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Crítica | A Culpa é das Estrelas

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Catálogo, Cinema, Críticas•9 de julho de 2016•5 Minutes

Ao escrever sobre a comédia 50% em 2012, me surpreendi pela capacidade deste em oferecer uma abordagem original e bem-humorada para um tema tão delicado: o câncer. Foi inevitável para mim traçar o paralelo entre o filme dirigido por Jonathan Levine e A Culpa é das Estrelas, adaptação cinematográfica do best seller milionário de John Green, que também aposta em uma visão alternativa para a doença terminal mais letal do planeta; mas se rende ao óbvio show de lágrimas exageradas.

A trama é adaptada por Scott Neustadter e Michael H. Weber (responsáveis pelos ótimos (500) Dias com Ela e The Spectacular Now), e se concentra na jovem Hazel Grace (Shailene Woodley), diagnosticada aos 13 anos com um tumor letal em seu pulmão. Em uma das reuniões de um grupo de apoio a doenças terminais, Hazel conhece o galanteador Augustus Waters (Ansel Egort), jovem que teve uma de suas pernas amputadas para vencer o câncer, e logo inicia um arriscado romance com este.

“Gus, eu sou uma granada”, alerta Hazel Grace em determinado momento da história. É um lembrete de que, em meio às fofuras açucaradas experienciadas pelos protagonistas durante boa parte da trama, existe um perigo real em A Culpa é das Estrelas. É certamente o aspecto mais chamativo da história (tanto aqui quanto no livro de Green, que li e gostei), traduzido com habilidade pelo roteiro acertado de Neustadter e Weber: os fãs não têm o que reclamar, todos os eventos centrais são transpostos fielmente, linhas de diálogos foram praticamente duplicadas e o espírito/humor de seus personagens está no lugar.

Todas as metáforas funcionam muitíssimo bem (como o cigarro de Gus e o livro fictício lido por Hazel), sendo um bônus contar com a talentosa Shailene Woodley para dar vida a uma personagem feminina forte e determinada e também com Ansel Egort, que se mostra mais do que um mero rosto bonitinho ao fazer de seu Augustus um jovem otimista e divertido. Vale mencionar também a presença de Willem DaFoe, que consegue fazer do autor fictício Peter Van Houten uma figura complexa e multifacetada, agradando pela surpresa de sua revelação (e a designer de produção Molly Hughes é inteligente ao deixar inúmeras cartas de fãs espalhadas pelo chão da casa do autor).

É ao diretor novato Josh Boone (cujo único projeto anterior fora Ligados pelo Amor) que devo apontar os dedos. Mesmo com bom material em mãos, Boone mostra-se determinado a arrancar lágrimas do público das formas mais brutais possíveis: da mesma forma como um jump scaresurge como recurso barato no terror, o uso de trilha sonora forçada (no caso, mais canções teen com gemidos angelicais) e a palhaçada que Boone e seu diretor de fotografia pouco imaginativo fazem com os desfoques das lentes nas cenas mais pesadas (o tempo todo!) são alguns fatores que transformam A Culpa é das Estrelas em uma obra mais melodramática do que o necessário – falta um pouco de sutileza, menos exagero. E entendo que a direção do filme vise se concentrar no elenco (o que justifica a razão de aspecto de 1:85:1, sem as “barrinhas” na tela), mas é visualmente tão pobre que soa mais como uma transcrição do livro do que como cinema em si – ainda que aqui e ali Boone consiga agradar com planos bonitos, como aquele em que sua câmera revela a perna amputada de Augustus em meio às de Hazel.

No fim, A Culpa é das Estrelas agrada por seu senso de humor inteligente e o elenco, mas peca quando seu diretor opta por transformar a experiência em uma orquestra sinfônica de lágrimas e fungadas de nariz, um caminho óbvio e que deixa a desejar diante de seu lado mais humorístico. Bom, mas poderia ser muito mais.

A Culpa é das Estrelas (The Fault in Our Stars – EUA, 2014)
Direção: Josh Boone
Roteiro: Scott Neustadter, Michael H. Weber (baseado no livro de John Green)
Elenco: Shailene Woodley, Ansel Elgort, Nat Wolff, Laura Dern, Sam Trammell, Willem Dafoe, Lotte Verbeek, Ana Dela Cruz, David Whalen, Milica Govich.
Duração: 125 min.

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