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Crítica | O Páramo é terror espanhol confuso

Gabriel Danius Gabriel Danius
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•29 de janeiro de 2022•6 Minutes

O cinema espanhol ganhou uma grande parcela do público pelo mundo e isso se deve muito por conta dos serviços de streaming que facilitaram o acesso a estas produções, que já eram populares entre muitos cinéfilos e que agora ganharam a massa graças a facilidade em se assistir a estes filmes. Sem dúvida alguma, o gênero suspense/terror, é um dos grandes atrativos entre grande parcela dos fãs, e O Páramo é um dos longas da Netflix que chamou a atenção dos espectadores devido ao seu roteiro que tinha tudo surpreender.

Na trama, durante o Século XIX, uma família foge da guerra e vive em um local que lembra uma espécie de deserto devido ao seu isolamento. Mas logo em seu primeiro ato, o diretor iniciante David Casademunt, deixa claro que ali naquela história haverá elementos de terror, porém o grande problema mesmo está no roteiro do filme e também no jeito como o cineasta irá contar a narrativa, que se fosse melhor trabalhada seria muito mais intrigante.

A começar que o roteiro vai direto ao ponto, já mostra a família vivendo em meio ao nada, com o garoto Diego (Asier Flores) olhando com medo algumas figuras de madeira, e depois seu pai o acompanhando até o banheiro pelo lado de fora da casa com uma espingarda, tudo isso para demonstrar que há um perigo externo em que todos devem temer. Mas o espectador só fica sabendo mesmo o que realmente é essa figura maligna depois de algum tempo, algo chamado de A Besta, e que qualquer pessoa que a encontre pelo menos uma vez na vida acabe sendo perseguido por esse espírito ou demônio pelo resto da vida. Não se sabe bem o que essa Besta, já que a trama não deixa claro o que ela é e também não faz esforço algum em dizer qual sua origem ou algo a mais sobre o ser.

É daí que vem a total confusão do roteiro escrito com participação do próprio David Casademunt e de outros dois roteiristas, e mesmo assim é todo atrapalhado, cheio de insinuações de que há algo sobrenatural atrás da família ou de que poderia não ser bem isso, construindo um caminho em que o diretor tentou enganar o público ao dar a entender que a personagem Lucia (Inma Cuesta) estava ficando louca e de que não havia nada de sobrenatural naquela cabana. É essa confusão que chega a irritar em alguns momentos e parece até que o cineasta não sabia ao certo qual final que queria dar para sua história de tanto que queria nos enganar.

A mensagem principal é até que interessante, ainda mais em tempos de pandemia do COVID-19, e na trama acontece algo parecido com a protagonista se trancando em casa com seu filho e se defendendo contra uma ameaça invisível. A ideia é a de quanto mais isolados ficamos, com a fome e outros fatores externos agindo psicologicamente sobre nós, acabamos nos afetando e tomando decisões que podem ser muitas vezes irracionais, no caso de a protagonista sair atirando para qualquer direção, pelo menos é o que dá para entender que o roteiro quis passar.

Esta questão dramática que o roteiro quis trabalhar no filme é algo que poderia ter sido melhor desenvolvido na narrativa e que só é algo realmente a se destacar graças a boa atuação de Inma Cuesta, que acaba sendo o grande destaque da produção que tem um elenco de praticamente apenas três nomes.

Mesmo sendo um terror, não é daqueles que assustam, até porque Casademunt tenta desde o primeiro ato construir um suspense de que há um elemento maligno à espreita, pronto para agir, mesmo assim esse suspense não causa em nenhum momento um efeito no público e nem no ato final, quando a presença maligna realmente se manifesta, esse terror causa alguma sensação. Isso ocorre porque o espectador já havia perdido as esperanças de que realmente havia algo sobrenatural no longa, pois o diretor tentou enganar diversas vezes de que Lucia estava com algum tipo de loucura.

O Páramo tinha tudo para ser um ótimo terror, porém teve sua trama mal explorada e colocada de um jeito superficial, o que é uma pena, já que haviam elementos bastante interessantes ali que dariam para transformar em a história em algo bastante assustador, mas acaba descambando para o total vazio narrativo que é apenas o reflexo da vivência do que Lucia e Diego estão vivendo dentro daquela pequena cabana.

O Páramo (El páramo, Espanha – 2021)

Direção: David Casademunt
Roteiro: David Casademunt, Martí Lucas, Fran Menchón
Elenco: Inma Cuesta, Roberto Álamo, Asier Flores, Alejandra Howard
Gênero: Drama, Terror, Mistério
Duração: 92 min

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Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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