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Crítica | O Assassino: O Primeiro Alvo

Gabriel Danius Gabriel Danius
In Catálogo, Cinema, Críticas•23 de setembro de 2017•9 Minutes
O Assassino: O Primeiro Alvo não é um filme para quem está acostumado com Duro de Matar, Mercenários ou até mesmo Velozes e Furiosos.
Reprodução
O Assassino: O Primeiro Alvo não é um filme para quem está acostumado com Duro de Matar, Mercenários ou até mesmo Velozes e Furiosos.
Reprodução

Duas produções são responsáveis pelo ritmo empregado nos filmes de ação atualmente. A primeira é a série 24 Horas que teve início em 2001 e mostrou um agente da CIA que colocava a segurança nacional em primeiro lugar e fazia de tudo para vencer os terroristas que ameaçavam os Estados Unidos. Em A Identidade Bourne Matt Damon era um eagente que passa a ser perseguido pelo governo por ser saber demais . 

O Assassino: Primeiro Alvo é uma mistura dos dois. Ele mescla as cenas de ação realistas de 24 horas e apresenta um homem que participa de um programa do governo para treinar pessoas e as transformar em uma arma a fim de lutar contra potenciais terroristas. 

Primeiro Alvo é uma produção que começa muito bem com uma cena realista e banal de um massacre em uma praia em que a esposa do personagem principal Rapp (Dylan O’Brien) é assassinada. É um início perturbador e que realmente te prende não apenas pelo ocorrido, mas também pela cena nos levar para um lugar comum, em que qualquer um podia estar com amigos e familiares.

Os terroristas atacam um resort de luxo, um ambiente familiar e de sossego, algo banal e que realmente acontece nos dias de hoje. Essa quebra no equilíbrio natural das coisas nos choca em primeiro instante e depois passamos a pensar o que acontecerá com Rapp que foi gravemente ferido.

O que não dá para entender é porque os terroristas o deixaram vivo, mesmo o alvejando duas vezes. Essa escolha soou um pouco fora do contexto do filme, terroristas não tem piedade de ninguém. Claro que o diretor escolheu o deixar vivo por ser o principal. Eles só deveriam ter explicado o porquê dessa disso ter acontecido.

Baseado no livro de Vince Flynn ‘American Assassin’ e levado ao cinema quatro anos após a morte do autor por um câncer de próstata. Ele morreu em 2013 e não viu nem participou do processo de produção do filme. Talvez se estivesse vivo o caminho tomado pela narrativa teria sido diferente, já que depois do início tudo começa a ficar rápido e forçado. 

Para se ter ideia depois do massacre da praia o filme corta para 18 meses adiante. Nesse tempo, Rapp é apresentado como um sobrevivente que tem na sua cabeça apenas uma coisa: vingança. O problema não é ele aparecer muito tempo depois todo barbado e totalmente paranoico por querer matar os homens que acabaram com sua vida. O problema é o que ele aprendeu a fazer nesse tempo todo.

Aprendeu a falar e escrever em árabe aprendeu praticamente tudo sobre o Islã, tem aulas rotineiras de luta e de tiro. Aprender artes marciais e a atirar é algo que pode ocorrer nesse tempo, agora aprender árabe e sobre a religião islâmica em 18 meses requer primeiro ter tempo integral para isso, motivação ele já tinha, mas o tempo já não sabemos. Pelo menos precisaria trabalhar para ter dinheiro e se manter e isso não é mostrado em nenhum momento no filme. A partir daí a história começa a girar mais rápido e deixa de explicar esses elementos que parecem bobos, mas que fazem muito sentido.

Rapp então conhece Stan Hurley (Michael Keaton) que irá o treinar para participar de ações secretas contra terroristas. Juntos terão que encontrar um antigo rival que roubou plutônio a fim de usar em uma arma nuclear.

Rapp tem uma motivação  que soa bastante humana, uma perda de forma cruel que o faz buscar vingança. Esse lado emocional é bem desenvolvido e o mesmo pode se dizer do papel de Keaton que tem um lado a ser descoberto durante a trama. Stan Hurley é tão bem trabalhado quanto o de Rapp. Sabemos do passado dele e como isso influi nos dias de hoje. A cena dele sendo torturado é uma das melhores do filme, mesmo sendo bizarra. Tiveram coragem de colocar o Batman sendo torturado ao ponto de causar dor e sofrimento em quem assistia.

Por sinal, é depois da entrada de Keaton na história que a produção ganha corpo. Com sua experiência praticamente engole Dylan O’Brien quando estão em cena. É interessante ver Michael em um papel diferente do que estamos acostumados a vê-lo.

Se Keaton é um acerto e um ganho para a narrativa o mesmo não se pode dizer de Dylan O’Brien. Ele não convence no papel do homem que busca vingança e redenção. O mais correto seria chamar atores do cacife de Gerard Butler ou até mesmo um Daniel Craig para a produção. Dylan pode ser bom ator, mas o personagem não era para ele.

Assim como é bem realista em sua forma de mostrar as ações também tem em contraposto a forçação de barra em algumas cenas. Não apenas a da tortura, mas quase todas as outras que envolvem algum tipo de ação como a dos cães correndo atrás de Rapp ou quando ele pula da janela e se pendura em uma bandeira. Parece que o diretor Michael Cuesta assistiu bastante vezes Velozes e Furiosos ao montar o roteiro.

Não é por acaso que Michael Cuesta foi escolhido para a direção de O Assassino. Ele tem vasta experiência no tema que o longa trabalha que é o terrorismo. Ele dirigiu duas temporadas da série Homeland que abordava o tema se um soldado americano que voltou do Oriente Médio, mas convertido como terrorista. E no filme O Mensageiro com um jornalista como protagonista sendo perseguido pela CIA. 

Portanto, a sua escolha foi acertada para esse tipo de produção. Talvez outro diretor não tivesse sido tão direto quanto ele e teria romantizado algumas questões. A violência empregada aqui é de forma crua e em alguns momentos choca o telespectador. 

Outro acerto foi levar a história para um momento conturbado e que soa bem atual que é a crise nuclear e o terrorismo. Muitos países atualmente tem a bomba atômica e há uma tensão crescente por causa das ameaças da Coreia do Norte em relação aos Estados Unidos e o terrorismo é fator de preocupação em todo o mundo desde que Osama Bin Laden atacou as torres gêmeas do World Trade Center em 2001.

O Assassino: O Primeiro Alvo não é um filme para quem está acostumado com Duro de Matar, Mercenários ou até mesmo Velozes e Furiosos. Tem boas cenas de ação, efeitos especiais bacanas, mas na mesma medida tem muitos diálogos e seu desenvolvimento inicial direto se torna monótono com o tempo. Vale para quem gosta de Homeland, é praticamente o mesmo tipo de desenvolvimento empregado na série. Bem realista e sério em suas discussões perdeu a chance de se aprofundar mais na questão nuclear.

Escrito por Gabriel Danius

O Assassino: O Primeiro Alvo (American Assassin,  EUA – 2017)

Direção: Michael Cuesta
Roteiro: Stephen Schiff
Elenco: Dylan O’Brien, Michael Keaton, Sanna Lathan, Taylor Kitsch, David Suchet, Navid Negahban, Scott Adkins
Gênero: Ação, Thriller
Duração: 111 min

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Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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