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Crítica | Internet: O Filme - Péssimo filme com youtubers

Gabriel Danius Gabriel Danius
In Catálogo, Cinema, Críticas•21 de fevereiro de 2017•7 Minutes

Não há dúvida de que o youtube é uma plataforma que revolucionou o modo como assistimos vídeos sob demanda pela internet. Assim como facilitou a vida de quem cria conteúdo para essa plataforma. Esse mudo paralelo ao da televisão em que pessoas comuns contam suas rotinas ou falam bobagens atraem multidões de fãs e levaram muitos para além da web.

E com a ideia de brincar com esse mundo das celebridades digitais que estréia no dia 23 de fevereiro nos cinemas de todo Brasil um filme nacional que pretende mostrar o mundo da internet, mas com ‘personagens’ reais e tenta fazer uma paródia com esse mundo composto de blogueiros e youtubers.

Trata-se de “internet – O Filme” dirigido por Filippo Capuzzi Lapietra e com auxílio do comediante Rafinha Bastos no roteiro e na produção, além de contar no elenco com webcelebridades da internet que somam juntos mais de 57 milhões de seguidores e com mais de 5 bilhões de views (vizualizações) em suas redes. Filippo é pouco conhecido no meio audiovisual. Seus principais trabalhos foram curtas-metragens e uma produção para a tv.

A grande questão que fica ao assistir esse novo longa é se o público que está acostumado a assistir vídeos pela internet de graça vai ao cinema para ver seus ídolos que eles podem assistir sem custo em outra plataforma. Filmes como Eu Fico Loko e É Fada foram fracasso de bilheteria, o de Kéfera ainda foi fracasso de crítica. O primeiro contava uma ficção adaptada para o cinema e trazia no papel principal a youtuber e o outro também baseado em livro contava a história de Christian durante o colégio.

Em “Internet” são apresentadas várias histórias curtas de youtubers pops como a de Cocielo, Igor e Teddy que fazem uma aposta para ficar com uma garota, a da garota que fica famosa por ser sincera, do casal que fica famoso por dar um beijo e ir parar na rede social de um youtuber famoso e claro a história do fã que é fanático pelo personagem interpretado por Rafinha Bastos.

São tantas histórias paralelas que não há um foco claro. Cada uma se desenrola e finaliza tudo no final do filme, mas poderiam muito bem ter se juntado. Ficou tão corrido que algumas tiveram um final fraco ou superficial. Havia muitas formas de ter feito esse filme. Ou separando por capítulos como Tarantino faz ou como ‘Clash – No Limite’ fez: várias histórias contadas com personagens diferentes que se conectam ao longo da história e tem suas vidas influenciadas pelas situações que passam. Parece que eles quiseram fazer um filme com cara de internet mesmo. Sem foco, tudo muito simples e sem apresentar nada de novo e original.

Talvez a melhor trama apresentada e que mostra bem a futilidade que se tornou esse mundo das webcelebridades é a do cão que ficou famoso por ter sua rotina apresentada em um canal e que está há alguns dias sem gravar por estar triste. O diretor Filippo perdeu uma grande chance de se aprofundar nessa discussão, esse tema poderia ser o mote central de todo o filme.

Com um elenco inchado chega uma hora que você percebe que a direção e o roteiro se perderam e tudo começa a ficar caótico e sem explicação. Histórias que começam e param para dar espaço para outras histórias e uma vai atropelando a outra. Um elenco reduzido seria mais fácil de dirigir e poderiam ter dado maior destaque para alguns personagens e suas tramas. Ficou difícil se aprofundar na vida de cada um. São tantas histórias que você se perde facilmente. Eles ficaram presos a esse modelo de tudo muito rápido da internet e deixaram de inovar e de serem originais.

Outro erro foi dar aos personagens papéis que eles fazem já em seus canais. Poderiam criar outros personagens e poderiam colocar youtubers que estão de fora da “panela” e assim a produção sairia ganhando. Cocielo sendo Cocielo não há nada de novo. Eles não usam seus nomes verdadeiros, todos tem nomes adaptados.

O ponto alto são as histórias com os três comediantes mais famosos. Maurício Meirelles, Rafinha Bastos e Paulinho Serra (sempre excelente) e a aparição relâmpago da Palmirinha, eles seguram o filme, tanto que suas histórias são as melhores (Se é que há história melhor). Paulinho Serra merecia um papel que estivesse de acordo com seu talento.

Algumas piadas perdem a graça pela falta de experiência em atuar e de improvisar dos youtubers. Você percebe que eles estão fazendo algo que não estão acostumados, que é trabalhar com cinema. No youtube eles estão acostumados a fazer o que querem já que o canal é deles.

O longa deixa claro que o público-alvo são adolescentes e crianças que vivem na internet e não seus pais. Em nenhum momento se pensa em apresentar aquelas pessoas que estão ali na tela. Cocielo, Igor, Gusta, Thaynara, Castanhari, Cauê Moura entre outros que estão no elenco são youtubers já conceituados da plataforma de vídeos, mas não são conhecidos do grande público em geral. Principalmente dos pais que irão pagar o ingresso dos filhos.

Internet pode ser que faça algum sucesso justamente por ter vários youtubers idolatrados pela garotada no elenco, mas é daqueles filmes esquecíveis e que você se decepciona ao constatar que tudo aquilo é superficial.

Internet: O Filme (idem, Brasil, 2017)
Direção: Filippo Capuzzi Lapietra
Roteiro: Rafinha Bastos, Dani Garuti, Marco Aurelio Gois, Danilo Nakamura, Mirna Nogueira
Elenco: Rafinha Bastos, Paulinho Serra, Felipe Castanhari, Pathy dos Reis, Gusta Stockler, Cellbit, Julio Cocielo, Igão Underground, Lucas Teddy Olioti, Maurício Meirelles, Gabi Lopes, Thaynara Og, Christian Figueiredo, Mr. Catra, Raul Gil, Cauê Moura, Pc Siqueira
Gênero: Comédia

Duração: 107 min.

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