilidade. Seu personagem teve sucesso com o público e adquiriu popularidade para uma revista solo.
Porco Aranha
Este personagem teve certa relevância na trama de Aranhaverso, geralmente como alívio cômico. No universo de onde ele veio, o mundo é habitado por animais inteligentes. O Porco-Aranha continuou aparecendo nos quadrinhos de uma equipe composta por homens-aranha do Multiverso.
Kaine
Este é o primeiro clone feito a partir do DNA de Peter Parker, durante a saga do clone. Kaine adquiriu do público a popularidade que a saga que o gerou não conseguiu atingir. Sua presença durante Aranhaverso é importante e sua forma de lidar com os Herdeiros acaba indo de encontro com a forma de Peter Parker, gerando certos conflitos durante a saga.
Ben Reilly
Ben Reilly, ainda outro clone do Peter Parker que inclusive assumiu seu posto de Homem-Aranha durante a saga do clone, também adquiriu popularidade com os leitores. Seu reencontro com Peter Parker após tantos anos é, no mínimo, emocionante.
Silk
Silk (Cindy Moon) foi mordida pela mesma aranha radioativa que mordeu Peter Parker e lhe conferiu os mesmos poderes do Homem-Aranha. Ela tomou parte na luta contra o vampiro Morlun, também entrando em conflito com Peter pela sua forma de lidar com os vilões. Depois da batalha com Morlun, Silk foi em busca de seus pais e de seu irmão.
Homem-Aranha Noir
Este personagem foi criado junto a um line-up da Marvel de readaptar vários personagens seus com o estilo noir; tons escuros, histórias mais sombrias e a costumeira narração em off. O Homem-Aranha Noir ganhou uma versão para games em Spiderman: Shattered Dimensions e também teve sua importância durante os eventos de Aranhaverso.
Superior Homem-Aranha
Talvez o mais emblemático de todos, o Superior Homem-Aranha nada mais é que Otto Octavius, o famoso vilão Dr. Octopus, com controle sobre o corpo de Peter Parker. No arco de histórias onde Otto assume o corpo de Peter, em dado momento ele entra em um buraco dimensional, sem grandes explicações. É somente ao fim do arco e algumas edições mais tarde, que descobrimos que os eventos de Aranhaverso foram responsáveis pelo deslocamento temporal. No corpo de Peter, Otto continua agindo de forma vilanesca, mesmo que busque a proteção dos Homens-Aranha do Multiverso.
Existem ainda diversos outros que são apresentados e têm tempo para pelo menos alguma piada clássica do aracnídeo. Confira abaixo o lindo vídeo produzido pela DKNG e Mondo que contém grande parte dos personagens mostrados e o pôster da Mondo:
https://vimeo.com/209613646
O pôster inspirado nos eventos também impressiona:
Os Herdeiros
Os Herdeiros são a família de vampiros que, juntamente com o Tecelão Mestre, caçam os Homens-Aranha do Multiverso. São eles Bora, Brix, Daarroh, Daemos, Jennix, Karn, Malos, Morlun, Mortia, Naamurah, Solus, Thanis, Verna e a matriarca sem nome.
Todos eles têm seu espaço dentro da história, como ferozes e violentos oponentes e respeitando uma interessante relação familiar. Diversos homens-aranha morrem nas mãos destes vilões, lhes dando peso e certo temor durante a história. De todos os citados, os que ganham maior destaque ao longo da história são Morlun, Karn (O Tecelão Mestre), Daemos e Verna.
Consequências
As consequências de Aranhaverso não foram grandes. Logo após o fim de seu evento, o crossover Guerras Secretas de 2015 (confira nossa crítica aqui) fez uma espécie de reconstrução da linha editorial, removendo o selo Ultimate. Uma das maiores diferenças é que agora Miles Morales, o Homem Aranha do universo Ultimate pertence ao mesmo planeta que o resto dos heróis, inclusive Peter Parker.
Peter age como um tutor para Miles Morales, que passa a ser o Homem Aranha, enquanto Peter foca em seus novos empreendimentos.
Alguns quadrinhos foram iniciados com vários personagens que fomos apresentados durante Aranhaverso, como Spider-Gwen, Silk, Aranhaverso e No Limite do Aranhaverso. Em todas elas acompanhamos o desenvolvimento destes personagens após os eventos da saga.
Recepção
Mesmo com uma história repetitiva e em diversos momentos fraca, Aranhaverso ganhou grande parte dos fãs com seu fan-service constante, humor em escala cósmica e pelo simples fato de termos a chance de rever algumas versões favoritas do Homem-Aranha interagindo e em ação novamente. É difícil resistir ao apelo que a história em si trás. Existem planos para novas sagas semelhantes e Aranhaverso já tinha recebido uma versão específica para os eventos de Guerras Secretas.
A crítica de modo geral foi mista com a história de Dan Slott mas Aranhaverso garantiu seu espaço ao lado das sagas mais icônicas do herói.
E você, qual seu personagem favorito de Aranhaverso?
Crítica | Transformers: O Último Cavaleiro
O processo de decisão para definir se um filme blockbuster terá ou não sequencia é simples: se ele fez bilheteria suficiente e houve recepção positiva, com certeza. Se houve baixa bilheteria mas alta popularidade, também. Quando o propósito é se tornar franquia, uma produção precisará fracassar fenomenalmente em bilheteria e em crítica. Exemplos recentes deste cenário seriam Caça-Fantasmas de 2016 e Quarteto Fantástico de 2015. A crítica em segundo lugar, porque mesmo com críticas negativas, um filme de bom retorno tem grandes chances de ganhar sequência, como Esquadrão Suicida que já possui sequência e spin-offs planejados.
E é nessa categoria que Transformers se encaixa já há muito tempo. Desde a fraquíssima continuação Transformers: A Vingança dos Derrotados que Michael Bay parece não acertar os ponteiros com a crítica, mas sempre foi capaz de arrebatar um número suficiente de fãs para garantir mais e mais sequências no que se tornou uma das maiores esbórnias do cinema moderno.
Expectativa e Michael Bay
Até o último lançamento, Transformers: A Era da Extinção, qualquer pessoa poderia alegar certo prazer culpado nos filmes. Histórias fracas, sem muito sentido ou brilhantismo, mas com ação interessante e divertida que nos permite suportar as agruras dos outros minutos de filme. Mas esta última entrada promete mudar a forma como seus fãs acompanham esta saga de forma negativa.
Ao fim de Transformers: A Era da Extinção, Optimus Prime se deslocava para encontrar seu criador e prometia chutar muitas bundas intergalácticas. Esperava-se, portanto, um filme mais centrado em Cybertron e com menos foco nos personagens humanos.
Ledo engano, caro leitor. Michael Bay prova mais uma vez que qualquer expectativa colocada nele é frustrada de forma dupla: desaponta por seguir caminhos diferentes e surpreende por conseguir inovar em maneiras de destruir a franquia e, consequentemente, frustrar os fãs.
Mais Robôs e Menos Carisma
Se existia qualquer reclamação com robôs barulhentos, chatos e, por vezes, com conotações sexuais irreverentes e totalmente fora de tom para um filme deste tipo, agora Bay os multiplica por dez. São diversos robôs pequenos ou matraqueadores, pulando de um lado para outro com voz digitalmente alterada que se assemelha mais com Alvin e os Esquilos versão robô do que com um robô propriamente dito. Existem inexplicáveis Mini-Dinobots e outros baixinhos já conhecidos (e odiados) da franquia. É como se Michael Bay descobrisse a fórmula para recriar Jar Jar Binks e a colocou em diversas roupagens diferentes pelo filme.
Falando em robôs, existem milhares deles. Mas não perca tempo em lembrar de nomes ou quaisquer peculiaridades para lhe ajudar com identificação. Será mais fácil saber todas as casas de Westeros e seus respectivos jargões do que lembrar de personagens tão esquecíveis que dão as caras nesta película. Todos os Transformers, com exceção de Optimus Prime e Bumblebee, são amontoados de bagunça, sujeira e peças que, não fossem por movimentos, nem reconheceríamos em meio à poluição visual que as cenas são. O CGI é igualmente fraco, dando a leve impressão que em meio ao processo de produção a equipe simplesmente parou de renderizar e decidiu jogar truco ou futebol.
E pensar que o menor problema do filme são os Transformers...
"Roteiro"
Com um dos roteiros mais previsíveis e furados da franquia até então, somos obrigados a ver novamente (pelo que deve ser a quarta vez seguida) Autobots e Decepticons atrás de um artefato misterioso que envolve alguma lenda antiga (a da vez é a de Merlin e o Rei Arthur) que reconstruirá Cybertron mas destruirá o planeta terra no processo. Parece similar? É porque já vimos esse mesmíssimo plot nas entradas anteriores da franquia. A única coisa que temos diferente dessa vez é a ausência de Optimus Prime por praticamente dois atos do filme para reaparecer “do mal” e voltar ao normal em poucos minutos para a grande batalha final.
De resto, temos tudo que podemos esperar de Michael Bay. Personagens são jogados pra cima e pra baixo em meio a explosões, câmera tremida, personagens exagerando atuação para efeito cômico (sem sucesso), incoerências de roteiro (Optimus leva anos para chegar a Cybertron e Cybertron leva três dias para chegar à Terra). E se você achava que a porção do filme que se passa durante a época do Rei Arthur estaria livre de explosões, você claramente não conhece todo o potencial de Michael Bay.
Elenco Apagado
O elenco não ajuda de forma alguma. Pobre Anthony Hopkins. Em meio ao filme, ao ver sua atuação perante um dos robôs fazendo piadas fora de hora, senti uma certa vergonha que deve ter emanado do ator ao ter que interagir em uma cena tão infantil e tosca. Sua atuação é sempre interessante e provavelmente um dos únicos destaques do filme, mas não adianta. É igual ver Neymar disputando a Copa do Mundo contra um time de Teletubbies; impossível de levar a sério. Mark Wahlberg e Laura Haddock devem ser os indicados ao Framboesa de Ouro como pior casal em tela. Com diálogos vergonhosos, zero química e uma persistente sensação de estranheza, cada vez que a câmera tira o foco de ambos é um alívio.
Outro destaque que é totalmente ofuscado por uma direção com ares de insanidade é a atuação da atriz mirim Isabela Moner. Com pouco tempo de tela e afetada por um roteiro disléxico, surpreende em seus momentos. Infelizmente, sua necessidade de afirmar a cada frase como ela é forte ou como não precisa de ninguém acaba prejudicando a empatia com o espectador e tornando sua personagem unidimensional.
O Pior da Franquia?
Poderia me estender ainda por páginas e páginas de problemas com Transformers: O Último Cavaleiro, mas o maior pecado deste filme, desta vez, foi a ação. Ao espectador que espera ver embates colossais entre os robôs, somente frustração lhe aguarda. Com cenas bagunçadas e com criatividade nula, somos açoitados com aviões do exército explodindo no ar, uma confusa briga de submarinos que finaliza com um jantar romântico, robôs pulando em câmera lenta exibindo toda sua baixa qualidade de computação gráfica e tiros, muitos tiros. Os principais embates de robôs são resolvidos em instantes, se piscar perdeu. E é por isso que eu considero a péssima qualidade de cenas de ação o maior pecado de Transformers 5. Roteiro, atuação, coesão, trilha sonora, fotografia, dentre outros itens, são coisas que qualquer espectador da franquia já sabe que será ruim ou esquecível. Mas quando até a ação do filme está fora dos trilhos e simplesmente insiste em jogar coisas na tela, Transformers se torna um exercício em autopunição e penitência.
Em minha sessão, havia uma criança sentada a poucas cadeiras de mim. Ela pulava, esperneava e falava durante o filme inteiro, com pequenas pausas entre a bagunça pois sua mãe a mandava ficar quieta. Eu percebi então que Transformers se tornou muito parecida com uma criança birrenta. Em troca da atenção do espectador, Michael Bay em O Último Cavaleiro dirige uma balbúrdia descoordenada, com muito barulho, tentativas de piada e batidas de pé. No entanto, diferente de uma criança, seu público não terá medo de abandonar este filme sozinho no cinema, enquanto a jogada franquia de Transformers continuará implorando por atenção até achar uma direção competente.
E a maior surpresa da sessão foi descobrir que a criança ao meu lado me irritava significativamente menos que o filme na tela.
Obs: Filme assistido em sessão aberta ao público nos EUA.
Transformers: O Último Cavaleiro (Transformers: The Last Knight, EUA – 2017)
Direção: Michael Bay
Roteiro: Akiva Goldsman, Art Marcum, Matt Holloway, Ken Nolan
Elenco: Mark Wahlberg, Josh Duhamel, Anthony Hopkins, Laura Haddock, Isabela Moner, Stanley Tucci, John Turturro, Jerrod Carmichael, Santiago Cabrera, Glenn Morshower e Liam Garrigan
Gênero: Ação
Duração: 149 minutos
https://www.youtube.com/watch?v=KQcGdSXvTuE
Panini Comics Solicita Remoção de Scans Ilegais no Brasil
Na tarde desta quinta feira, 4 de Maio, a Panini Comics solicita através de e-mail a remoção de scans ilegais de quadrinhos que ela possui direitos de distribuição no Brasil.
O anúncio foi feito pela página no Facebook da equipe HQ Ultimate, um dos vários sites brasileiros que disponibiliza diversas scans. Junto do anúncio de que todo o conteúdo pertencente à Panini Comics seria removido de seu menu, um excerto do e-mail enviado pela Panini Comics à equipe:
“a remoção integral de todas as scans de quadrinhos da Marvel e DC Comics (incluindo quaisquer selos como a Wildstorm e a Vertigo), que estão sob copyright da Panini Brasil(...)"
Segundo o anúncio, a equipe HQUltimate removeu seus scans disponíveis para demonstrar boa fé e respeito para com a Panini Brasil. Assim como a HQ Ultimate, outros sites que disponibilizam materiais destes selos devem também remover seus conteúdos.
No Brasil o universo de quadrinhos ainda é pequeno. Mesmo com grande distribuição de selos importantes como Marvel Comics e DC Comics, muitos títulos não alcançam o mercado nacional. Existe também um atraso de aproximadamente um ano em comparação com os lançamentos nos Estados Unidos. Ambos os fatores levavam muitos leitores a obter scans de quadrinhos americanos e fazer eles mesmos sua própria tradução, posteriormente liberando em sites para download gratuito.
A equipe do Bastidores de forma alguma suporta este tipo de atividade, mas acredita que existam oportunidades a serem exploradas considerando o público que faz uso das scans. O aplicativo Comixology e o próprio serviço da Marvel para leitura de quadrinhos são opções para quem se sentir órfão de quadrinhos após essa decisão.
Manteremos nossos leitores informados de futuras atualizações referentes a esta história.
Guardiões da Galáxia e o Sucesso Marvel
Aviso: Este texto aborda vários elementos da Marvel Estúdios e da franquia Guardiões da Galáxia, mas não é uma crítica. Para conferir nossa análise individual de cada filme, você pode clicar em Guardiões da Galáxia ou Guardiões da Galáxia Vol 2.
Um Começo Simples
Foi durante a Comic Con de San Diego em 2012 que Kevin Feige anunciou o que seria o filme mais arriscado da Marvel até então. Uma trupe de heróis improváveis e intergalácticos que envolvia, dentre outros personagens, uma raposa armada até os dentes e uma árvore falante, foi recebido com alegria por parte dos fãs e com receio por grande parte do público. Dois anos mais tarde, com sua estréia em agosto de 2014, o sucesso da aposta Guardiões da Galáxia consolidaria a franquia cinemática Marvel de formas inimagináveis até então.
Aposta Arriscada
Falar sobre os riscos envolvendo esta produção é tarefa fácil. Uma equipe de heróis pouco conhecida aos leitores de quadrinhos e menos conhecida ainda com o público em geral seria uma ideia difícil de se vender a qualquer estúdio. À eles não havia qualquer tipo de reconhecimento público que havia para Homem Aranha ou Super-Homem, por exemplo. Tampouco era um título extremamente popular na editora Marvel. Muitos analistas e palpiteiros de plantão (categoria esta a qual me incluo) ponderaram ser este o primeiro fracasso Marvel, desde o lançamento de seu universo cinemático com Homem de Ferro em 2008. Aliando estes elementos com um diretor de filmografia pouco conhecida, James Gunn, e atores para viver os papéis não muito convencionais como o improvável galã Chris Pratt e o lutador de MMA Dave Bautista, o cenário não era muito favorável. Comparando a produção de Guardiões da Galáxia com Esquadrão Suicida, por exemplo, Warner Studios tomou menos riscos ao trazer uma equipe também pouco conhecida do público; atores de nome como Will Smith e Margot Robbie foram escalados para os papéis principais e o diretor David Ayer, que já possuía experiência com filmes de maior orçamento, foi escolhido para dirigir.
No entanto, foi dessa forma que o projeto Guardiões da Galáxia foi tomando forma ao longo dos meses anteriores ao seu lançamento; com um olhar de ansiedade por parte do público e um receio significativo por parte da Disney. O filme que hoje analistas indicam que pode arrebatar mais de um bilhão de dólares em bilheteria em sua segunda entrada, já foi sinônimo de risco a poucos anos atrás.
Sucesso Indiscutível
Hoje, alguns dias após o lançamento do excelente Vol. 2, é indiscutível seu sucesso com o público. Chris Pratt se tornou uma estrela do dia para a noite, sendo protagonista na primeira entrada da franquia Jurassic World e também atuando como protagonista em Passageiros e Sete Homens e um Destino. A frase "Eu sou Groot" têm reconhecimento enorme com o grande público e a marca Guardiões da Galáxia hoje vende brinquedos infantis, jogos e possui até série animada. Seu lançamento em Agosto de 2014 angariou críticas extremamente positivas com 91% de aprovação no site agregador de críticas Rotten Tomatoes e um impressionante total de 770 milhões de dólares em bilheteria mundial (dados de Box Office Mojo). Como comparativo, um ano antes deste lançamento, O Homem de Aço, filme do Super-Homem, conquistou 100 milhões de dólares a menos. O sucesso desta equipe até então desconhecida frente o herói mais popular do planeta fez muitos estúdios se debruçarem sobre o fenômeno.
Consolidação Marvel
Estes dados acabaram por comprovar o sucesso não só da produção cinematográfica, como também da marca Marvel. Após algumas semanas em cartaz, começaram a surgir os comentários de que a Marvel poderia transformar qualquer quadrinho em sucesso de bilheteria. "Marvel não pode falhar" era a frase sendo dita em diversos veículos de comunicação após a grata surpresa que 2014 foi. Depois de dois filmes lançados em 2013 que devem figurar o Top 3 de piores filmes de seu universo, foi em 2014 que a Marvel provou que existia sucesso fora do núcleo Vingadores e Robert Downey Jr. Dois meses após o sucesso do filme, a Marvel, através de seu diretor executivo Kevin Feige, apresentou toda a agenda de filmes a serem lançados até 2019. Não haviam mais limites nas possibilidades do UCM (Universo Cinemático Marvel) e diversos personagens pouco conhecidos começaram a ser cotados e estudados para terem seus filmes. 2015 veria o lançamento de Homem Formiga e 2016, Dr. Estranho, que trilharam caminho semelhante ao de Guardiões da Galáxia.
Mas e Vingadores?
Alguém poderia argumentar que não, não foi o sucesso do arriscado Guardiões da Galáxia quem consolidou a franquia Marvel no cinema. Quem fez isso foram os 1,5 bilhões arrecadados em bilheteria por Vingadores. E esta linha de pensamento não está errada. Até seu lançamento, os personagens de Capitão América, Thor, Hulk, Viúva Negra e Gavião Arqueiro gozavam de pouco reconhecimento público e este filme também foi um grande risco para a Marvel, com condições similares a de Guardiões da Galáxia. E sim, Vingadores foi a prova de que um universo cinemático coeso e promissor pode trazer grandes recompensas. No entanto, tão importante quanto ganhar a batalha pela simpatia do público (e seu rico dinheiro) é saber manter a vitória e a posição com a audiência. Vingadores trouxe Marvel à popularidade, mas foi Guardiões da Galáxia quem mostrou seu poder de resiliência e renovação.
Existe Vida lá Fora
O sucesso do arriscado Guardiões da Galáxia consolidou a Marvel no cinema e pode ser o que a manterá por muito tempo. Considerando que vários contratos dos atores que entraram na Marvel na fase 1 (Robert Downey Jr, Chris Evans, Chris Hemsworth) expiram após Vingadores 3 e 4, a Marvel mostra que pode continuar expandindo sua franquia no terreno fértil do espaço. Com planos de um terceiro filme e uma ampla gama de possibilidades apresentadas em Guardiões da Galáxia Vol. 2, é muito provável que tenhamos mais aventuras e incríveis personagens sendo trazidos ao plano de frente do UCM. E é isso que a Marvel precisa preparar, um universo rentável e popular pós-Vingadores. Filmes que possam superar a barreira do bilhão sem necessitar da presença de seu ator mais querido do público: Robert Downey Jr.
Certamente, é um vasto universo a ser explorado. Nós, como fãs, não podíamos estar mais ansiosos.
5 Personagens que já fizeram parte dos Guardiões da Galáxia
Caso você não esteja vivendo debaixo de uma rocha pelos últimos anos, você com certeza já conhece a equipe da Marvel mais recente a ir para as telas do cinema, os Guardiões da Galáxia.
A imagem de uma árvore gigante que só consegue dizer "Eu sou Groot" e um guaxinim armado até os dentes é uma das primeiras coisas a vir a memória quando falamos dos guardiões. Mas será que você conhece outros personagens que também fizeram parte da equipe ? Veja abaixo a nossa seleção dos personagens mais conhecidos que já guardaram nossa galáxia sob o comando do Senhor das Estrelas.
1 - Kitty Pryde
Mesmo sendo parte dos X-Men, Kitty Pryde teve um relacionamento amoroso com Peter Quill após os eventos de Vingadores vs X-Men. A relação teve início nos quadrinhos escritos por Brian Michael Bendis mas levou algum tempo até que isso se oficializasse. Por muito tempo os dois se conversavam por uma espécie de celular holográfico, sem ter interação pessoal devido à distância. No entanto, um vilão chamado Mr. Knife acabou prendendo Peter Quill, forçando Kitty a roubar um dos Quinjets dos Vingadores e ir para o espaço resgatá-lo. Ela então se tornou parte dos Guardiões da Galáxia e manteve relacionamento com Peter. Infelizmente, como a vida não são só rosas, após os eventos da segunda Guerra Civil entre Tony Stark e Carol Danvers, Kitty decidiu deixar Peter Quill e retornar para os X-Men, sem explicações. Mais pessoas deixaram Peter Quill nesta época, mas isso é uma outra história.
2 - Angela Assassina de Asgard
Essa personagem passa despercebida como membra dos Guardiões. Primeiro porque ela já não é muito conhecida por leitores não familiares com o universo de Thor; segundo porque, mesmo para quem a conhece, é um pouco difícil visualizar porque uma assassina de Asgard estaria junto com heróis que guardam a galáxia. A primeira interação entre a equipe e a Assassina aconteceu quando ela havia sido removida de Asgard e estava em Midgard (Terra). Os Guardiões a atacaram e após interrogatório eles acabaram a ajudando. Essa união ainda duraria por mais tempo, com Angela livre para explorar o universo e encontrando nos Guardiões uma família para pertencer.
3 - Venom
Se era difícil alguém conhecer Angela, Venom é o oposto. Indiscutivelmente um dos vilões mais populares dos quadrinhos, mesmo recebendo uma versão para cinema terrível, Venom volta e meia retorna ao primeiro plano do universo Marvel. Mudando várias vezes de hospedeiro e com cada vez mais detalhes a respeito de sua real origem, ele também já teve seu espaço ao lado dos Guardiões da Galáxia. Seu hospedeiro em questão era Flash Thompson, antigo rival de Peter Parker no colégio, que havia tido parte de seu corpo paralisado. Ao se juntar com Venom, recuperou seus movimentos e foi capaz também de controlar a simbiose, o que lhe permitiu se tornar um herói. Ele se juntou recentemente em uma edição gratuita no Free Comic Book Day de 2014. Mesmo sendo um membro, o Agente Venom normalmente atua sozinho e inclusive teve um arco fechado de histórias solo.
4 - Cosmo
Se você prestou bastante atenção no filme dos Guardiões da Galáxia Vol.1 você com certeza notou este Easter Egg deixado por James Gunn. Cosmo aparece interagindo com o Colecionador na cena pós crédito. Mais que uma simples aparição, Cosmo na verdade já foi um membro oficial dos Guardiões. Em 2009, no lançamento do Volume 2 de histórias da equipe, ele inicia auxiliando a equipe e oficialmente se torna membro mais tarde. Cosmo não é só um mero cachorro em um traje espacial, ele também possui poderes telepáticos e pode se comunicar. O que, convenhamos, não é nada demais para uma equipe que possui uma árvore falante, certo?
5 - Ben Grimm, o Coisa
Sim, o membro mais laranja do Quarteto Fantástico faz parte dos Guardiões da Galáxia em uma das mais recentes formações. Ao fim do evento Guerras Secretas do excelente Jonathan Hickman, a família Richards se aposentou. No entanto, Ben Grimm e Johnny Storm não. Ambos continuaram a vida de herói mas cada um tomou seu caminho. O Tocha Humana se juntou aos Inumanos em um relacionamento amoroso com Medusa e Ben Grimm se juntou aos Guardiões da Galáxia. Foi uma jogada editorial para manter os personagens e os afastar da marca Quarteto Fantástico devido a trepidações no relacionamento Marvel Studios e Fox. Ben Grimm se tornou parte da equipe recentemente, em 2015.
E você? Consegue lembrar de algum personagem Marvel que já fez parte dos Guardiões da Galáxia? Deixe seu comentário!