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Crítica | Jurassic Park III - A continuação mais aceitável da franquia

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•20 de junho de 2018•7 Minutes

Seguir Jurassic Park é uma missão impossível. Nem mesmo o próprio Steven Spielberg foi capaz de repetir o sucesso de seu filme de 1993, com O Mundo Perdido falhando em alcançar uma recepção similar, e muitos apontam para este como um dos filmes mais irregulares de sua carreira. E a Universal Pictures tentaria novamente continuar a saga de seus dinossauros, passando o manto para o esforçado Joe Johnston, amigo de Spielberg e que assumiu de bom grado após o cineasta veterano não querer mais saber de criaturas pré-históricas. Assim, Jurassic Park III faz um trabalho mais satisfatório do que o antecessor em nos apresentar mais dinossauros e perigos, mas acaba se contentando com muito pouco se comparado a seu potencial.

A trama nos traz de volta o paleontólogo Alan Grant (Sam Neill) que é contratado pelo casal Paul e Amanda (William H. Macy e Téa Leoni) para uma expedição de reconhecimento aéreo sobre as ilhas da InGen, particularmente a Isla Sorna. O que antes parecia uma simples pesquisa, logo mostra-se algo completamente perigoso quando o casal revela estar ali para encontrar Eric (Trevor Morgan), seu filho que acabou perdido na ilha há alguns meses.

Este é um filme direto ao ponto. Diversos conceitos diferentes foram experimentados durante a pré-produção, levando a uma instabilidade narrativa e de roteiro presente até mesmo durante as filmagens, onde certas cenas eram escritas ou finalizadas na hora. Peter Buchman, Jim Taylor e – pasmem – Alexander Payne trabalharam juntos no texto, cuja simplicidade estrutural e narrativa é tão evidente que fica difícil imaginar como possa ter sido algo difícil de executar e planejar. Em sua curta duração, os personagens têm o objetivo direto de encontrar o garoto perdido e escapar da ilha, e embora essa simplicidade e velocidade dos eventos garanta personagens mais rasos (ainda que o carisma de Sam Neill sempre compense), torna a experiência mais leve e até próxima de um matinê, já que a única pretensão de Johnston aqui é entreter; algo que ele realiza relativamente bem.

Em menos de 20 minutos, já estamos na Isla Sorna e de cara com um espinossauro. É o tipo de cena que uma criança sonha em ver: um dinossauro gigantesco derrubando um avião de pequeno porte e chutando-o pra lá e pra cá como se fosse uma simples bola de futebol. Tudo realizado com efeitos práticos maravilhosos, e que mantém um nível de realismo e execução muito verossímeis hoje, quase 20 anos depois. Também é confortante que Johnston e o trio de roteiristas tenham encontrado outra espécie de dinossauro que não seja um tiranossauro para servir como antagonista principal, e o espino definitivamente preenche essa função, especialmente por seu design impressionante – a ênfase nos dentes amarelados e o bico mais alongado são icônicas, assim como seu casco. E que forma melhor de introduzir o novo monstro da saga senão colocando-o para lutar contra um tiranossauro, e quebrando seu pescoço no processo? Mais uma cena que parece saída da mente de uma criança inspirada – isso é um elogio. 

Mas claro, Johnston não poderia deixar os velociraptors de fora. Aqui, temos diversas situações inspiradas envolvendo os predadores, que agora revelam sua capacidade de se comunicar entre si através de grunhidos específicos, e também de formar armadilhas e cercar os pobres humanos perdidos ali. Johnston realmente se diverte durante a cena em que Amanda inspeciona o laboratório abandonado, encontrando pedaços de esqueletos, fetos mal desenvolvidos e outros vestígios do trabalho genético da empresa, até dar de cara com uma cabeça de um raptor aparentemente congelada – até sua pupila mexer e jump scare nos pegar de jeito.

A grande novidade, porém, vem com os pterodontes. Pela primeira vez na série temos dinossauros voadores, e o trabalho de marionetes – e CGI – nessas aves sinistras são impressionantes, assim como a condução da cena que ocorre dentro de uma gaiola em forma de labirinto; e a fotografia de Shelly Johnson é sábia ao usar a pesada névoa da paisagem para esconder as ameaças, rendendo um dos planos mais assustadores de toda a série, quando vemos um dos pterodontes lentamente se aproximando em direção à câmera. É uma pena que não liguemos muito para nenhum dos personagens, e o roteiro peca em tentar construir algum conflito entre Alan e Billy (o inexpressivo Alessandro Nivola), ou a reparação do casamento entre Paul e Amanda, ambas narrativas que se misturam às perseguições dos dinossauros.

Jurassic Park III não nos engana em momento algum. É um filme curto, de pretensões limitadas e que está preocupado apenas em garantir uma diversão rápida e caprichada, algo que Joe Johnson entrega e faz bonito. Com todas as ideias ruins presentes no anterior e na atrocidade Jurassic World, este terceiro filme pode levar o título de melhor continuação da série.

Jurassic Park III (EUA – 2001)

Direção: Joe Johnston
Roteiro: Peter Buchman, Alexander Payne e Jim Taylor, baseado nos personagens de Michael Crichton
Elenco: Sam Neill, Téa Leoni, William H. Macy, Laura Dern, Trevor Morgan, Alessandro Nivola, Michael Jeter
Gênero: Aventura
Duração: 92 min

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Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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