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Crítica | O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio - De volta às origens

Gabriel Danius Gabriel Danius
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•25 de outubro de 2019•8 Minutes

 

Hollywood está em um momento de ressuscitar franquias de sucesso, como ocorreu com MIB: Homens de Preto Internacional, Rambo e Brinquedo Assassino, todos lançados no ano de 2019 e que é apenas uma tendência de algo que começou há pouco mais de 10 anos. Talvez isso demonstre o quão os estúdios estejam vazios de novas ideias e para isso tentam trazer a nostalgia de clássicos do cinema para o presente, visando as grandes bilheterias e um público jovem que não pôde acompanhar estas produções no cinema.

O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (Tim Miller), sexto longa da saga dos exterminadores é um ponto fora da curva no meio de tantos filmes mal concebidos da franquia. O primeiro fator que chama a atenção é em relação ao roteiro ignorar completamente as produções anteriores, casos de O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas, O Exterminador do Futuro: A Salvação e O Exterminador do Futuro: Gênesis e seguir adiante como se esse fosse o terceiro longa e não o sexto. Portanto, é um retorno ao que havia se perdido dentro de uma história em que já havia se saturado com a presença da Skynet como principal vilã e da aparição de John Connor como o sempre salvador da pátria de um futuro que ainda não aconteceu.

Destino Sombrio toma uma atitude perigosa em redefinir tudo o que se conhecia sobre O Exterminador do Futuro. Abandonaram a Skynet e os vilões agora são um grupo chamado Legião, criado como um projeto de guerra, e que no futuro irá evoluir e começar a matar os próprios humanos. A ideia em si é interessante, mas se torna banal por não ter um grande desenvolvimento a cerca do assunto, fora que citam apenas algumas vezes a Legião e depois não mais. Um novo vilão pode dar mais força para a franquia, mas isso a longo prazo, pois a curto pode dar um nó na cabeça das pessoas desinformadas que acreditam ser este o sexto filme da franquia. 

Outra mudança que ajuda a dar maior vigor para a narrativa e para o futuro da franquia é o fato de criarem novos exterminadores, o que aparece em Destino Sombrio se chama Rev 9 (interpretado belamente por Gabriel Luna) e é um mecanismo muito mais forte e poderoso que todos os anteriores já apresentados, e pode-se dizer que é uma evolução se comparado com o T-1000 de O Exterminador do Futuro 2, tendo o poder de se derreter como se fosse petróleo e de criar um duplo de si mesmo, fazendo com que a tarefa de o vencer se torne quase impossível.

Este novo Terminator ajuda a dar maior força para as cenas de ação, algo que é a principal marca da produção. As cenas são bem coreografadas, com muitos tiros e explosões. O Rev 9 é poderoso e mostra inovações que ajudam a compor e a dar maior força para o antagonista. Gabriel Luna está fantástico, é o vilão que a franquia precisava e o ator com sua pose séria dá maior tensão para as cenas que está envolvido. As partes mais empolgantes são as que o Rev 9 está presente, sem ele, possivelmente, a ação não teria o impacto que teve.

James Cameron retorna como produtor, algo que ajuda a se compreender o porque de continuar a narrativa dos exterminadores pensando no segundo filme e esquecendo todo o resto que foi proposto até então desde a Salvação. Já a direção de Tim Miller se mostra adequada, o diretor está ali para fazer algo parecido que foi feito em Deadpool, e por isso mesmo Tim Miller foi escolhido para ser o condutor deste novo capítulo, para refazer as cenas de ação e para dar maior engenhosidade para várias outras questões que foram ali apresentadas. Algumas destas situações são jogadas sem um tratamento mais aprofundado, como o caso da questão armamentista e o próprio feminismo.

Linda Hamilton está fantástica, é a dona do filme, e sem ela possivelmente não teríamos um filme tão atraente quanto tivemos, já que os personagens que surgiram não iriam segurar a atenção do público. Mackenzie Davis tem uma personagem intrigante e a atriz está bem no papel de mulher atraente e fatal. O mesmo não pode se dizer de Natalia Reyes, que é uma das três protagonistas e que não empolga nada, possivelmente foi colocada na trama para dar maior força para a questão da imigração, um tema que é contextualizado no filme de forma bastante rápida e superficial.

Arnold Schwarzenegger mesmo sendo quase que um elemento secundário para a trama se sai bem, sempre que seu personagem aparece lutando contra o Rev 9 dá uma levantada no público, os embates são grandiosos e explosivos, mas infelizmente rápidos e rasos. Há uma reflexão pertinente em relação ao personagem de Schwarzenegger ter criado uma certa consciência em relação a matar, e tirar conclusões de que tais atos são nocivos para a sociedade. É uma questão que pode ser inimaginável para a franquia antigamente, mas como os tempos mudaram e o roteiro tentou seguir essa evolução, quiseram tratar de assuntos que tem força para o período, mas que não é tão relevante assim para a produção.

Apesar de desagradar aos fãs, essas mudanças (principalmente a de tirar John Connor de cena) pode ser um tiro no pé por não trazer mais a motivação inicial que existia nos primeiros filmes, porém o roteiro é inteligente em dar um sentido para a trama, principalmente para Sarah Connor que agora tem uma motivação movida pela vingança. A franquia já dava sinais de abandono ou de não ter mais para onde crescer, claro que esquecer os outros três filmes produzidos é uma bobagem e foi algo que apenas irritou os fãs. Provavelmente isso foi feito para tentar dar maior vigor para uma narrativa que se encontrava na mesmice de sempre e que não conseguia mais se renovar. Este novo episódio da saga volta a trazer maior grandiosidade e sentido para algo que havia sido perdido, porém somente o tempo irá dizer se todas estas mudanças impactantes do roteiro foram um acerto.

O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (Terminator: Dark Fate, EUA – 2019)

Direção: Tim Miller
Roteiro: David S. Goyer, Justin Rhodes, Billy Ray
Elenco: Mackenzie Davis, Linda Hamilton, Arnold Schwarzenegger, Natalia Reyes, Gabriel Luna, Edward Furlong, Tom Hopper
Gênero: Ação, Aventura, ficção-científica
Duração: 128 min

Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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