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Crítica | Godzilla vs Kong - Um blockbuster genuíno

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•8 de junho de 2021•6 Minutes

O que queremos quando vemos um filme com versus em seu título? E faço essa indagação referindo-me exclusivamente a longas cuja proposta é colocar dois personagens pré-estabelecidos na cultura pop para lutar um com o outro – perdão, Kramer vs Kramer. Compreendo perfeitamente que alguns possam desejar uma abordagem mais soturna e complexa como a de Zack Snyder Batman vs Superman: A Origem da Justiça, mas eu pessoalmente estou mais interessado nas bobagens escapistas de Freddy vs Jason ou Alien vs Predador.

Felizmente, o que o apropriadamente entitulado Godzilla vs Kong promove é mais um exemplo do último caso, garantindo um prato cheio de diversão despretensiosa e um verdadeiro espetáculo visual.

Seguindo os eventos que construíram o chamado “Monsterverse” da Legendary com a Warner Bros, a trama envolve um grupo de cientistas da Monarca correndo para levar o aprisionado Kong a uma passagem que lhe dará acesso ao centro da Terra, a fim de comprovar a existência de uma Terra Oca. Ao mesmo tempo, o gigante Godzilla está misteriosamente atacando cidades e instalações da empresa, o que o colocará em um conflito direto com o macaco gigante Kong.

Eu até poderia passar mais tempo falando sobre as entrelinhas narrativas, mas… É realmente isso o que importa em um filme chamado Godzilla vs Kong? O fator humano sempre foi o elo mais fraco dessa nova franquia de monstros, tendo atrapalhado o motor de obras como Godzilla e sua pavorosa continuação, O Rei dos Monstros, ao apostar em conflitos dramáticos nada convincentes e desperdiçar grandes nomes da indústria em papéis rasos e desinteressantes. Os verdadeiros astros dessa franquia são os monstros, e o roteiro de Eric Pearson e Max Borenstein é sensato em reconhecer isso, apresentando linhas de história que são extremamente básicas e dignas de um filme de monstro da década de 50; são meros subterfúgios para levar os dois titãs ao embate, então esqueça aquele drama xarope do filme de 2014 que tentava apostar em daddy issues entre Bryan Cranston e Aaron Taylor Johnson.

O que temos aqui são apresentadores de podcasts conspiracionistas (um carismático Brian Tyree Henry), pré-adolescentes que não têm dificuldade em cruzar continentes inteiros em uma van (Millie Bobby Brown e Julian Dennison) , uma tecnologia de transportes que pode rivalizar com de Star Wars (representada pelos personagens de Alexander Skarsgard e Rebecca Hall) e um grupo de empresários malvados que literalmente desenvolvem uma forma de controlar criaturas gigantescas mentalmente (e a fonte dessa habilidade é a suspensão de descrença definitiva). Tenho perfeita ciência de que os créditos de roteiro trazem nomes de adultos, mas não ficaria nem um pouco surpreso caso esses adultos tenham colocado seus filhos pequenos na frente da máquina de datilografar. E digo isso como um elogio, por incrível que pareça.

E quando finalmente temos os embates que o título promete? Puro espetáculo. Ultimamente, o cinema blockbuster tem sido extremamente decepcionante na forma como lida com escala e, especialmente, a estética em sua fotografia – basta ver o trabalho chapado e cinzento dos últimos longas dos Vingadores. Não é o caso de Godzilla vs Kong, que conta com um inspirado Adam Wingard gastando milhões de dólares com muito gosto: os embates principais valorizam a escala e o tamanho de seus monstros com planos bem abertos e em full cinemascope, evitando a câmera tremida e o excesso de sombras dessaturadas dos Godzillas anteriores.

Wingard também aposta em muita cor, posicionando os duelos entre os protagonistas em cenários visualmente estimulantes, como o pôr do sol em um oceano ou uma Hong Kong dominada por arranha-céus em neon coloridos. Tudo isso ajuda a tornar o trabalho visual rico, além de valorizar o ótimo resultado dos efeitos digitais das criaturas titulares, que têm uma movimentação orgânica e fluida, onde Wingard e seus animadores claramente se divertem ao criar golpes brutais e danos colaterais estrondosos.

O diretor replica essa estética também quando estamos com nossos personagens humanos, trazendo todos os laboratórios e instalações da Monarca igualmente preenchidos com um neon nada natural, mas que a excelente fotografia de Ben Seresin aproveita para nunca nenhuma cena desinteressante – algo que também se aplica ao excepcional trabalho conceitual e de desenho de produção, especialmente nas cenas envolvendo a Terra Oca. É um atestado para Wingard e todos os seus profissionais muito competentes de que sabem exatamente o tipo de filme que estão fazendo.

Godzilla vs Kong é um exemplar imponente do cinema pipoca feito do jeito certo. Não é um filme que ganha pontos por suas decisões lógicas, mas sim por sua habilidade em reconhecer os elementos do ridículo que precisa abraçar, e pela maestria estética capitaneada por seu diretor. Reconhecendo o tipo de filme que é, a diversão está garantida.

Godzilla vs Kong (EUA, 2021)

Direção: Adam Wingard
Roteiro: Eric Pearson e Max Borenstein
Elenco: Alexander Skarsgard, Millie Bobby Brown, Rebecca Hall, Brian Tyree Henry, Eiza González, Shun Oguri, Julian Dennison, Demián Bichir, Kyle Chandler, Lance Reddick, Kaylee Hottle
Gênero: Aventura
Duração: 113 min

Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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