logo
  • Início
  • Notícias
    • Viral
    • Cinema
    • Séries
    • Games
    • Quadrinhos
    • Famosos
    • Livros
    • Tecnologia
  • Críticas
    • Cinema
    • Games
    • TV
    • Quadrinhos
    • Livros
  • Artigos
  • Listas
  • Colunas
  • Search

Crítica | Frankenstein (1931)

Ayrton Magalhães Ayrton Magalhães
In Catálogo, Cinema, Críticas•5 de junho de 2017•6 Minutes

Sempre que se fala em Frankenstein, a primeira coisa que vem à cabeça das pessoas é a imagem do monstro de pele esverdeada com pregos no pescoço e criado por um cientista louco. Essa imagem se deve a este filme aqui, Frankenstein, de 1931, pois o monstro idealizado no livro homônimo de Mary Shelly é totalmente diferente. O visual que deram a ele no cinema foi tão marcante que, hoje em dia, praticamente, qualquer representação do personagem é inspirado no filme, enquanto a do livro é totalmente desconhecida. Não que o livro seja ruim, muito pelo contrário, mas não estamos falando dele e sim do longa de 1931, que entregou ao Mundo e ao Cinema um terrível monstro fictício, marcando a vida de muitas pessoas.

O filme trata da ambição de um homem, Dr. Henry Frankenstein (Colin Clive), que deseja se colocar no mesmo patamar de Deus. Com isso ele tem a horrenda ideia de criar vida a partir de restos de cadáveres e do poder dos raios da chuva. No entanto, para o espanto de todos, o corpo que ele construiu realmente vira um ser animado, porém, ele age totalmente pelo instinto e por um pouco da inteligência que aparenta ter.

Tem uma cena aqui que merece extrema atenção: estou falando do momento em que o monstro se encontra com uma garotinha perto de um lago. Ela o acalma e tenta se comunicar com ele, e este aparenta gostar da companhia dela, porém, alguns segundos depois, ele a joga no lago pensando que ela iria flutuar sobre a água como as pétalas de uma flor, mas ela morre afogada. É muito interessante que eles tenham optado por mostrar a morte de uma criança como o pivô para a caça ao monstro. Isso é extremamente corajoso. Todavia, isso também mostra que a criatura pode ter assassinado as outras pessoas inocentemente, pois, no caso da garota, ele nunca teve a intenção de machucá-la, mas, por causa da falta de intelecto, ele acaba matando-a. Isso nos deixa com uma certa pena dele, pois, no fim das contas, ele não queria fazer mal algum.

A obra é marcada pela forte influência do Expressionismo alemão, que pode ser notada, por exemplo, na cena de abertura, onde são mostradas imagens distorcidas de variados objetos de teor sinistro, e na cena em que o Dr. Frankenstein rouba os cadáveres do cemitério. O uso dela aqui foi muito bem-vinda, pois assim se conferiu um clima mais sinistro e sobrenatural ao filme.

Como já havia mencionado na introdução e volto a mencionar aqui, o filme sofre diversas alterações em relação ao livro homônimo escrito por Mary Shelly, como a aparência do monstro, o nome do Dr. Frankenstein, vários personagens ausentes e outros criados exclusivamente para o filme, a localidade dos eventos e por aí vai. Porém, nada disso é um desmérito, pois, apesar das alterações, toda a motivação do Dr. Frankenstein é a mesma, e tudo que o filme apresenta de novo é, no mínimo, deleitável.

O monstro de Frankenstein é interpretado por Boris Karloff, que consegue fazer um inigualável trabalho de atuação. Toda a movimentação desengonçada do monstro, as suas expressões, os seus gemidos, é tudo muito convincente, chegando a dar medo. A maquiagem ficou a cargo de Jack Pierce, que, obviamente, fez um esplêndido trabalho na caracterização do monstro. Colin Clive interpreta o Dr. Henry Frankenstein, o cientista que deu vida à horrenda abominação que aterroriza o filme. Logo de início podemos notar que ele não é alguém que está com o juízo perfeito, desde os seus olhos esbugalhados até a sua estranha entonação de voz, que tornou clássica a frase “It’s alive!“

A trilha sonora é praticamente inexistente, o que acaba atrapalhando o filme. Muitas cenas ficam sem emoção, salvo apenas algumas em que a mixagem realmente bastou para criar o clima certo, mas, em outras, como na cena onde o monstro aparece pela primeira vez com vida, é bem sentida a falta da trilha sonora.

No fim, Frankenstein é um filme extremamente marcante e corajoso. Famoso pelas excelentes atuações de Colin Clive e Boris Karloff, e por todo cuidado no trabalho dos cenários e da maquiagem, além dos excelentes enquadramentos proporcionados pelo talentoso diretor James Whale.

Frankenstein (Frankenstein, EUA – 1931)

Direção: James Whale
Roteiro: Garrett Fort, Francis Edward Faragoh
Elenco: Boris Karloff, Colin Clive, Dwight Frye, Mae Clarke, Edward Van Sloan
Gênero: Terror 
Duração: 71 min 

Mostrar menosContinuar lendo

Ayrton Magalhães

"Todas essas lembranças se apagarão com o tempo, como lágrimas na chuva"

Citação de um dos meus filmes favoritos de todos os tempos, Blade Runner - O Caçador de Androides.

Mais posts deste autor
2 Comments
Anônimo
25 de abril de 2021

O clássico dos clássicos.

Anônimo
25 de abril de 2021

Um clássico atemporal.

Add comment

  • Prev
  • Next
Posts Relacionados
Famosos
Maíra Cardi fecha parque e 'leva Jesus' para festa de 7 anos da filha Sophia

Maíra Cardi fecha parque e ‘leva Jesus’ para festa de 7 anos da filha Sophia

Maíra Cardi celebrou os 7 anos da filha Sophia com uma festa luxuosa em um…


by Matheus Fragata

Listas
5 Documentários imperdíveis e altamente aclamados para ver na Netflix

5 Documentários imperdíveis e altamente aclamados para ver na Netflix


by Patrícia Tiveron

Listas
5 Filmes imperdíveis e aclamados para ver agora na HBO Max

5 Filmes imperdíveis e aclamados para ver agora na HBO Max


by Patrícia Tiveron

© 2025 Bastidores. All rights reserved
Bastidores
Política de cookies
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. O consentimento para essas tecnologias nos permitirá processar dados como comportamento de navegação ou IDs exclusivos neste site. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.
Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver preferências
{title} {title} {title}