Chrystian, nome artístico de José Pereira da Silva Neto, faleceu na noite de quarta-feira (19) aos 67 anos. O cantor sertanejo, que começou a carreira artística como Zezinho, deixou uma marca profunda na música brasileira. Com apenas 6 anos, ele já se apresentava no programa Clube do Anhangüera Mirim, comandado por Magda Santos, na TV Anhanguera, em Goiânia.
O talento de Zezinho logo se destacou, e um ano depois ele ganhou seu próprio programa, Pinguinho de Gente. No início da década de 1960, recebeu seu primeiro prêmio: a gravação de um disco em São Paulo. Embora o disco nunca tenha sido produzido, ele conseguiu gravar um “compacto simples” com as faixas Trenzinho Triste e Garotinho Mau, marcando o início de sua jornada musical.
Reconhecendo que Goiânia oferecia poucas oportunidades para a carreira artística, a família de Chrystian mudou-se para São Paulo. No bairro do Brás e depois na Vila Gustavo, enfrentaram dificuldades enquanto buscavam oportunidades na TV Bandeirantes. Nos anos 1970, ele adotou o nome artístico Chrystian, uma estratégia das gravadoras para tornar os artistas mais atraentes no mercado fonográfico, dominado por canções em inglês.
A carreira de Chrystian

Durante essa época, Chrystian conheceu Fábio Jr., que também estava iniciando sua carreira artística sob o pseudônimo de Mark Davis. “Nos conhecemos quando tínhamos 12 e 15 anos e fazíamos a Miniguarda. Ele, Chrystian; eu, Mark Davis. Cantávamos em inglês e daí pra uma vida toda de carinho e respeito por um dos grandes artistas do nosso Brasil. Um cara divertido e com coração gigante“, relembrou Fábio Jr.
Ao longo dos anos 1970, Chrystian lançou diversos sucessos como Don’t Say Goodbye e You’re So Tender, que integraram trilhas sonoras de novelas populares como Cavalo de Aço (1973) e Duas Vidas (1976). Em 1976, ele lançou o álbum Crystian – Made in USA, solidificando sua presença na música brasileira e norte-americana. A trajetória do famoso artista, desde suas primeiras apresentações em Goiânia até seu sucesso nacional e internacional, reflete sua perseverança e paixão pela música. Seu legado continua a inspirar novas gerações de artistas sertanejos e amantes da música.
R.I.P.
Gostava mais qdo ele cantava em inglès na década de 70.